Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009
Novela de Verão: "Meu S.Bartolomeu!"

Novela de Verão: "Meu S.Bartolomeu!"

 

Mais um Verão que chega ao fim, mais um S.Bartolomeu que passou em Ponte da Barca. Aqui fica a novela "Meu S.Bartolomeu!", com textos deste blog cuja proximidade com a realidade é mera coincidência.

 

Na abertura do S.Bartolomeu, na Feira de Artesanato e Tasquinhas...

 

 

Os aromas a vinho verde e fumados pairava... a satisfação era geral

 ... Satisfação "GERAL", que aqui e acolá tinha as suas breves e pontuais excepções...

 

 


 

Mais um ano, mais um Concurso do Melão...

 

Bom melão era o que não faltava... mas a arte de apreciar tal iguaria tem que se lhe diga! A "Novela de Verão" contou também com workshops sobre melão para políticos e curiosos...

 

 

 

 

 

 

A Festa das Crianças contou com o habitual Teatro de Fantoches...

 

Ao que a história desta novela reza, o Teatro de Fantoches integrado na Festa das Crianças conta com boa adesão dos políticos...

 

 

 

 

 

 

E a animação musical esteve a cargo de Tony Carreira...

 

A novela prossegue com momentos animados lembrando outras "Novelas", como a "Jobs for the boys" de Vieira do Minho... E como a partir de um tema romântico do Tony nos podemos lembrar do "job" que um novo "boy" do PS teve. Claro que tudo não passam de novelas!...

 

 

 

 

 

Nas tradicionais Rusgas...

 

Chegada a hora das rusgas, Vassalo queria toda a sua armada reunida para uma noite de arrasar...

 

 

 

 

 

Pela Noite Dentro...

 

     

 

 

 Noite quente, com um curioso alinhamento de garrafas na "mesa do poder"...

 

 

 

 

 

Na Majestosa Procissão...

 

Os maiores "santinhos", ou melhor, "meninos do coro", não poderiam faltar à Majestosa Procissão... Uma farta e repleta montra política, onde se apela à caridade católica dos eleitores crentes, a maioria, para que depositem a sua "esmola" na hora que os políticos mais necessitam.

 

 

 

 


sinto-me:

talhado por o barqueiro às 23:45
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Sábado, 8 de Agosto de 2009
Dossier Autárquicas 2009

Dossier Autárquicas 2009

 

As épocas eleitorais estão à porta, como já todos se aperceberam pelas "abelhinhas loucas " que começam a pairar por aqui e por ali. Falando em particular das autárquicas, que mais directamente dizem respeito ao nosso concelho, é mais um dos momentos cruciais para o futuro de Ponte da Barca. O que é verdade é que em todos estes anos de democracia nenhum acto eleitoral quebrou a mediocridade pela qual a gestão autárquica se tem caracterizado, apesar do poder que o voto pode ter.

Por que será que o voto do cidadão barquense não tem esse poder de manifestar o descontentamento e a pretensão de um rumo diferente? Os políticos certamente escapariam à questão, dizendo algo como "o povo é soberano; a sua decisão deve ser respeitada". Não discordando desta "costela democrática" que todos se gabam de ter, o barqueiro arrisca-se a avançar uma hipótese para a falta de utilidade do voto. Infelizmente a resposta poderá estar neste blog, nas secções de comentários a artigos. Basta ler muitos dos últimos comentários, para ver algumas das tais "abelhinhas". São as "abelhinhas" que durante quase todo o mandato andam silenciosas e recolhidas às suas "colmeias", são até capazes de dizer "ámen" à velha máxima de que "são todos iguais, os políticos" na conversa de esquina, e só elas parecem realmente saber a receita para um concelho melhor e para o bem, e só o bem, de todos os barquenses. Só quando cheira a eleições e época de propaganda é que se começam a ver, por aqui e por ali, apoiando ferverosamente as medíocres forças políticas de "sempre". E é mais ou menos assim que se vai perpetuando a política que temos: a da espiral "poder-dinheiro-poder", como já disse o bastonário Marinho Pinto.

É basicamente esta a base do descontentamento político do barqueiro, e pelo qual tenta fazer crítica e opinião num blog. Sendo um blog, trata-se também de um espaço aberto a todos os que pela net navegam. Tudo é permitido, desde opiniões políticas, sociais, económicas, gastronómicas, elogios, críticas, até falar sobre a "apanha da nêspera". Como sabem, este não é blog partidário, por isso, no que toca a propaganda as "abelhinhas" vieram bater à porta errada. Mas como o barqueiro não gostaria de apagar material deixado pelos seus leitores, a partir de agora, todo o material "propagandístico" será reencaminhado para o post/ artigo "A Colmeia das Abelhinhas".

 

Arrumadas que estão as "abelhinhas", passemos à opinião do barqueiro acerca dos partidos candidatos.

 

Augusto Mariiii... ou Cabral de Oliveira?

 

A dúvida deveria ter sido desfeita no dia 20 de Junho, no jantar de apresentação oficial do candidato à presidência da Câmara pelo PSD. Parece que o candidato oficial, segundo aquilo que mais de 500 pessoas entenderam, de entre apoiantes e jornalistas, é mesmo Augusto Marinho. No cartaz de propaganda, quem realmente aparece é ele, ou o pelo menos o seu clone em Photoshop. O discurso parece assentar na mesma base que o  "mestre" Cabral tinha construído até aí, principalmente através dos seus artigos de "ressuscitação política" nos jornais locais. A "mordaça", o "despesismo", o "hipotecar do futuro" e a "bufaria" são basicamente os pilares em que assenta o discurso feito em relação ao partido opositor no poder. Com eles, e segundos eles próprios, tudo isso acabará, e o desenvolvimento do concelho arrancará. Só ainda não se sabe bem como. Esperemos pelo programa eleitoral que propõem para os barquenses, já que projectos concretos de governação infelizmente ainda não foram devidamente revelados. Uma coisa desde já se pode concluir em relação a estes "novos" pretendentes ao poder (se é que se pode chamar de "novos"!): são extremamente católicos, visto que o velho ensinamento do pároco "não olhes para o que eu faço, olha para o que eu digo" se lhes aplica na perfeição. Toda esta "velha malta", que se quer disfarçar de "nova", sabe apontar muitos dos defeitos do actual executivo, só que muitos desses defeitos foram também seus quando passaram pelo poder. Sim, porque parecendo que não, toda esta "malta" já esteve no poder e tem a sua quota parte de responsabilidade na mediocridade actual. Ou melhor, parece mesmo que passaram o testemunho dessa mediocridade ao actual executivo. Realismos à parte, falemos da febre partidária. Pelas imagens do Jantar de apresentação, os níveis "febris" estiveram altos, como acontece sempre que há comida, bebida, muita gente e bandeiras. E deverá ser para aumentar...

 

 

 

A "missão" Augusto Marinho ao poder está lançada. E parece assentar numa forte vertente tecnológica, com locais na net, como site oficial, blog e até twitter. Veremos se fará assim tanta diferença na realidade do nosso concelho. A julgar pelas fotos na web, o mais fotogénico parece ser o "velho" Cabral de Oliveira. E mais do que isso: a julgar pela actividade partidária, Cabral de Oliveira parece ser até o candidato à presidência. É que antes e depois da apresentação de Augusto Marinho só tem dado Cabral de Oliveira. É ele que é a voz do partido para as próximas eleições. É ele que "abafa" Augusto Marinho nesta propaganda partidária do PSD. É que com expressões como "Chorrilho das promessas" (in Notícias da Barca, 24 de Julho), Cabral de Oliveira "abafa" qualquer um! E para tornar Augusto Marinho cada vez mais um "beto" JSD, foi mais uma vez Cabral de Oliveira que fez notícia com o PSD local mais recentemente, ao anunciar a candidatura à Assembleia Municipal. E com a frieza, ou... como é que se diz..., "lata" própria de um político disse "Sou candidato em nome da seriedade, da transparência, do rigor...". Mais uma vez a velha máxima do pároco vem ao de cima: "Não olhes para o que eu faço (ou fiz), olha para o que eu digo". Pode-se dizer que disfarçar é coisa que o muito experiente Cabral de Oliveira ainda não domina na perfeição. Isto porque ao tentar disfarçar o facto de basicamente ser ele o PSD concelhio, tendo como presidente do plenário a "mulher d'armas" Rosa Arezes, ter dito em relação à sua candidatura à assembleia municipal "Resolvi (...) aceitar o convite que me foi formulado pela Comissão Política do Partido Social Democrata".

Entretanto mais uma figura do PSD foi definitivamente "seca" pelo PSD/ Cabral de Oliveira: Olinda Barbosa. Em geito de despedida da vereação da câmara escreveu para o jornal com o título: "Final de mandato. Onde paira a maioria PS?". Seria também caso para os preocupados com o PSD local perguntarem "E onde vais parar tu depois de terminar este mandato?".

Por último, outra coisa que o período pré-eleitoral trás é a emersão à praça pública de algumas figuras dos partidos. Desta última foi Francisco Fernandes, que no discurso na Assembleia Municipal, publicado no Notícias da Barca, disse "(...) este executivo contratualizou com uma entidade privada a elaboração de um plano estratégico, admitindo, assim, não ter (...), capacidade nem qualquer projecto para o desenvolvimento sustentado do Município.". Mais um belo recorte da política local, no qual um deputado da assembleia municipal critica um dos poucos exemplos de boa política do actual executivo, na base de qualquer boa gestão: realização de estudos, idealmente multi-disciplinares, para levantar as necessidades e prioridades de uma gestão, e ordenar medidas consoante as prioridades. Ainda para mais usando essa crítica como atestado de incompetência do executivo que a encomendou.  Apesar da gestão actual ser duvidosa, muito criticável e algo caótica, a crítica usando a execução de um Plano Estratégico é o fresco da gestão política feita em "cima do joelho" que até hoje tem sido praticada.

 

 

Um Executivo dos buracos e dos empreiteiros

 

Do executivo actualmente no poder muitas obras se estão nesta altura a ver, nomeadamente no campo do betão e do alcatrão. Aliás, apesar do barqueiro não possuir os dados exactos, este é aparentemente um dos mandatos em que mais se gastou em betão e alcatrão. Temos a nova Câmara Municipal, inaugurada antes de acabada, temos o novo posto de GNR, que atendendo às dimensões mais parece um posto de comando distrital, temos os centros escolares e lares de idosos, que vão começando a ser construídos, temos também as remodelações das entradas sul e este da vila. Os apoiantes deste executivo, ou como atrás se disse, as "abelhinhas", neste caso as do PS barquense, até poderiam estar aqui a acrescentar mais obras. Fiquemos apenas por estas que já são suficientes. Relativamente à Câmara Municipal muitos euros foram gastos, inclusivé em mobiliário. Já a qualidade de contrução (querendo o barqueiro armar-se em pequeno empreiteiro) deixa a desejar, a menos que a aparante "mobilidade" da pavimentação em pedra da câmara e do largo do Urca seja uma nova forma de construção. Os centros escolares, posto de GNR e lares, sim senhor, venham eles. Mete alguma impressão ver mais de 3 milhões de euros só para a construção de 2 destas infraestruturas, como foi noticiado há poucos meses. Talvez seja a costela do português provinciano dos nossos políticos, que sempre se lamentando da crise e da falta de dinheiro não põem de parte as suas "extravagâncias". Ou talvez seja a habitual necessidade de mostrar estradas e boas e grandes paredes de betão, para o "povo" se iludir na sua decisão eleitoral. Relativamente às entradas da vila, finalmente temos entradas decentes para uma vila, particularmente a este, que já está praticamente pronta. Independentemente das críticas que se possam apontar ao desenho do projecto em si, finalemente temos bons passeios e bom asfalto. Falta agora a entrada sul, que já anda em obras (finalmente a mítica rotunda de plástico acabou!). A entrada oeste também merecia uma intevenção futura do género.

Enfim, o frenezim pré-eleitoral do betão está ao rubro, com a execução de obras de forma algo caótica, fugindo aparentemente a qualquer tipo de planeamento estratégico. Milhões andam a ser gastos. A curto prazo veremos que resultados práticos trarão para o concelho. Como não podia deixar de ser, quem também anda muito ocupado neste período pré-eleitoral, para além dos políticos, são os empreiteiros. Basta ver as construções do boss Artur Freitas, para vermos quanto a câmara municipal conta com a ajuda deste "obreiro" do nosso concelho. Enfim, cada mandato, cada executivo tem o seu "obreiro", e este mandato é do referido. Referência ainda para um outro "obreiro", ou melhor, sociedade familiar de "obreiros" que tem saído quase do anonimato no mundo das empreitadas neste mandato autárquico. Apesar da qualidade das obras ser muito duvidosa (como o exemplo do largo do Urca, ou então o restauro da ponte medieval), são a eles que devemos muitas obras que vão sendo construídas. É este o poder que a política tem.

 

 

 

Mas o barqueiro não se esquece das "preocupações sociais" que pairam no ar. Veja-se a "malta" do CDS barquense, cujo partido não premiava o seu esforço e dedicação pelo concelho. Onde foi que arranjaram esse "premeio"?... no executivo PS. Cargos de vereação, presidência da Associação Amigos da Barca, que ninguém sabe muito bem para que serve, e ainda gerência e criação de "emprego" (chamem o que lhe quiserem) com a construção de novos lares previstos.

Quanto à posição do executivo no que diz respeito à criação ou não de indústria no concelho, ninguém sabe muito bem o que têm na mente, ou se têm alguma coisa. Aposta definitiva no turismo como actividade económica central do concelho ainda pouco foi visto (excepção para a promoção da vertente histórica na produção hidroelétrica, em Paradamonte, e o Festival de Música Celta). Falta estratégia nestas áreas. E a ponte de Lavradas? Um "presente" que Vassalo queria dar a Lino Ventura, sem olhar para o preço... o problema foi agora que olhou para o preço... Agora, ponte de Lavradas, talvez só se for de canas. O projecto da Zona Desportiva foi aparentemente abandonado. Com várias datas de início anunciadas, nenhuma delas foi verdadeira, e desta última decidiram-se por uma pequena remodelação do que existe. Caiu-se mais uma vez no erro de não seguir um plano, uma estratégia de execução das políticas e das obras. Agora que as eleições estão à porta, quer-se fazer todos os projectos impossíveis de fazer num mandato: começa-se a meter em obras tudo quanto é sítio, e pelo caminho outros projectos ficam pelo caminho. Quer-se mostrar que se fez mais betão que no mandato anterior. E assim o concelho tem navegado, navega, e há-de provavelmente continuar a nevegar, pelo menos nos próximos anos.

Entretanto, não só no PSD alguns "ressuscitaram". No PS foram logo 2 de uma só vez. O regresso de Miguel Pontes (quem não se lembra do caso Miguel Pontes - Isabel Pedro? http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/36889.html) e o do José Amaral. Miguel Pontes publicou o seu discurso de Assembleia, onde fez não mais do que o balanço de 4 anos de governação PS. Acusou as vozes opositoras de "confundir arrogância com ambição". Basicamente as maiores forças políticas acusam-se do mesmo. Não é que estejam erradas. Não conseguem é avaliar-se a si próprias. Confiante na vitória diz que o próximo mandato haverá a "a mesma determinação e seguramente redobrada confiança". José Amaral, esse líder da recém JS, desaparecido da comunicação após a fundação oficial desse órgão de juventude partidária, vem no fundo fazer o mesmo e ainda mais, ou seja, propaganda ao presidente da câmara Vassalo Abreu: "4 anos de progresso" com  Vassalo Abreu, um homem com o qual "se fala na rua, que não mudou por ser presidente e que a todos trata por igual, sejam ricos, sejam pobres!". É de facto espantoso como o líder de uma Juventude partidária consegue reger-se pelos livros dos velhos políticos, os livros do populismo e do vazio de ideologias e convicções.

 

 

 

 

Assim vai a política em Ponte da Barca... Como sempre estão mais em jogo pessoas/ candidatos do que ideologias e estratégias, porque essas parecem ser basicamente as mesmas, e as mesmas de sempre(se é que existem!)...

 

Vai ser difícil escolher!...

 

 

 


 

 

NOTA de "O Barqueiro" a 9 de Agosto de 2009:

 

Após comentário deixado a este artigo, o barqueiro pretende esclarecer aos leitores aquilo que realmente quiz dizer com a análise (feita neste artigo) ao discurso do deputado Francisco Fernandes na Assembleia Municipal e publicado no "Notícias da Barca". O barqueiro pretendeu só, e apenas, criticar o facto de se usar o argumento de que a encomenda do Plano Estratégico a privados é uma prova da falta de capacidade e de projectos do executivo eleito. A má gestão deste executivo camarário poderá ter diversas causas e facetas. Mas a execução de um estudo/ plano supostamente para levantamento de prioridades e elaboração de estratégias não é em si prova da falta de capacidade. Poderia até ser prova de uma gestão metódica e ponderada, caso fosse esse o caso da nossa Câmara. O facto de um político usar este discurso/ argumentação demonstrará por isso falta de qualidade política, ou a prática da política de medidas em "cima de joelho", pois encomendar estudos não é sinal nem prova de ignorância de uma gestão, antes pelo contrário. Como saberão, é difícil haver diversidade de capacidades técnicas nos membros de um qualquer órgão de gestão para realização por si próprio de grandes estudos, muitas vezes multidisciplinares, daí que seja algo de ponderado encomendar estudos/ planos.

Desta forma, o barqueiro pretendeu apenas demonstrar a crítica de um político à má gestão da Câmara, caindo no erro de pegar por um dos poucos, se não quase único, aspectos positivos da gestão do mandato actual. Já a falta de capacidade, ou outro tipo de "areia na engrenagem", para pôr os medidas desse Plano Estratégico em prática é outro assunto, com os quais, esses sim, o barqueiro poderá ter considerável grau de concordância com o visado.

 

Espera-se que a compreensão dessa reflexão do barqueiro seja assim melhorada. As desculpas pela possível falta de clareza na elaboração dessa área do artigo..


sinto-me:


Domingo, 21 de Junho de 2009
Barquenses votaram Europa... ou não

Barquenses votaram Europa... ou não

 

Não é que com isto o barqueiro esteja a apelidar todos de "ignorantes". Mas de facto foi aquilo que os políticos, ingenuamente ou não, fizeram dos cidadãos em todo o país. A realidade é que uma grande parte dos portugueses, de entre aqueles que foram às urnas, foram e ainda são "euro-ignorantes". As opções de voto eram 12, e encontrar uma dessas opções que falasse da Europa e dos seus assuntos, para elucidarem o eleitor a ir votar para a EUROPA, foi extremamente difícil. De toda a actividade eleitoral dos 11 partidos políticos e 1 movimento pouco tempo foi passado discutindo a Europa, o modelo social, político e económico que para ela pretendiam, e o hot-topic do Tratado de Lisboa.

O barqueiro está certo de que a maioria dos que foram votar não sabe ainda hoje em que opção e visão europeia votou. O barqueiro não votou, atendendo à sua condição de personagem "linguareira" e bloguística, mas de todos os portugueses recenseados votaram menos de 40%. Em Ponte da Barca o resultado da abstenção foi ainda pior, com 68,24%. Como já muita gente disse em uníssono, isto é o reflexo da descrença na política como a conhecemos. O barqueiro entra numa outra perspectiva, e diz que isto mostra também um alheamento preocupante do acto de cidadania em Portugal. Não há lógica em criticar o rumo político, sem nele participar nas eleições. Há que escolher o rumo que se entende melhor, de entre aquelas opções que nos são oferecidas, ou então, se se está num clima de protesto, votar em branco, como muitos portugueses fizeram.

De facto o povo é soberano, e estar a criticar o facto de votarem não na Europa, mas sim nos partidos nos seus contextos nacionais, é de certa forma legítimo, ao contrário do que os bonitos discursos políticos fazem crer. Afinal, foram esses mesmo políticos que criaram a situação da "euro-ignorância".

Em Ponte da Barca o mesmíssimo cenário, com o PSD a conquistar também a vitória, de forma mais esmagadora, o PS num fraco 2º lugar, e também o BE como 3º mais votado, apesar de uma menor percentagem em comparação com a nacional. O facto dos resultado terem apontado para uma vitória clara do partido que não está no poder, nem na autarquia, nem no Governo, reforça provavelmente a mesma ideia do voto "euro-ignorante". Mas já que estas foram umas eleições que todos as forças políticas quiseram fazer nacionais, poder-se-á analisar os resultados de forma mais ou menos fidedigna num contexto nacional: reprovação total do PS, vitória clara do PSD e o mais fraco resultado dos 2 grandes partidos juntos, com muitos votos a cair em forças alternativas. Será que, partindo de quase certo que não se votou na Europa, os resultados também significam qualquer coisa, um "aviso", para o executivo no poder? A maioria absoluta dos laranjas deve ter então assustado Vassalo e seus discípulos. O PSD local e nacional ficou muito reconfortado, mas ainda faltam alguns meses para as eleições, essas sim de carácter local e nacional, pelo que muita politiquice ainda vai correr.

E foi assim o primeiro "treino" eleitoral para os portugueses e para os barquenses, supostamente para votar na Europa, e cujos políticos, e por arrasto a sociedade, quiseram fazer (e conseguiram) de "barómetro" pré-legislativo...


sinto-me:


"Novo Rumo" com "velhos" A.Marinho e... Cabral de Oliveira

"Novo Rumo" com os "velhos" Augusto Marinho e... Cabral de Oliveira

 

Foi apresentado oficialmente o candidato PSD para as próximas eleições autárquicas em Ponte da Barca. Como já tinha sido anunciado há uns meses, o próximo candidato à Câmara Municipal é Augusto Marinho, que até é da Marinha, e já tem alguma experiência nas ditas "lides políticas", quando foi vereador no executivo anterior, pelo mesmo partido.

Feito o enquadramento, importa introduzir a assunto que o barqueiro irá passar a comentar. Comecemos pelo slogan "Novo Rumo p'rá Barca". E comecemos pelo rosto deste PSD actual, o seu presidente, Cabral de Oliveira, que surgiu e tem surgido como rosto deste "novo rumo" que este partido propõe para Ponte da Barca. Cabral de Oliveira, velho "barão" do PSD da Barca que já andou durante vários anos na cadeira do poder, e "Novo Rumo" parecem expressões incompatíveis. Por tudo o que sabemos da sua gestão e pelas histórias que Cabral de Oliveira terá para contar dos seus anos de poder, esta nova cara do partido com a "velha" gente que por lá anda não terá muito por onde pegar no que concerne a comparações de "antes e depois" das passadas eleições". A juntar a tudo isto está o facto de se estar a manifestar, aparentemente, uma certa ideia, em algum eleitorado, que PS e PSD são no fundo partidos muito semelhantes, e que as suas gentes nunca trouxeram as mudanças de gestão e de mentalidade necessárias a uma melhor Ponte da Barca (e até um melhor Portugal)... Como já estamos habituados aos frenesins pré-eleitorias, particularizando para política local, é sempre melhor dizer que se trata de uma ideia "aparente", não vá o barqueiro (muito provavelmente) enganar-se no que diz respeito a muita "massa crítica" que se torna "massa política", ou "politiqueira", quando cheira a eleições. Voltando ao assunto, e como o barqueiro também quer comentar aspectos positivos no meio deste triste cenário, assistiu-se nesta apresentação de Augusto Marinho a uma mudança ligeira de rumo na campanha. Pela primeira vez focalizou-se mais um eventual "novo rumo" que o partido quererá trazer, do que as críticas directas aos muitos "escarros" e "poios" do actual executivo, que tinham dominado a campanha laranja de Cabral até hoje. É certo que é necessário pegar em toda essa "sujeira" para fazer campanha... mas também é certo que o PSD do poder que os barquenses tiveram também tiveram muitos "escarros" e "poios"... talvez seja mesmo melhor explorar esta nova vertente de "novidade", "mudança" e de "novo rumo p'rá Barca", pois talvez seja isso que os barquenses andam à espera há decadas. Se isso vai mesmo acontecer com a eleição de Augusto Marinho, isso já é um assunto que cabe a cada barquense pensar, e tomar a sua conclusão no dia das eleições.

O barqueiro já iniciou essa reflexão, talvez ainda não a tenha terminado porque muito ainda há para assistir... uma conclusão já a tem: chegamos ao ponto de na política barquense, se se quiser votar em alguém, ter que escolher entre o mesmo, um PS que defraudou qualquer esperança que houvesse de mudança, com resultados à vista, e um PSD com gente que já deu um grande contributo, no poder, para a medíocridade que os barquenses sempre viveram e ainda vivem. 

 

 

Neste cenário, poderá ser caso para dizer, numa perspectiva diferente, necessita-se de mais concorrência à presidência da Barca, de preferência alguém novo nestas lides, vindo ou não dos restantes partidos políticos. Outra coisa parece há muito ser certa: não contem com o CDS-PP de Ponte da Barca!... É esta a realidade da nossa terra: políticos "democráticos cristãos de direita", como disse uma vez Paulo Portas, que se "converteram" a "socialistas" (que também tem a sua graça, quando o PS se diz "socialista") para todos estarem, no fim de contas, no "poleiro". Que outra coisa há-se pensar o "povo"?

Voltando ao PSD, resta esperar que Augusto Marinho se revele nos próximos tempos, para ver o que haverá de "novo" naquilo que eles anunciam. E é neste aspecto, que de facto o PS e o PSD locais diferem: o PSD tem um presidente de comissão política, Cabral de Oliveira, que tem até este momento, ofuscado a presença do candidato Augusto Marinho, e o PS tem um presidente de comissão política, Adolfo Pereira, que tem sido totalmente tapado pelo presidente e candidato Vassalo Abreu.

Acabando o assunto, que já vai longo, resta referir a presença da JSD e de José Alfredo Oliveira nesta apresentação do candidato na sede do partido. É positivo ver como a juventude política está próxima dos "mais velhos"... é hilariante ver os "betos" dessa juventude entoando cânticos ao melhor estilo de claque de futebol na vitória política dos seus "mais velhos", relembrando as eleições recentes...

 


sinto-me:


Domingo, 24 de Maio de 2009
Pontes da decadência

Pontes da decadência

 

 

Realizou-se, como foi notícia amplamente divulgada, o “III Encontro Nacional de Pontes” na nossa vila.

“Onde é que estava quando soube que ia haver por cá um encontro de Pontes?”

Esta é uma questão que poderia ser feita aos barquenses, e cuja resposta iria ser muitas das vezes: “O que é isso?”, “Encontro de Pontes?”. Pois bem, aqui vai o objectivo oficial deste encontro que vai na terceira edição: “troca de experiências, a construção e debate de novas estratégias com o intuito de continuamente puderem servir melhor e com mais qualidade as populações que representam” in “O Povo da Barca”. É algo muito vago, é certo. Talvez seja apenas uma reunião de políticos em tempo de crise de credibilidade, à custa do dinheiro público, diriam uns, ou talvez um encontro de intercâmbio cultural e de vivências entre terras tão diversas como aquelas que possuem como denominador comum a palavra “Ponte”, diriam outros. Enfim, haverá opiniões para todos os gostos.

Mas a do barqueiro será talvez muito particular, talvez pela sua ignorância (e vejam lá se não é “burrice”!). Ia o barqueiro passeando pela vila quando pela primeira vez se deparou com o anúncio deste evento. Ficou na retina e no pensamento “Encontro Nacional de Pontes em Ponte da Barca”. Não se lembrando das anteriores edições, despercebidas, noutras localidades, veio um sentimento de “graça” despertada pelas várias interpretações humorísticas desligadas do verdadeiro contexto. O problema deste executivo camarário com as pontes é mais que conhecido: uma ponte cai lentamente aos pedaços sem que ninguém trate da sua velhice deteriorada, e por outro lado um executivo sedento de votos quer dar uma ponte de milhões a um presidente de junta “guloso”, de um partido opositor. Ora imediatamente associando este “Síndrome Demencial de Pontes” do executivo a tal anúncio de um “Encontro de Pontes em Ponte da Barca”, o barqueiro disfrutou por breves, mas deliciosos momentos de bom humor. Claro! Que noutra localidade as “pontes” poderiam mais desejar vir e reunir-se que em Ponte da Barca?!

 

 

 

Passado o “Encontro de Pontes”, algo tocou bem lá no fundo da alma dos políticos que governam estas terras, no que diz respeito a esta temática de “pontes”. E não foi a vontade de dar descanso a uma velhinha ponte para que possa ser devidamente recuperada para as suas funções! Começaram a ser descarregadas pedras e terra no rio Lima junto à ponte, para que as máquinas possam ter acesso à protecção do pilar central desmoronada através da margem norte. Mas será que começaram realmente? Será que a empresa que por lá se viu tem nas mãos o restauro do nosso belo monumento? Como é que uma empresa inicia os trabalhos antes de um projecto ou plano de restauro ser concluído? Entristece ver uma ponte a cair e mal tratada ainda a fazer a função da travessia de automóveis. Entristece ver que de uma ponte só funcione quase “meia” ponte. Entristece o cenário de turistas que visitam a vila tirarem fotos a um monumento utilizado até aos nossos dias a ruir. Entristece ver que a incompetência dos políticos somada à das Estradas de Portugal obrigue a “tapar-se os olhos” àqueles que deveriam beneficiar do serviço público com pseudo – inícios de restauros marcados não se sabe para quando.

 

 

 

 


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Sábado, 25 de Abril de 2009
Câmara nova, vidas novas?

Câmara nova, vidas novas?

 

Está pronto e a funcionar o novo recinto dos Paços do Concelho. Cor-de-rosa bonito, o novo edifício, dizem os mais entendidos, baseia-se numa arquitectura que é sobretudo funcional, que vai de encontro ao trabalho desenvolvido pelos seus funcionários. Carácter funcional e estéticas à parte, enfim Ponte da Barca possui um novo edifício para a Câmara Municipal, que já há muito estava planeado.

 

 

Agora os serviços camarários não se poderão queixar de falta de condições para satisfazer as necessidades dos barquenses, pois existe um edifício com uma concepção prepositada para tal, além de já possuir o número mais que suficiente de funcionários, como todos saberão. Quanto ao velho edifício, será para receber uma Loja do Cidadão de 2ª geração, com tudo o que isto poderá trazer. Contudo, o baqueiro, e se calhar alguns barquenses, ainda não perceberam se a Loja do Cidadão irá incluir serviços públicos, por exemplo, de Segurança Social e Finanças, com o consequente fecho das repartições actualmente existentes. Seria bom reestruturar estes serviços na vila, até porque de bom funcionamento não se podem propriamente gabar, isto, na modesta opinião do barqueiro. Não duvidando da competência dos funcionários dos serviços referidos (o mau funcionamento, mais que uma questão individual, é organizacional), convém não deixar a salvo do mesmo reparo os funcionários que agora têm novo recinto de trabalho nos novos Paços do Concelho. Tudo isto para o barqueiro chegar ao ponto de revelar a sua esperança em que o funcionamento dos serviços camarários seja, à semelhança das infraestruturas, também ele remodelado. Desde a senhora das limpezas, até ao próprio Presidente de Câmara. De falta de recursos humanos não se poderão queixar, até porque o excesso de funcionários na função pública é um mal antigo do país em geral. E os funcionários poderão até não serem muitos… é mais a desproporcional eficiência. Talvez haja o hábito português de haver mais gente a “chefiar”, que propriamente a executar as funções que lhe seriam devidas para o harmónico funcionamento de um todo, que é uma repatição pública.

Sermões à parte, com a (pseudo) inauguração deste novo edifício, foi lançada também uma barraca. A inauguração é “pseudo”, porque à boa maneira portuguesa, os discursos são óptimos, mas os que belo discursam ainda têm de se arrumar dos “andaimes” na obra supostamente já pronta. Por outro lado foi lançada a barraca, particularmente porque a oposição veio demosntrar publicamente o esbajamento de dinheiro da falada obra. Segundo o executivo o investimento foi de 1,7 milhões de euros. Seguir-se-ão 400 mil euros para o arranjo definitivo do exterior envolvente ao novo edifício, ou seja, destruir aquilo que supostamente é provisório, mas serviu para receber a "pompa e circuntâcia" de uma inauguração de algo ainda não concluído (bem "à portuguesa!", infelizmente). E como é que a fraca oposição que por cá temos vê toda esta situação: "Escândalo!", "gastos mais de meio milhão de euros (113 mil contos) só no fornecimento de mobiliário". Como se pode analisar esta visão de esbanjamento dada pela actual oposição do PSD? Como o barqueiro quer ser imparcial, vai dar 2 visões: uma visão "laranjinha" e uma "rosinha". A "laranjinha": "É verdade! Isto é um escândalo! Andam para aí a gastar rios de dinheiro do Estado... Das duas uma: ou se anda a meter dienheiro ao bolso, ou então o luxo "a bordo" do novo edifício deve ser grande!". Se quiser ser "rosinha": "Aqui ninguém mete ao bolso o dinheiro dos contribuintes! Temos é um bom edifício, e a qualidade do equipamento não deve ficar atrás! Assim ficamos todos bem: nós, os do poder estamos bem instalados, e vós, os da oposição, também, até porque temos que receber aqui as vossas "visitas"...". Ninguém ficará a perder... A não ser, de facto, o povo, que mais uma vez foi pisado pelos "elefantes" políticos...

A propósito da oposição, particularmente o PSD, que apesar de não parecer querer novamnete o poleiro, é a maior força da oposição, optou agora por explorar os rios de dinheiro que têm sido gastos pelo actual executivo. Argumentos não lhes faltam: "Dívida perto dos 10 milhões de euros" e "aumento de 68% da dívida em 3 anos". Parece que pelo menos tomaram um rumo, uma linha de crítica ao executivo actual. Falta juntar as propostas de mudança, os planos, os projectos, para que possam pelo menos mostrar intenções de fzaer algo novo pelos eleitores. Estamos cá para ver... Pelo menos já houve alguma mudança de rumo, tendo em conta que os artigos do PSD habitualmente assinados como "A Comissão Política da Secção de Ponte da Barca do PSD" passaram a ser assinados por 5 indivíduos, com o nome "António Cabral de Oliveira" à cabeça. Convém lembrar aos eleitores (e depois não se diga que o barqueiro não presta serviço público) que aquele que supostamente é o candidato autárquico surge em 4º lugar na lista das assinaturas, e dá-se pelo nome de "Augusto Manuel dos Reis Marinho"...

 

 


sinto-me:

talhado por o barqueiro às 01:58
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