A mesa: o habitat natural do barquense
Deputados novamente à mesa de Lindoso
Mais um ano, mais um jantar tradicional de Reis em Lindoso, com a presença de deputados da assembleia da república, entre os quais Jorge Fão, que é já um habituer. Já no ano passado de 2007 tinha estado presente nesta terra de tradições do concelho de Ponte da Barca, e mais uma vez não faltou à “prova do vinho novo” (esse jantar de reis de 2007 em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/2007/01/). À parte de aspectos políticos, o Jantar de Reis foi mais uma vez um sucesso, contando com muitas “bocas” prontas para comer e beber. Houve ainda cantares de Reis e belas cerimónias e discursos dos políticos presentes, que em momentos como estes estão sempre prontos a ser os protagonistas no meio dos populares. Se tudo decorrer como no ano passado, esperemos agora pela carta ou declaração pública destes deputados a agradecerem o belo “repasto” (http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/tag/comer+at%C3%A9+lambusar+03/02/07).
A ceia do "Frutol"
No dia 5 de Janeiro, no fim-de-semana antes do de Jantar de Reis em Lindoso, realizou-se outra ceia, talvez devido à impossibilidade de pessoas “importantes” estarem presentes em dois eventos ao mesmo tempo. Tratou-se da habitual ceia do Partido Socialista de Ponte da Barca, no qual é tradição se juntarem todos os rostos concelhios do partido, no restaurante “Santana” (passa-se a publicidade). Houve tempo para “comer e beber”, e para os habituais discursos políticos, fazendo balanços e antevisões. Nesse particular relevo para os discursos de Vassalo Abreu, como presidente da Câmara do PS, de Adolfo Pereira, como presidente da comissão política concelhia, e sobretudo de Jorge Fão, o tal deputado que nos visita em tempo de “ceias”. Como não podia deixar de ser marcou também presença José Amaral, o jovem rosto do PS de Ponte da Barca, que escreve a sua coluna semanalmente no “Notícias da Barca”. Este tipo de eventos, ou seja, “jantares e afins”, são os motores da política e economia actuais, pois costuma-se dizer que é à mesa que se tomam as grandes decisões e se fazem os grandes negócios. O que foi curioso neste jantar foi o facto dos presentes não partirem apenas de bom vinho e boa comida para refinarem os seus pensamentos, mas também “Frutol”. Ora aqui está o elemento mais inesperado de uma ementa que se supõe ser a melhor base, tanto fisiológica como mental, do político. No meio de um jantar tão reconfortante para as almas presentes e de discursos políticos com balanços e perspectivas tão belas, conclui-se que a única coisa que esteve mal nesta ceia partidário foi afinal o “Frutol” em cima de uma mesa que se supunha de grande qualidade. Ficou assim provado aos olhos de todos que a verdadeira razão da falta de estofo do partido no poder na Câmara Municipal não é falta de competência, obra ou até de mesmo de simpatia, apontada por muitos críticos, mas sim a presença de um refrigerante barato à mesa de tais políticos.