Casos de polícia
Pensam que em Ponte da Barca não existe matéria para uma boa investigação policial? Pois enganam-se se pensam que Ponte da Barca é uma terra pacata. Vejam os "Casos de Polícia" do "O Povo da Barca" e ficarão convencidos de que de facto é uma necessidade combater o crime. Na edição de 6 de Abril são dados a conhecer casos de infracções graves nas estradas barquenses. 4 homens foram a Tribunal devido ao facto de serem apanhados com mais de 1,20 g/L de alcoolemia . 3 deles foram intervenientes em acidentes de viação. Também durante Março, foram detidos outros 4 por falta de seguro. Mas depois de tudo isto estarão a pensar: Mas estas infracções são extremamente comuns, não sei por que razão há tanta admiração?! E têm toda a razão. De facto muitos mais poderiam ser apanhados a cometer tais infracções, especialmente no que concerne ao álcool, que mais do que um grupo de bebidas, é um marco cultural não só dos barquenses, como também dos portugueses em geral: "Que boa pinga!"; "Este está cá uma pomada!"; "Apanhei uma carroça que nem me sabia por onde andava!"; "A próxima rodada pago eu!".
Mas como as infracções na estrada ainda não são suficientes para um bom Caso de Polícia, fiquem com algo de muito estranho que aconteceu na tal edição do "O Povo da Barca": a correcção feita à entrevista do anterior jornal à firma Américo Esteves & Filhos. Nela é referido que um erro informático foi a causa de António Esteves não ter sido referido como o responsável na impresa da exporação florestal. Ora não é a sua omissão que à partida será de suspeitar. O que é de suspeitar é que a tal pequena nota colocada no jornal a corrigir tal omissão foi publicada em duplicado na mesma edição do jornal. Aparecem duas cópias iguaisinhas, uma na página 15 e outra na 16.
Parece estranho? E então o que dizem à estranheza da colocação das tais correcções na estrutura do jornal?! A primeira foi colocada junto à rubrica "Casos de Polícia" e a segunda cópia foi colocada junto ao artigo da JSD concelhia "Estudar? Sim...Mas onde?!". Algo nos diz que alguma coisa não está a bater certa. Se o barqueiro fosse da polícia judiciária investigaria esta estranha publicação de imediato. Que a família Esteves possui os "históricos" dinossauros da política do PSD da Barca, já toda a gente sabe. Por isso é que provavelmente aparece a correcção quase integrada no artigo da JSD. Mas aparecer junto aos "Casos de Polícia"? Não nos digam que a família Esteves alguma vez prevaricou a lei, para vir a correcção em tal posição da página do jornal! Quem? "El Mestre" João Esteves com problemas com a polícia ou justiça?! Nunca ninguém pensou tal coisa! Aliás, as suas actividades políticas ao longo de anos e anos de politiquisse foram sempre mais claras que a própria água do Lima! Tirando todos os esquemas políticos que montaram, actividades suspeitas no poder autárquico e boatos de subornos às pessoas nos dias antes das eleições (presentinhos que só quem recebeu poderá esclarecer melhor), tirando tudo isso, foram sempre uns santos!
Investiguem todos estes anos de Esteves no poder, porque não é só em Felgueiras que há "saco azul", não é só na Câmara de Lisboa que há corrupção e não é só Alberto João Jardim que é ditador!
NOTA: Como é óbvio, o barqueiro recorrendo ao carácter tipicamente barquense diz que tudo isto não passa de especulação. Barquenses, passem do típico boato à acção!