Atentado em Vade S.Tomé
Uma notícia no mínimo insólita vem de Vade S.Tomé. O presidente de junta Joaquim da Silva Lopes é acusado de querer destruir um caminho romano, na imprensa regional, por um senhor preocupado com o património histórico que possuímos, e que infelizmente poucos sabem dar o devido valor. No contexto de obras das estradas e caminhos da freguesia, o presidente de junta e Câmara Municipal pretendem alargar também a referida estrada romana, destruindo também, os muros com mais de 2000 anos, com cerca de 200 metros de comprimento. Num excerto do artigo escrito para os jornais da terra pelo senhor António Pestana Raposo lê-se:
"(...) no dia 5 deste mês, recebi uma carta do advogado da Junta de Freguesia dizendo que era intenção da Junta alargar o caminho, fosse de forma consensual ou expropriando o terreno e o muro em causa."
É mais um caso que revela a extrema falta de cultura de quem governa as nossas terras. Estão no poder pessoas que não são capazes de reconhecer e até aproveitar as potencialidades do património que possuem.
"Como é que se pode gastar assim dinheiros públicos, destruindo património de todos e sem criar benefícios a todos?"
Gentes de S.Tomé: protestem! Não deixem que vos estraguem um dos muitos vestígios da ocupação romana da Península Ibérica no concelho. Já vimos o que aconteceu à via romana perto da Rua Trás do Forno há uns anos atrás: os políticos da terra avançaram com as obras de saneamento e levantaram as pedras de uma estrada com mais de 2000 anos. Hoje podemos lá ver tampas de saneamento! Resta saber como ninguém tomou medidas quanto a isso. Desta vez isso não pode acontecer. É pena é que tanto os políticos da Câmara como os da Junta tenham que ser pressionados pelas pessoas conscientes do valor do nosso património histórico...