Oposições confusas
Começando pelos mais novos, a JSD fez uma visita à Ermida. Apesar de jovens, revelaram que talvez ainda tenham algumas raízes profundas sediadas no passado, numa direita feita de “barões”. Tudo isto porque lê-se no artigo divulgado pelos mesmos que “foi com o entusiasmo do autarca que propositadamente abriu o Museu ao visitantes e puderam conhecer as peças que os compõem…”. Não que seja o português que esteja bem ou mal redigido, mas porque até dá a entender que o Museu da Ermida, onde estão alguns achados com milhares de anos, só foi aberto por se tratarem de tão ilustres figuras, como se ser ilustre perante os outros fosse uma qualidade de bom político. Primeiro: o Museu encontra-se infelizmente fechado, até porque o poder político nunca se terá importado de o abrir em permanência, mas o facto é que quem quiser visitar o Museu poderá faze-lo, ainda que pedindo pelas chaves às gentes acolhedoras da Ermida. Segundo: ser-se ilustre como político não deverá ser uma qualidade do político, mas apenas consequência de outras muitas qualidades que deverá ter. Porém, como ainda se tratam de jovens, e andam por aí muitos adultos da política que erram de igual forma, fica a nota de que nem tudo é mau. Os jovens têm alertado para o facto da água do rio Lima ter tido análises que revelavam má qualidade em 2006, e que a ausência de análises deste ano deverá preocupar tanto os políticos no poder como os barquenses que lá se banham.
Mas como a seguir a algo acertado, bem quase sempre algo de errado, o PSD, desta vez na secção dos fisicamente mais crescidos, teve uma espécie de comício com Pedro Passos Coelho. Para além do êxtase inerente a uma figura nacional, a noite deve ter tido o seu apogeu quando o nome de Augusto Marinho correu pelos ouvidos como um perfil adequado para candidato a Presidente da Câmara Municipal. A primeira noite de êxtase do PSD após as últimas eleições? Talvez, tendo em conta que Passos Coelho tem um discurso com soluções milagrosas para tudo, até pelo que contrastou com a visão de Ferreira Leite, devendo ter conseguido incendiar a plateia presente.
Do outro lado, lá mais para a esquerda, o líder do Bloco de Esquerda António Rocha, quebrou o blackout para com o “O Povo da Barca” que já durava há… meses. Tudo tinha começado com a longa ausência de comentários escritos deste líder para esse jornal, segundo o próprio por motivos pessoais. A bomba explodiu quando no recomeço desses comentários “O Povo da Barca” não respeitou a sua posição de líder de um partido político, colocando o seu artigo na secção de “Correio do Leitor”. António Rocha expressou a discriminação grave a que foi sujeito, e o caso parece que tinha terminado por ali, com prejuízo da imagem do jornal e do seu director. Mas estamos em Ponte da Barca, e numa terra com 2 jornais apenas, o líder de um partido não se poderia dar ao luxo de manter um “corte de relações” por mais do que alguns meses com um desses jornais após ser politicamente discriminado. Será ou não será assim? Questões complexas de uma terra onde tudo é um jogo de intrincadas redes e conflitos.
Lavradas e o PSD querem a ponte de Lavradas ainda este ano!
Mais uma vez temos o presidente de junta de Lavradas, Lino Ventura, e a Comissão Política do PSD nas luzes da ribalta. O que não temos é a ponte de Lavradas. Mas eles querem-na senhor presidente! No que você se foi meter! Isso de promessas em Campanha Eleitoral... é o que já sabemos. Prometeu uma obra que não passa directamente pela Câmara Municipal, e agora tem as "laranjas" à porta.
Já se perderam a conta às vezes em que este blog se pronunciou acerca da tal obra, e não há-de ser a última, mas aqui vai uma vez. Desta vez o barqueiro vai explicar aos que querem a ponte como se fossem "muito burros", sem querer ofender é claro, ou seja, como se fosse um professor da escola primária a explicar aos seus alunos. Uma ponte sobre o rio Lima, como estrutura integrante de acessos a uma via como a IC28 não fica nada barata. Lembram-se da ponte que dá passagem para a IC 28 e Arcos de Valdevez a partir da entrada nascente de Ponte da Barca? Foi cara não foi? Pois uma ponte destas provavelmente ficaria por um preço igual ou superior a essa ponte. Agora pensem: na altura essa ponte justificou a construção, tanto que na zona a única travessia era a antiga ponte medieval, e além disso localiza-se num ponto em que o trânsito vindo de Braga pela estrada nacional passa para a outra margem para chegar a Arcos de Valdevez. Sendo assim, pensem se os milhões de euros a gastar em Lavradas justificaria o tráfego diário que iria ter, numa zona entre Ponte de Lima e Ponte da Barca. Iria servir a população de umas quantas freguesias, ligando-se a uma estrada nacional, em Lavradas, cujo tráfego é baixíssimo considerando que o tráfego entre as localidades principais se faz pela IC 28 de Ponte de Lima a Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. Resumindo: querem fazer um tão grande investimento para servir "meia dúzia" de pessoas das proximidades. O governo desperdiçaria esse dinheiro num tempo de crise financeira a nível global? Além disso é contranatura uma partido como o PSD contestar o grande investimento público de Sócrates a nível nacional, como por exemplo o TGV, a ponte sobre o Tejo e o aeroporto, e a nível local considerar o tal investimento público a solução para os problemas. Acho que esta é uma visão credível, para um partido como o PSD, na oposição e próximo das eleições, reflectir acerca do seu estado de confusão aparente, e conseguir tomar um rumo certo como oposição e como a alternativa que os barquenses não têm conseguido até agora encontrar nem à esquerda nem à direita.
Só mais duas coisinhas para fechar este assunto. Primeiro: o PSD quer a ponte ainda este ano, por isso que tanto o PS local como o PS no poder governativo central que se cuidem, que vão ter que ser muitíssimo rápidos! Segundo: a JSD de Ponte da Barca vai ter que melhorar as suas fontes de informação, pois referiu na imprensa, a propósito da visita a Lavradas, que a IC 28 vai receber portagens brevemente. Trata-se de uma falsa notícia, tendo em conta que o Governo anunciou que as portagens nas SCUTs não avançarão até às eleições, e a IC 28 nunca as receberá, já que não se trata de uma SCUT. Deveriam-se sim referir à A28 (Porto-Viana do Castelo) ou à A27 (Ponte de Lima-Viana do Castelo), essas sim, SCUTs.
NOTA: Pode ser que o PSD local tenha a solução para justificar e possibilitar um investimento tão desproporcionado, já que Passos Coelho esteve em Ponte da Barca, e assim como, ao contrário de Manuela Ferreira Leite, dava a solução para a crise do país, poderá ter dado a solução milagrosa para este caso.
Rosa Arezes e José Amaral prestam prova de licença e uso de porte de arma
Depois de ser António Bouças no jornal anterior a prestar a prova para obtenção da licença de uso e porte de arma (http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/10381.html), desta vez são Rosa Arezes e José Amaral a prestarem também as suas provas no mesmo jornal! É que segundo uma nova lei, quem quiser renovar ou obter esta licença terá que obrigatoriamente "disparar uns tiros para provar que o sabem fazer".
Apesar de tudo, o facto destes dois caçadores terem executado as provas no mesmo jornal, acaba por iludir o leitor. A princípio poderá estar pensando num duelo à antiga entre cowboys, cara a cara no mesmo jornal até se apurar o sobrevivente depois de um violento banho de sangue. Pois descontraia que nada disto se passou. Infelizes daqueles que adoram um espectáculo sangrento. Tratam-se apenas de simples e clássicas provas de tiros em resposta a ofensivas realizadas em edições anteriores da imprensa concelhia.
Rosa Arezes já nos habituou ao seu carácter de "mulher de barba rija" (lembrando as crónicas de Armando Marques e a crónica deste blog em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/1776.html). Enfim, vai-se entretendo com a sua colega de profissão Sílvia Torres. Semelhantes profissionalmente e inimigas na cor (e não é de racismo que se está a falar). Lá estão elas periodicamente na coluna "Hoje escrevo eu" do Notícias da Barca. Sim, tem razão. O barqueiro pede perdão pelo erro. Não é "Hoje escrevo eu" mas sim "Hoje quem manda uns tiros sou eu" (à excepção de Eugénio Martins que também lá escreve, ensinando a estas "mulheres pegadas" como se devem comportar numa primeira página; mas a rivalidade é capaz até de cegar as pessoas!).
José Amaral vem também por meio do jornal responder aos meninos da JSD, que andam necessitados de serviços de saúde urgentes. Defende o partido socialista e o executivo no poder camarário. Atira à cara dos meninos da JSD aquilo que o seu partido fez quando passou pelo poder, uma vez que encntrando-se na flor da idade não se recordam de tais feitos. José Amaral é assim mais um dos atiradores dos rosas, em defesa de sua majestade o Presidente de Câmara.
Resumindo, estamos a entrar no Verão e as temperaturas estão mesmo a subir. Neste Verão 2007 há ainda o extra da obrigação da renovação da licença de uso e porte de arma! Rosas contra laranjas. Aguentarão até ao fim do Verão ao ritmo que já começam a gastar balas?
Mas como não se pode entrar demasiadamente num discurso só de paleio, passemos a factos. Comecemos por Rosa Arezes .
"Tudo isto foi em vão. Afinal, a fusão está consumada."
O que entristece esta senhora afinal?! A fusão das escolas? Assistimos hoje à centralização dos estabelecimentos de ensina a nível nacional, sendo algo inevitável face ao diminuir do número de crianças. A aprendizagem torna-se cada vez mais uma forma de aumentar a autonomia da criança enquanto se forma como adulto e lida com novos conhecimentos. Estão a acabar as escolas primárias onde as velhas professoras da consoada e do folar nas épocas festivas, e de régua na mão durante o resto do ano, mandavam. Os tempos mudam... E as mudanças metem medo aos conselhos executivos das escolas, Diogo Bernardes e Secundária neste caso, que parece que vão mesmo fundir-se. É no fundo a velha problemática do teto. Se só houver uma cria ela pode-se amamentar à vontade. Mas se existem duas para uma tetinha, terá que haver partilha para não haver desentendimentos.
Curiosamente Rosa Arezes termina o seu artigo com um Post scriptum e não com uma simples abreviatura P.S. Ao que parece ela não pretende cá misturas. A abreviatura de post scriptum é também o nome daquele partido cujo nome não deve ser sequer pronunciado!
"Post scriptum: Por muito que as minhas crónicas possam incomodar uma ou outra pessoa, ninguém me condicionará no exercício da cidadania."
Oxalá que ninguém a deprima psicologicamente ao ponto de deixar de escrever. É que sem si este blog nunca mais seria o mesmo. Que incentive e seja um exemplo de cidaddania, tudo bem! Mas agora incentivar os barquenses a tornar os jornais um campo de batalha e a desatar aos tiros uns aos outros com afirmações como a seguinte, isso é que é feio:
"Pena é que não haja mais Barquenses a exprimir, publicamente, os seus anseios e preocupações."
Relativamente a José Amaral, trata-se de um rosa de gema. Reflictam com a seguinte afirmação:
"Como vêm o sr. Presidente da Câmara e o restante executivo sempre desde a 1ª hora puseram os interesses do nosso concelho em primeiro lugar"
Acerca disto há algumas dúvidas. O barqueiro sabe bem, porque é omnipresente, que na primeira hora após os resultados da eleição do PS, talvez metade ou mais foi gasta à espera do aparecimento em público do Presidente eleito junto à Garagem Bouças , e os restantes minutinhos em discurso de vitória transbordantes de febre partidária como é hábito em Portugal. Agora se falarem desde a 1ª hora da tomada oficial de posse, ela pode ter sido ocupada com as habituais ezéquias das tomadas de posse em política.
José Amaral gasta não uma bala, mas um míssil ao dizer:
"Agora deixem continuar a trabalhar quem de forma muito eficaz quer levar Ponte da Barca ao desenvolvimento.
A vossa oportunidade já passou e nada fizeram para a merecer"
De facto, cabe ao leitor averiguar se este míssil atingiu ou não o alvo. O barqueiro apenas pensa que não passou de um míssil com o efeito de uma balazita, pois os jovens furiosos da JSD nunca gostam de ficar atrás, nem mesmo em "botações" online. Qual será a próxima da JSD? E dos rosas? E da JSD? E dos rosas? E da JSD? E dos rosas? E da JSD? E dos rosas? E da JSD? E dos rosas?...etc...etc...
No fim de tudo resta referir o único assunto, esse sim sério. No artigo de José Amaral, um dos elementos da guarda pessoal do Presidente de Câmara, leu-se:
"É sempre bom ouvir a opinião de todos os jovens, não é como fez o Presidente da JSD que me questionou sobre o meu texto sobre a reestruturação da rede escolar."
Senhor Presidente da JSD José Alfredo Oliveira: que se ande em guerras, se dê uns tiros de um lado para o outro e que se esfolem até ao limite por causa das "corzinhas", tudo bem! Agora que se questione os adversários políticos sobre as formas de opinar ou até sobre o tipo de balas a utilizar, por amor de Sá Carneiro! Isso é de meninos!