José Pontes vs Cabral de Oliveira: o duelo de 2008
Parece que já se estava mesmo a adivinhar que o regresso de Cabral de Oliveira iria destabilizar a entrada da política barquense neste novo ano de 2008. Depois de Adolfo Pereira esclarecer a sua situação acerca dos cargos que ocupa simultaneamente (na comissão política do PS e na organização de festas do S.Bartolomeu), sobre os quais Cabral de Oliveira fez menção no seu artigo de regresso, é desta vez José Alberto Pontes, vereador e vice-presidente da Câmara Municipal, que vem responder ao tal artigo. José Pontes vem-nos brindar com um longo artigo de comentário às acusações de Cabral à actual Câmara (tudo em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/39212.html) e ainda com o bónus extra de revelar os “podres” do tempo em que Cabral exercia a política no concelho.
Feita a introdução a este duelo, resta fazer duas perguntas:
Para responder à primeira questão, poderíamos sempre recorrer à “Teoria do Poleiro” ou à “Tese do viciamento e dependência política”. São velhas linhas de conduta através das quais os políticos regem todas as suas motivações, expectativas e acções. Mas se querem algo mais específico, uma razão ou uma intenção concreta que ele estará à procura de concretizar, perguntem ao próprio. E não tenham medo, não “come” ninguém, apesar de o já poder ter feito em velhos tempos! Ele irá certamente responder com toda a simpatia, pois como todo o político, especialmente fora do poder, estará cheio de simpatia e boas intenções.
Relativamente à segunda questão, José Alberto Pontes vem responder na qualidade de membro, e por isso defensor do actual executivo camarário. José Pontes vem orientar a sua resposta na lógica de “é guerra que queres?!, então embrulha lá as borradas que fizeste, ou pensas que só nós é que borrámos?!”. Como para “grandes males, grandes remédios”, às insinuações de “falta de transparência” e de “mordaça” de Cabral de Oliveira acerca do actual executivo, José Pontes responde com um não menos “potente” “paladino da ética política”, como o próprio diz. Vem relembrar aos barquenses as “batotas” de Cabral de Oliveira, como o facto de ilegalmente acumular remunerações de presidência da câmara e de médico, a execução de uma reunião municipal sem quórum, ou um negócio com uma construtora de um terreno camarário quando tempos antes tinha indeferido a viabilidade de construção pelo anterior proprietário privado.
No fim de contas, é triste a realidade, ou melhor, a doença ou disfunção com que todos os políticos nascem de saberem ver perfeitamente os defeitos dos outros políticos, mas serem incapazes de se aperceberem dos próprios, ou pelo menos nunca aprender com os seus tantos erros.
Querem conclusões? Aqui vão algumas:
Estamos a assistir a uma “luta” partidária de grande calibre “politiqueiro” já no início de 2008. Se a “qualidade” se mantiver, este ano de 2008 promete!!!