"Footlavradas", "o melhor provador", etc: coisas destes ramos
Não sabe do que se está a falar? São as novas modalidades deste Verão! "Footlavrada" é um desporto que há quem diga que é parecido com o futebol. É verdade que se joga com bola e com balizas. Mas as semelhanças ficam por aí: mete equipas mistas de bois, vacas, agricultores e seus instrumentos de lavoura. Tudo isto disputado em terrenos agrícolas. A prova da eleição do "melhor provador", ou, em termos mais comuns, designado por "probador de pomadas com mais pinta" é também um novo evento que parece ter alegrado muito quem viu, e sobretudo os candidatos a melhor "probador".
O primeiro evento, o "footlavrada" teve num campo perto de si através da Associação Cultural e Desportiva Os Canários. Foi em Bravães que este evento desportivo (daí o nome "Associação Desportiva") parece ter tido lugar, quebrando com uma já longa linha de organização de eventos unicamente culturais. O barqueiro sabe que o jogo foi disputado entre as equipas mistas de gado bovino e pessoas "Milho - Verde FC" e "AC Espadeladas". Ao que parece o colosso Espadeladas deu uma cabazada à inexperiente equipa do Milho - Verde. Mais ele não diz. Já agora, ainda está para nascer quem consiga distinguir as equipas em jogo. E que tal usarem equipamentos diferentes?!
O evento da eleição do "probador com mais pinta" contou com novas caras, ainda a dar os primeiros passos neste domínio, e com caras mais experientes, contribuindo assim para cativar cada vez mais pessoas para esta actividade. Foi em Lavradas, e apoios não faltaram. Realizado no âmbito de um Prova de Aptidão Profissional de um aluno de Animação Sociocultural, e colaboração de um Centro Paroquial, Junta de freguesia, Grupo Cultural e Recreativo e Câmara Municipal. Com todos estes apoios este novo domínio da cultura tradicional deve ainda ter muito para dar a todos os barquenses. Parece que segundo os "canecos", o júri oficial para eleger o melhor "probador", o balanço foi positivo. Estiveram presentes nesta prova figuras como o padre da freguesia e o presidente de junta da mesma.
E viva a leitura!
A Feira do Livro de Ponte da Barca deste ano decorreu entre 12 e 20 de Maio. Foi mais uma vez um dos poucos eventos do nosso concelho que de facto é realmente cultural e construtivo para todos os barquenses. Ano após ano este evento tem surpreendido pela acção que pretende ter junto dos barquenses: o gosto pela leitura e pelo enriquecimento cultural. E os barquenses bem precisam! Aliás, não é à toa que aquele senhor que parece ter comprado um diploma tem insistido na questão da formação dos portugueses. E nisso ele tem razão: para se mudar um país, é preciso primeiro formar os seus cidadãos do ponto de vista intelectual. Querem o segredo para se sair do fosso me que os portugueses caíram (parece que já nasceram nele!)? Não é preciso muito mais do que mudar as mentalidades, aumentar o nível de formação dos portugueses e o gosto pelo saber. Só assim se acabará com os resquícios de salazarismo que ainda andam por aí (se calhar não são só resquícios!). E como conseguir isso. Não é fácil, sendo algo que se poderá projectar a longo prazo, e o problema é que ninguém assume uma atitude séria, competente e firme de iniciar isso. Como diz muitas vezes o povo: "todos querem é poleiro!".
E como começar esta remodelação mental em Portugal? Com eventos como a Feira do Livro em Ponte da Barca, que infelizmente se trata talvez de um evento isolado. É pena que o interesse pela formação seja tão baixo. E para contrariar isso nada melhor do que aumentar os seus níveis de literacia.
A Feira deste ano teve como destaques a exposição em memória do grande poeta Miguel Torga e os concertos de Maria Anadon e Wordsong Pessoa, para além dos, esses sim o principal atractivo, livros.
É de facto de elogiar o empenho e o interesse dos organizadores deste evento anual, que ao contrário do que se poderia pensar, não se tem esbatido.
Continuem com o melhoramento anual deste evento, e fundamentalmente não façam deste acontecimento um evento isolado, pois as pessoas já estão exageradamente abastecidas doutros eventos em que infelizmente os barquenses são mais especialistas.
Equipa Feminina da EBI Diogo Bernardes mostram o que de melhor se pode fazer em Ponte da Barca
Foi nos dias 11, 12 e 13 de Maio em Viana do Castelo que a equipa de juvenis femininos de basquetebol da Escola EBI Diogo Bernardes de Ponte da Barca conquistou o 2º lugar a nível nacional, no âmbito da Fase Nacional do Desporto Escolar. Depois de se sagrarem campeãs da Região Norte, estas jovens foram à fase nacional onde demonstraram qualidade para chegar à final, acabando por consegui-lo. Na final defrontaram o Colégio de Calvão, equipa que apresentava várias atletas da selecção nacional de basquetebol e que por isso não conseguiram vencer. É de facto espantoso todo o caminho destas atletas barquenses até chegarem à final a nível nacional!
Com tais feitos, e é a nível nacional de que estámos a falar, ficou realmente demonstrado que Ponte da Barca pode ser de facto um concelho com valor e com nome projectado a nível nacional. Basta que este esforço, talento e vontade sejam fonte de inspiração para todos aqueles que, por exemplo, ocupam cargos de instituições barquenses e cargos políticos. Lutem pelos vossos objectivos de forma concentrada e empenhada, de forma mais objectiva e com menos maroscas pelo meio, e aí poderão chegar ao nível a que estas jovens chegaram, tornando Ponte da Barca o concelho de que de certeza todos os barquenses gostariam que fosse.
Barca com sinais de melhoria
espírito crítico está a despertar?
Estarão a despertar mais espíritos críticos de entre as vozes barquenses? Ainda é cedo para afirmar, e a verdade é que poucas são as vozes inconformadas e que se diferenciam de uma massa amorfa de mentalidades que já vêm desde tempos remotos de geração em geração.
Como também já foi provado, ainda que poucas vezes, o barqueiro não é apenas um "deita - abaixo" como muita gente quer fazer crer. Desta vez há que destacar textos dos nossos jornais regionais, que vêm quebrar um pouco o marasmo noticioso e de opinião em que os nossos jornais são infelizmente muito ricos.
O barqueiro está-se a referir os artigos recentes de Armando Marques (o mediático autor de "Mulheres d'Armas e Homens de Barba Rija"), António Gonçalves Araújo e Manuel Soares (ambos habituais escritores das colunas de opinião e actualidade).
No primeiro caso, Armando Marques, o barqueiro só tem de lhe "tirar o chapéu". Trata-se de uma quebra com a sua linha de orientação. E é mesmo verdade: o homem que já militou por um dos partidos da direita, e ainda mais importante, que trata José Manuel Amorim por "duplo senhor", um "sr." antes do seu cargo e outro depois antes do seu nome próprio, conseguiu-se finalmente libertar e chegar à conclusão que nenhum partido político oferece actualmente credibilidade às pessoas. Está tudo no seu artigo "Partidos Políticos sem Crédito". Vejam um dos melhores excertos que este senhor já teve oportunidade de escrever:
"(...) crédito que os partidos políticos têm nas autarquias. Mas na verdade seja de esquerda ou de direita (...) CRÉDITO, é coisa que eles não têm."
in "Notícias da Barca"
Mas como este escritor ainda se está a iniciar nestes ramos do inconformismo, algo de estranho e pouco esclarecido é referido logo no início do artigo. Diz que o Município de Ponte da Barca é um dos que ainda não teve problemas com a justiça, e que, e passa-se a citar, "Só em casos de freguesias poderá haver efectivamente problemas, mas nunca a esse nível". Estará ele a referir-se às "batalhas campais" que ocorrem frequentemente nas assembleias de junta de freguesia do nosso concelho? Só ele saberá que realidade pretendeu dar a conhecer acerca das juntas.
Outro habitual escritor é António Gonçalves Araújo, que desta vez nos brindou com um tema que é um dos maiores escarros do nosso Portugalinho: PDM's !!!!!!!!!!!!! Se não sabe muito bem do que se trata, o barqueiro pode-lhe dizer que é algo que existe para ser quebrado e abandalhado. Município que se preze viola como e quando quer o PDM, manipula-os como entende e aprova tendo em conta todos os interesses menos os relativos à paisagística e urbanismo. Se quiserem saber algo mais acerca do seu funcionamento fique com o excerto do artigo escrito por este senhor intitulado de "Licenciamentos, PDM e outras facilidades":
"Durante muitos anos , a burocracia, a pulverização (...), "as areias de engrenagem" e a morosidade de processos têm sido inimigas dos cidadãos e dos investidores sérios que desesperam para obter a legalização dos seus processos. Ao lado e a coberto dos inúmeros entraves tem prosperado uma "fauna" que para além de subir na vida sem fazer força, provoca um encarecimento incompreensível dos projectos.
Neste caldo de cultura surgem os agentes do favorzinho, os profissionais dos pareceres jurídicos que lêem e relêem os complicados normativos, concluindo sobre os estados de alma do legislador em função do cliente e os decisores políticos que aparecem a anunciar a resolução de um problema altamente bicudo ("Não queira saber... Não fosse a consideração que tenho por si...")."
in "O Povo da Barca"
Por último Manuel Soares vem comentar, no seu espaço de opinião "Textos, Pretextos e Vice - Versa", a actual situação da política portuguesa à vista dos olhos dos cidadãos. Vive-se actualmente um profundo fosso entre cidadãos e políticos, fosso esse criado pela perda da confiança entre as duas classes. A questão central posta em reflexão neste artigo é se é possível reconciliar cidadãos e políticos. Fiquem também com mais um excerto. Mas atenção! Se pertence ao núcleo duro da "brigada da cor" de cada partido, votando religiosamente no seu partidinho todas as eleições, então este problema da actualidade nada lhe dirá.
"Os cidadãos distanciam-se da política, porque constatam que os políticos se apresentam ao eleitorado com programas e promessas que depois não cumprem e acções que nunca estiveram previstas passam a ser prioridade e executadas de imediato. A população desencanta-se porque "vê os políticos como incompetentes e incapazes de compreenderem o povo", associa-os muitas vezes ao oportunismo e ao clientelismo e desabafa que, afinal, são todos iguais."
in "O Povo da Barca"
O Verão é deles: santos
Aí está o furor de cada um dos sucessivos verões concelhios: os santos. Tudo começou este mês de Maio com a comemoração dos 90 anos de um acontecimento que é dos únicos a manter viva a esperança de muitos da existência divinal. Muitos barquenses também rumaram a Fátima, um dos locais mais visitados por muitos barquenses a seguir à vila em dias de feira. Aliás há que referir de apesar de ser o apoio moral e psicológico para muitas pessoas e seus problemas, Fátima trata-se, de um local pouco aconselhado, e nunca deve ser muito mostrado às crianças:
Para além da Igreja lucrar milhões de contos por ano com este santuário, existem ainda outros interesses económicos que se desenvolvem por arrasto, sempre prontos a esfolar o peregrino:
Como tudo isto não chega, agora há várias festas em capelas e igrejas concelhias em honra de Nossa Senhora de Fátima, durante este mês, e em honra dos restantes santos durante todo o Verão. E com isto em que é que batemos mais uma vez? Dinheiro!!! São peditórios dia sim dia não, para além de promessas pagas a dinheiro. E nestas matérias vemos das mais variadas artimanhas para pescar dinheiro. Ao que parece, já não chegava dividirem os pedintes em mulheres e homens, para obter o duplo do lucro, agora parace que querem alargar o peditório de cada festa a grupos como os homossexuais, laranjas e rosas, benfiquistas e portistas. E com isto multiplicam-se os lucros.
Mas depois de toda esta "beatice" barcalhoense", deparámo-nos com Ponte da Barca nas capas dos jornais nacionais, não pela sua devoção, bondade e fé, mas pelos vícios de muitos dos frequentadores das nossas tão vistosas missas. Está-se, naturalmente, a falar da notícia da semana: fecho de um bar de alterne em terras barquenses (o "Luz Vermelha"). Ao que parece esta tão afamada casa estava envolvida em práticas de lenocínio, ou seja, escravização das prostitutas, e tráfico de droga. E agora beato? Olha, e que tal pedir a Nossa Senhora melhores tempos para a prostituição em Ponte da Barca?
E saindo do pecado que a todos tenta, para entrar novemente no campo da fé, que tal orar um pouco antes da acabar de ler este artigo? Reze o Avé Maria com os Buraka Som Sistema:
Venham lá esses santos, venham lá essas lavradas, venham lá essas comesainas!!!
O barquense já está farto de um Inverno sem tradições!
Apanhados: flagrantes da imprensa regional
Os apanhados da imprensa regional desta semana de 12 a 19 de Abril são M.C. Soares e Armando Marques, ambos no Notícias da Barca. Parabéns aos escritores apanhados desta semana pelo seu exemplar desempenho. Ambos tratam-se de figuras da nossa imprensa que já nos têm habituado a momentos de descontracção e até de certa piada numa imprensa regional que muitas vezes se torna monótona e aborrecida. Contribua também para os nossos jornais! O próximo apanhado pode ser você mesmo!
Vejam a seguir como cada um deles contribui para os apanhados desta semana com os seguintes excertos:
M.C. Soares
"O Papa é o pastor chefe visível da Igreja sucessor de S.Pedro e vigário de Jesus Cristo."
"Lavradas, Domingo dia 29 de Abril Dia Mundial do Bom Pastor", in Notícias da Barca
Nunca ninguém falou tão bem sobre estes assuntos, como só M.C. Soares sabe fazer: "pastor chefe" e "vigário". Dois adjectivos tão simples e ao mesmo tempo tão completos para descrever o clero actual .
Armando Marques
"De boas famílias como é o caso de ser filha (Eugénia Amorim) do senhor Chefe do Serviço de Finanças de Ponte da Barca, sr. José Manuel Amorim, e de sua mãe D.Maria José (Zézinha) funcionária administrativa da Câmara Municipal de Ponte da Barca, e ou do seu tio, um "velho" meu amigo de lutas partidárias, como é o caso do Presidente da Junta de Freguesia de Oleiros, Sr. Manuel Joaquim Barreto Lima."
"Mulheres d'armas e Homens de "Barba Rija"", in Notícias da Barca
"De boas famílias"? Parece que o "amigo da barca" José Amorim, é tratado não por senhor, mas por senhor antes do seu cargo profissional e depois senhor outra vez antes do nome próprio. Já tinha acontecido o mesmo num jornal anterior, sobre a Rádio Barca, em que M.C. Soares o trata da mesma forma (tudo em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/9844.html). Que tão boa família merecerá tão cuidada forma de tratamento?! E a funcionária administrativa? Com este cargo camarário tão distinto até o "Zé Tolhinhos" era de famílias tão boas como estas. Era, porque a forma inigualável como se dedica ao trabalho na Câmara fá-lo pertencer a uma família ainda mais acima destas "boas famílias". E o sr. Manuel Lima? Está a falar do "matador do porco" e do "homem da sardinhada". É um verdadeiro chefe de cozinha!