Domingo, 2 de Novembro de 2008
Santa Casa: no futuro, como no presente

Santa Casa da misericórdia: no futuro, como no presente

 

No dia 18 de Outubro festejou-se o "Dia da Misericórdia". Como não podia deixar de ser, bonitos discursos sobre a nobreza da tal "Santa Casa" se ouviram. E da boca do Provedor António Bouças, mais uma vez se ouviram queixas da situação financeira. "Orgulho no passado, preocupação com o futuro", assim se lia nos cabeçalhos dos jornais locais. 

Do passado ninguém duvida da grandeza: 4 séculos de história, sendo que a Santa Casa de Ponte da Barca terá nascido em 1534.

 

 

Quanto ao futuro, o Provedor diz que há preocupação. E, pelas suas palavras essa preocupação está no "(...) sector social, onde gravíssimos problemas persistem (...)". Lembrou também à Câmara que é dever do poder político ajudar na manutenção do património e da obra que a Santa Casa possui. Seria este mais um aviso desesperado por apoios financeiros e "borlas" à Câmara Municipal? Provavelmente, atendendo à tão anunciada crise financeira da instituição. O livro que se aproveitou para apresentar na cerimónia chama-se "Entre Ricos e Pobres" e conta a história da instituição até 1800.

Analisando agora os factos, é compreensível que a história da Santa Casa até 1800 se resuma a "ricos e pobres", como neste título. Até porque nesses séculos a acção desta instituição era socialmente essencial. Fica a questão se a actual Santa Casa estará também "entre ricos e pobres". O barqueiro desde já duvida muito, até porque é comum ouvir das nossas gentes, especialmente aqueles que estão na idade e na vontade de usufruírem de um Lar de Idosos, como o Condes da Folgosa, expressões curiosas. Essas expressões valem apenas, e só apenas, a opinião desses necessitados do "sector social", como o Provedor disse, e incluem coisas do tipo "é muito difícil entrar!" e "isso nunca há-de ser para mim!". E porque é que se dizem estas coisas? O Provedor e as suas gentes que pensem e averigúem as razões, pois o barqueiro não é um jornalista para fazer inquéritos, apenas é um personagem que manda uns bitaites. Essas razões hão-de ser a justificação para que o Provedor pudesse ter dito "Santa casa: no futuro, como no presente" em vez de "Orgulho no Passado, preocupação com o futuro". Na altura em que se passar a ouvir expressões do tipo "estou à espera de lá entrar", então esse tal "sector social" estará muito melhor servido pela Santa Casa da Misericórdia...


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Domingo, 27 de Abril de 2008
Misericórdias preocupadas

Misericórdias preocupadas


Na recente entrevista de “O Povo da Barca” a António Bouças, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ponte da Barca, é manifestada desilusão e preocupação. De facto há motivos para a preocupação das Misericórdias. A nível concelhio não foi aprovada a candidatura ao programa PARES para a instalação de um Lar de Idosos em Paço Vedro de Magalhães, o que foi contra todas as expectativas dos responsáveis da Misericórdia. A nível nacional surgiu recentemente a notícia de que existem lares que vendem as vagas em troca de avultados donativos, deixando em lista de espera os idosos mais carenciados (http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=341011&visual=26&rss=0). Edmundo Martinho, presidente do Instituto da Segurança Social veio para os meios de comunicação dizer que o controlo dessas situações é difícil, e que “os familiares têm medo de fazer queixa porque temem que o seu pai ou a sua mãe venham a sofrer represálias dentro das instituições". Tempos difíceis atravessam as Misericórdias. A nível concelhio o provedor anda desiludido com o chumbo desta candidatura ao funcionamento PARES, com a falta de verbas para obras no Lar Condes da Folgosa e com a ausência de “subsídio de âmbito central ou local”. A nível nacional a comparticipação do Estado por cada idoso de cerca de 330 euros mensais faz com que muitos lares troquem vagas por donativos. Apesar da tristeza da Misericórdia de Ponte da Barca devido a falta de dinheiro, felizmente que essas “poucas vergonhas” reveladas a nível nacional não se passam por aqui. “Tesos, mas sérios”, deve continuar a ser a postura a nível concelhio, pois felizmente (supomos todos) a situação na nossa terra permite a cada leitor deste blog dizer: “Não conheço nenhum caso desses donativos aqui nos nossos lares”. Segundo as notícias nacionais, muitos desses donativos não ficam registados, ficando no segredo dos “deuses”, por isso não é demais lembrar aos leitores que caso algum dia tenha conhecido ou venha a conhecer realidades destas, "a pressão para dar donativos em troca de uma vaga é completamente ilegal e constitui um crime de burla". É o presidente do Instituto da Segurança Social que o diz!


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Domingo, 4 de Novembro de 2007
proposta melhor apoio social

Proposta para um melhor apoio social no concelho

Para não dizerem que é "só deitar a baixo"

Depois de uma breve revisão pela actualidade barquense na imprensa regional, deparamo-nos com uma ilustre celebração: o Dia da Misericórdia. Como sempre, tudo o que envolve a instituição da Santa Casa da Misericórdia tem um toque de classe, perfeição e nobreza. É uma instituição, que ao contrário de todas as outras, usufrui de todas estas e ainda mais características exemplares, que lhe permitirão ser um caso de excepção no que toca às opiniões das várias figuras da política e sociedade em geral, estando imune a críticas ou apontamentos menos bons. Aliás, nas edições jornalísticas em que foi destacado o assunto do Dia da Misericórdia, algumas figuras políticas deram continuação ao tipo de ilustres e nobres comentários a que essa instituição já está habituada, dentro do nosso concelho. Mas, nos tempos que correm, já não se basta ser nobre para se ser imune aos problemas, e António Bouças reafirmou mais uma vez as dificuldades financeiras da Santa Casa de Ponte da Barca.

 

Por outro lado vemos, em “O Povo da Barca”, que existe um caso de sucesso no que ao aspecto financeiro diz respeito em Ponte da Barca: a Capela de S. Bartolomeu. Após o balanço deste ano, o “cofre” desta capela amealhou, após todas as despesas, um total de 8. 737 €. O saldo até é maior que o do ano passado, e atendendo a que as despesas têm sido poucas relativamente ao total amealhado, este dinheiro fica ali, no “cofre” de S. Bartolomeu, sem o santo saber o que lhe fazer.

A proposta deste blog é que se faça uma parceria entre a lucrativa capela de S. Bartolomeu e a Santa Casa de Ponte da Barca. E para quê? Para que o lucro anual da “capelinha” ajude a melhorar a situação da Santa Casa da Misericórdia… mas não para ajudar a melhorar as finanças da instituição, como estará a pensar. Como este blog não tem tradição de fazer bonitos discursos acerca da “nobre” instituição da Santa Casa, como todas as figuras do concelho gostam de fazer, o dinheiro da capelinha poderia sim ser doado como ajuda àquelas famílias que se têm queixado nos jornais, para que as suas carências sociais e de saúde pudessem ser atendidas pelos serviços desta “mui nobre” instituição. Pois é! É que os protestos que algumas famílias já fizeram nos jornais não deveriam fazer ninguém esquecer que, ao contrário do que as personalidades da Santa Casa dizem, o maior problema não são os “problemas financeiros” ou a “empregabilidade”. Os maiores problemas que a instituição deveria tentar combater eram a infeliz necessidade de cada uma dessas famílias e de cada um de nós ter que ter poder económico para se poder usufruir da prestação de cuidados de saúde e sociais dignos e de uma velhice com qualidade e bem estar. São realidades que deveriam ser preocupação inclusive a nível nacional. E quanto à capelinha de S. Bartolomeu, ela é o exemplo de que até um pequeno local de culto religioso consegue grandes lucros, e o espelho de que uma das maiores indústrias existentes é a Igreja Católica.

 


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Domingo, 6 de Maio de 2007
Provedor da Santa Casa presta prova de licença de uso e porte de arma

Provedor da Santa Casa presta prova de licença de uso e porte de arma

Na última página do Notícias da Barca de 27 de Abril saltou à vista de todos um artigo, para além daquele que Marques Pereira escreve todas as semanas. Já está a ver qual é? Pois é mesmo esse que está a pensar... Trata-se do Aviso aos leitores caçadores que o renovar da licença de uso e porte de arma obriga a uma prova. Nele lê-se:

 

"Mesmo que cacem há mais de 50 anos, os caçadores vão ser obrigados, para renovarem a sua licença de uso e porte de arma, a disparar uns tiros para provar que o sabem fazer"

 

Ora todos sabemos que os nossos jornais são riquíssimos em belos atiradores que frequentemente prestam provas da sua habilidade em usar armas de ataques pessoais. Com esta obrigatoriedade que todos os atiradores têm que prestar, vamos com certeza assistir nos próximos tempos às provas de ataque pessoal para que estes caçadores consigam as suas novas licenças. O barqueiro só tem a dizer que acha muito bem que se prestem provas da perícia destes atiradores, para que esta actividade, profissionalmente ou por lazer, não perca a qualidade que todos gostam de ver espelhada nos jornais.

Começamos esta semana pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia, António Bouças, que demonstrou os seus dotes em ataque pessoal nas típicas respostas, ataques, contra-respostas e contra-ataques da imprensa regional.

Tudo começou com um tal de p.Antonino no jornal anterior a este, que escreve um artigo em que denuncia um aumento do salário da Santa Casa da Misericórdia apenas para os maiores cargos de gestão (comentado neste blog em  http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/9317.html).

 

 

Como a mui nobre linhagem de provedores da Santa Casa foi afectada e acusada basicamente de "mamanso" à portuguesa, o actual provedor prestou também as suas provas no manejo de tais "armas".

Toda a sua técnica e talento é neste artigo, "Provedor da Santa Casa Responde", demonstrada. Após leitura do artigo pode-se caracterizar todos os passos da sua inteligente técnica de ataque:

 

1. Começa o confronto com aquele que o denunciou com o habitual, respeitoso e elegante cumprimento que acontece por exemplo na esgrima: "Venho por este meio solicitar a possibilidade de resposta a um artigo dirigido ao provedor da Sta. Casa da Misericórdia (...)". Quase parece que nem é ele que está a iniciar a resposta a "p.Antonino".

 

2. A seguir denuncia de forma habilidosa que afinal se trata do próprio provedor a responder. No entanto, de forma a distrair o adversário e até a incentivá-lo a virar as costas, dizendo que a uma denúncia anónima "(...) pessoalmente repudio e por princípio desprezo tal tipo de intervenção jornalística (...)".

3. Depois de dar a entender que só leu a denúncia e não tenciona dar importância a isso, fazendo o seu adversário virar-lhe as costas convencendo-o que não lhe vai contra-atacar, eis que saca da sua "arma" e desata a disparar, prestando provas para a sua licença de uso e porte de arma: "obrigo-me a denunciar a não veracidade de alguns factos mencionados". Durante a extensão seguinte do artigo desata a gastar as suas munições.

Há que referir que os motivos, ou as "munições", que gastou não convenceram ninguém, ou seja, não atingiu em cheio o adversário p. Antonino. Foram apenas uns tiros que mais pareceram fogo de artifício.

Apesar de tudo, parece que a licença de uso e porte de arma de ataque pessoal foi concedida. Neste tipo de salçadas jornalísticas à minhota não interessa se os tiros vão direitos ao adversário. O que interessa e que realmente é avaliado é o barulho e os espectáculos prestados aos leitores.

A redacção utiliza essa sim as suas munições de forma eficaz, gastando uma ou duas balas, respondendo que "De anónimo, como o senhor Provedor invoca, a Antonino, vai um nome que por certo poderá ou não dizer-lhe alguma coisa entre dezenas de funcionários da instituição". Apesar de objectivamente respondido, como haveria sempre de ser, o povo quer mais do que isto: quer fogo de artifício como resposta a fogo de artifício!

No final de tudo, apesar de já ter a licença de uso e porte de armas de ataque pessoal nas mãos, decide desafiar o seu adversário para um duelo a sério, talvez uma cowboiada: "(...) quero manifestar a minha total disponibilidade ao anónimo ou seu representante, para pessoalmente, FRENTE A FRENTE, lhe demonstrar a verdade e bondade dos nossos propósitos (...)".

Quando será o "frente a frente"? E quem irá prestar a próxima prova de renovação da licença de uso e porte de arma de ataques pessoais?

Esperemos para ver!


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Sábado, 28 de Abril de 2007
Santa Casa Misericordiosa do "Mamanso"

Santa Casa Misericordiosa do "Mamanso "

 

 

Não sabem onde existem destas "Santas" Casas? Pois elas estão por todo o lado, todos os dias, "debaixo do nariz" de quem não se deixa cegar ou de quem se trata do próprio beneficiário deste tipo de instituições (designados de "mamões" num jargão mais técnico). São Câmaras Municipais, são empresas , são a cargos da função pública, são igrejas e quem recolhe as esmolas das suas caixas, é o futebol e tudo e mais alguma coisa. Desta vez trata-se de mais um caso flagrante, em Ponte da Barca, na Santa Casa "Misericordiosa". E qual o impacto que tal acontecimento tem junto dos barquenses? O suficiente para merecer um pequeno artigo colocado na última página do "Notícias da Barca" de 21 de Abril. Mais uma vez o medo sobrepõe-se ao inconformismo e ao verdadeiro serviço informativo. Teve que ser um senhor que se assina como "p. Antonino" a assumir o compromisso informativo de escrever um artigo que foi merecedor de um pequeno espaço no papel. Nada disto é novidade, não só no país, como especialmente em Ponte da Barca. Todos sabem que os cargos por conveniência, "cunhas", lobbies e seus derivados têm também os seus representantes aqui nesta terra. Neste caso específico tratou-se de um aumento salarial, imagine-se, àqueles que têm um ordenado da tal "Santinha Casa" na ordem dos 1500 euros. Como se tem sabido, esta instituição tem passado dificuldades de ordem financeira, que têm sido estabilizadas e ao que se julga colmatadas pelo provedor António Bouças com congelação dos aumentos salariais..., mas atenção!,.... apenas abrangendo o simples funcionário de classe baixa. Normalmente o povo costuma várias vezes dizer que quando esta gente designada de "alguém", relativamente ao estatuto socio-económico , promete, promete, até chegarem ao "poleiro", onde depois é "só meter ao bolso". Ora, de forma muito objectiva, nada descreve melhor algo que efectivamente parece ter-se passado mais uma vez, e que se têm passado vezes e vezes sem conta em muitos outros locais. O trabalhador do salário mínimo que se vá contentando com o que tem, e seguindo o exemplo dado pelos seus "senhores" em tempo de "vacas magras". E depois lá está o trabalhador quase obrigado a recorrer ao "abaixamento das orelhas" e à "cunha" para conseguir algo de quem detém mais poder, motivado pelas suas baixas posses e pelos ricos exemplos que este tipo de senhores do "poleiro" vão dando à população. Entra-se assim no ciclo vicioso do salve-se, ou "mame" quem puder e quanto mais puder, com os recursos que tiver, enquanto pode, desde a classe mais baixa à mais alta. 

 

Ficou encantado com esta descrição deste concelho, caso não viva aqui? É parecido com o seu? Ou acha que tem algo mais de especial? Se sim, então venha para aqui viver e experienciar as verdadeiras sensações deste tipo de "submundos" atrás descritos, para além das reais beldades que são o património histórico e natural.  Antes de por cá se estabelecer definitivamente experimente um pequeno roteiro de visitas: comece por passar num dos empreiteiros da Barca de obras públicas e camarárias para construir a sua casa e acessos, vá até a uma grande serração de madeiras que o concelho também põe ao seu dispor, passe pela Câmara Municipal para descobrir todos os serviços que a função pública tem para oferecer aproveitando para tratar da papelada da casa, vá ao cash and carry para abastecer a despensa, aproveite para se abastecer de combustível no posto vem lá no meio da vila e nos tempos livres vá visitar a galeria de arte que monstra os retratos de mui nobre linhagem dos provedores da Santa Casa.


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