2008 trará mais do mesmo?
Esta passagem de ano foi vivida com as expectativas de todas as outras: a esperança de um ano novo melhor que o anterior. Em termos políticos poder-se-á dizer que poderá ser o ano da mudança em Ponte da Barca. Isto é, se tudo o que está previsto no Plano de Desenvolvimento Estratégico e no orçamento para este novo ano se fizer cumprir. Apesar de todas estas expectativas poderem andar pelas cabeças dos barquenses que estão à espera para ver, existirão aqueles que nem saberão sequer destes planos, aqueles que pensam que tudo isto não passarão de promessas, ou seja, uma maneira dos políticos dizerem aquilo que não vão fazer dizendo que vão fazer, e existe ainda um grupo que em vez de fazer o balanço de 2007 fizeram já o balanço de 2008, dando já como concretizados todos estes planos.
Não seguindo a onda destes defensores exagerados do actual executivo, que dão como já concretizados os projectos previstos, o barqueiro também não segue a onda de começar já a dizer que vamos ter mais do mesmo este ano, apesar de o medo pairar. Faz antes a pergunta: 2008 trará mais do mesmo? Tenhamos a esperança que não.
Tenhamos a esperança de que a Câmara Municipal consiga realizar todos os projectos a que se propôs para este 2008, e que consiga atravessar este ano de forma bem sucedida, como o povo de Touvedo S. Lourenço fez ao reviver a tradição da passagem do rio e ao chegar de forma bem sucedida à outra margem do rio Lima.
Tenhamos a esperança que o fardo das promessas feitas por Vassalo Abreu para 2008 não lhe pese tanto quanto pesam as “medalhas” e o “metal precioso” ostentados ao pescoço pelo Arcebispo Primaz de Braga D. Jorge Ortiga, nas cerimónias de inauguração da biblioteca do centenário do nascimento do Cónego Avelino de Jesus Costa.
Tenhamos esperança que a vida pública barquense não se conduza pelas águas da monotonia e estagnação, tal como tem feito Artur Alvarães da “Tribuna Livre” do “Notícias da Barca” ao dar semanas a fio a “habitual pincelada”, como ele próprio designa, desde que foi aprovada a nova Lei do aborto, durante todo este ano de 2007.
Esperemos que a Câmara Municipal fomente o turismo, como uma das maiores potencialidades de Ponte da Barca, e que não se metam mais “poios” nos postais turísticos de Ponte da Barca, como aquele que, irremediavelmente foi começado a ser “cagado” em 2007.
José Pontes vs Cabral de Oliveira: o duelo de 2008
Parece que já se estava mesmo a adivinhar que o regresso de Cabral de Oliveira iria destabilizar a entrada da política barquense neste novo ano de 2008. Depois de Adolfo Pereira esclarecer a sua situação acerca dos cargos que ocupa simultaneamente (na comissão política do PS e na organização de festas do S.Bartolomeu), sobre os quais Cabral de Oliveira fez menção no seu artigo de regresso, é desta vez José Alberto Pontes, vereador e vice-presidente da Câmara Municipal, que vem responder ao tal artigo. José Pontes vem-nos brindar com um longo artigo de comentário às acusações de Cabral à actual Câmara (tudo em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/39212.html) e ainda com o bónus extra de revelar os “podres” do tempo em que Cabral exercia a política no concelho.
Feita a introdução a este duelo, resta fazer duas perguntas:
Para responder à primeira questão, poderíamos sempre recorrer à “Teoria do Poleiro” ou à “Tese do viciamento e dependência política”. São velhas linhas de conduta através das quais os políticos regem todas as suas motivações, expectativas e acções. Mas se querem algo mais específico, uma razão ou uma intenção concreta que ele estará à procura de concretizar, perguntem ao próprio. E não tenham medo, não “come” ninguém, apesar de o já poder ter feito em velhos tempos! Ele irá certamente responder com toda a simpatia, pois como todo o político, especialmente fora do poder, estará cheio de simpatia e boas intenções.
Relativamente à segunda questão, José Alberto Pontes vem responder na qualidade de membro, e por isso defensor do actual executivo camarário. José Pontes vem orientar a sua resposta na lógica de “é guerra que queres?!, então embrulha lá as borradas que fizeste, ou pensas que só nós é que borrámos?!”. Como para “grandes males, grandes remédios”, às insinuações de “falta de transparência” e de “mordaça” de Cabral de Oliveira acerca do actual executivo, José Pontes responde com um não menos “potente” “paladino da ética política”, como o próprio diz. Vem relembrar aos barquenses as “batotas” de Cabral de Oliveira, como o facto de ilegalmente acumular remunerações de presidência da câmara e de médico, a execução de uma reunião municipal sem quórum, ou um negócio com uma construtora de um terreno camarário quando tempos antes tinha indeferido a viabilidade de construção pelo anterior proprietário privado.
No fim de contas, é triste a realidade, ou melhor, a doença ou disfunção com que todos os políticos nascem de saberem ver perfeitamente os defeitos dos outros políticos, mas serem incapazes de se aperceberem dos próprios, ou pelo menos nunca aprender com os seus tantos erros.
Querem conclusões? Aqui vão algumas:
Estamos a assistir a uma “luta” partidária de grande calibre “politiqueiro” já no início de 2008. Se a “qualidade” se mantiver, este ano de 2008 promete!!!
O Porquê do Lisboa – Ponte da Barca 2009
Após a Era Lisboa – Dakar
A propósito da coluna do “Assim… Sim!” e do “Assim… Não!” do “O Povo da Barca”, que referia o estado de degradação da estrada nacional 203, o barqueiro não pode deixar de vir apelar às instituições e organizações deste Portugal e de França para que o próximo grande rali TT do mundo continue a ter partida em Lisboa nos próximos anos. Parece algo pouco possível, dado que a ameaça terrorista não se resolverá num ano. Mas na realidade é possível o “Lisboa – Ponte da Barca” já para o próximo ano. A proposta consiste em aproveitar estradas que estejam em condições para o TT desde Lisboa até ao nosso concelho, sendo as últimas etapas, a realizar no nosso concelho, as mais árduas e exigentes para os pilotos, onde o pódio se poderia decidir só na última etapa. A entrada no concelho poderia ser feita por essa mesma estrada 203, vindos de Ponte do Lima. Chegados à vila, aproveitar-se-ia ainda o magnífico pavimento da estrada a que ainda muitos não sabem explicar por que se chamará variante e dos acessos à zona escolar, com o perigo a espreitar de forma matreira num buraco (abismo) escondido pela água das chuvas. Caso a taxa de “remeximento” do pavimento das ruas da vila se mantenha daqui a um ano, pode-se ainda aproveitar os lameiros dentro da vila, de onde a população terá vista privilegiada para o rali directamente das janelas dos seus lares.
Novo sacerdote “entregue” ao destinatário
A freguesia de Bravães mais uma vez não deixou ficar “mal” o nosso concelho em termos de imagem de terra de gentes que se matem agarrada às tradições e ao modelo de católico que muitos portugueses felizmente não chegaram a viver. Trata-se da mediática questão de uma nova geração de sacerdotes do concelho que está aí a brotar, que fez Bravães e o concelho ocupar-se com acontecimentos populares e notícias na imprensa desde o Verão de 2007. Depois dos anteriores episódios das ordenações sacerdotais e de toda a “máquina” popular em sua volta (tudo em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/23222.html, http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/27732.html, http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/24178.html, http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/30442.html), o barqueiro e muitos outros barquenses pensariam que os episódios protagonizados pelas gentes que querem acompanhar o novo padre da dita freguesia tinham acabado. Puro engano! A fase de “estágio” de um sacerdote, como é o caso do novo padre em questão, Jorge Silva, é morosa, complicada e sobretudo muito importante para a população, ou pelo menos parte dela.
O novo “episódio” desta “série” teve lugar no passado 6 de Janeiro, com a deslocação de conterrâneos que se deslocaram desde Bravães para assistirem à tomada de posse, se é assim que se poderá chamar, do novo padre em questão por terras de Monção. Pelas poucas informações publicadas, parece que a “entrega” deste sacerdote ao “destinatário” pelas pessoas que o acompanharam foi um sucesso, tendo tudo corrido dentro da normalidade antes, durante e depois do processo de “transporte”.