Sábado, 28 de Abril de 2007
A Revolução dos Cravos já foi há 33 anos!

A Revolução dos Cravos já foi há 33 anos!

Parece que não, mas o 25 de Abril de 1974, para quem não se lembrar destas datas, já foi há muito tempo. Para muitos barquenses ainda nem sequer foi, e para outros, apesar de já ter sido há 33 anos, é como se fosse uma data como as outras.

No primeiro grupo de pessoas incluem-se aqueles que na altura ouviram uns rumores do que se terá passado em Lisboa, reagindo com medo de uma guerra e com medo de que os seus familiares emigrantes não pudessem regressar. Evidentemente que muito em parte, esta ignorância da actualidade em que viviam e do mundo que os rodeavam se devia directamente ao regime ditatorial e provinciano em que foram criados, e ironicamente é essa educação que tiveram que fizeram com que agora digam muitas vezes: "Só um Salazar é que consegue endireitar isto!!!".

No segundo grupo de barquenses incluem-se todos os "filhos de boas famílias" e todos aqueles que conseguiram chegar ao topo da pirâmide social barcalhoense , e que só por isso são tratados de senhor doutor (formados ao "domingo" à tarde), senhor seguido do religiosamente soletrado apelido ou senhor prior. Todos esses senhores estão habituados a serem colocados bem lá no topo dessa pirâmide pelo primeiro tipo de barquenses, aqueles para quem o 25 de Abril de 74 parece ter sido igual aos outros por nunca terem conhecido um regime diferente daqueles em que foram criados em cativeiro desde pequenos. "Essas pessoas são de boas famílias" ou "São pessoas que têm muito poder e que a gente pode precisar para meter uma cunhita ": são alguns dos pensamentos salazaristas que ainda existem. E assim lá vamos continuando  nesta triste apatia, em que ora os "senhores de boas famílias" ora aqueles que a eles se baixam lá vão alimentando a rês social barcalhoense . E, como bons salazaristas que todos estes são, lá vão começando a ficar irritados com os poucos que mexem nas suas mentes e que os fazem pensar mais um bocadinho, sempre com a intenção de os "enterrar" perante a sociedade barcalhoense , qual censura salazarista! 

E os senhores que tiveram cargos políticos no concelho barquense antes da Revolução de Abril? De certeza que conhecem ou conheceram pessoas dessas, desde regedores a Presidentes de Câmara, desde bufos a agentes de segurança policial. Sabem o que aconteceu a pessoas dessas na Alemanha,  que pertenciam ao regime hitleriano? Foram, para além de julgados pelos tribunais, excluídos socialmente , pois o povo de tais países percebeu o mal que todas estas pessoas criaram. Evidentemente que não se pede o mesmo castigo para estes senhores que também ainda restam na Barca, escondidos por entre as multidões a saírem da missa aos Domingos. Pede-se apenas outra atitude perante tais realidades, que nos levam muitas vezes a concluir que na prática ainda se vive em regime social ditatorial . É que parece, que apesar de muita gente ter vivido tal ditadura, ainda acham que a solução para Portugal é ser um estado que mata aqueles que opinam contrariamente ao poder com espancamento, tiro de pistola e metralhadora, tortura da sede, enforcamento, lançamento das janelas da sede da PIDE, esmagamento dos testículos, etc , etc ... Lutem e informem-se acerca dos vossos direitos, e façam-nos cumprir. Tem também uma voz activa perante tão tristes realidades diárias!

Mas como o povo português, e especialmente o barquense, ainda não vê com "bons olhos" a crítica e o inconformismo, é melhor parar por aqui com a "má língua", no ponto em que a mais antiga democracia do mundo, os EUA, ainda só agora finalizaria a introdução à ironia e à crítica social e política.

Viremo-nos então para a pedagogia. Como a nova geração de jovens barquenses têm que conhecer melhor a realidade que os rodeia, a fim de não serem prisioneiros da velha educação que se passa de pais para filhos, fiquem com algumas fotografias de personalidades, que estando no topo da vida social, não se teriam preocupado com lutas pela igualdade e liberdade se fossem como a maioria dos acomodados barquenses. Perguntem aos vossos pais quem foram estes senhores! Mas atenção, não acreditem naquilo que vos dizem, se começarem a entrar no campo do insulto, ou então desconhecerem-nos. Investiguem por vocês mesmos quem eles foram (basta ir à Wikipedia.org , por exemplo), e descubram ainda mais personalidades a quem deveria ser atribuída mais relevância e cujos sonhos deveriam ser seguidos com mais afinco pelas gerações futuras.

      

 

 

 

Para vos adoçar a boca o primeiro é o Capitão Salgueiro Maia, o principal "capitão de Abril" que apesar da graduação militar foi maior do que qualquer General (à excepção de Humberto Delgado). O outro é o General Humberto Delgado, que através da realidade social e económica americanas se apercebeu que algo de errado estava a acontecer em Portugal, candidatando-se à Presidência da República e sendo morto por causa de "não ter medo", quando disse uma vez que se fosse eleito a primeira coisa que fazia relativamente a Salazar era: "Obviamente, demito-o". O outro é Mário Soares, inconformado por natureza, sofreu na pele o facto de lutar na clandestinidade contra a ditadura, e após o 25 de Abril construiu o Portugal democrático e o integrou na União Europeia, a comunidade de países a que todos fazemos parte.

 

Apesar de tantos sonhadores que fizeram esta Revolução, os seus sonhos ainda estão longe de se concretizarem. Como se costuma dizer a igualdade, liberdade e democracia ainda pouco mais é do que algo constitucional . Basta ver que nas inaugurações lá estão os "homens de saia" a espalharem água benta por tudo quanto é sítio, apesar e no "papel" Portugal ser desde essa data um Estado laico. 

 

Aproveitem-se muito melhor nos próximos anos "as portas que Abril abriu"!    


sinto-me: à espera da"morte da ditadura"

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Sábado, 14 de Abril de 2007
barquense vs barqueiro

No mesma página de jornal barqueiro vs barquense 

Leram o último "Notícias da Barca" de 7 de Abril? Não vos sobressaiu nada do género: um barquense típico e provinciano e um novo barqueiro que mostra a realidade triste a contrastarem na mesma página de jornal? Pois, propositada ou não, a colocação de dois artigos provenientes de mentes tão distintas foi muito bem conseguida pelo jornal. Lendo-se essa página de jornal, que já vão perceber qual é se ainda não perceberam, ficam-se a conhecer duas linhagens de pessoas: uma o típico barquense, que ainda que tenha um pouco de cultura acima da média, está definitivamente ligado ao passado de forma arrepiante e que por isso contribui para matéria de sítios de crítica severa como este, e outro o derradeiro modelo de barqueiro, ou seja, aquele que rompe com o provincianismo, tradicionalismo, e que denuncia os podres da sociedade que os barquenses tão bem conhecem.

O modelo de barquense típico a não imitar : A. Pinto da Cunha

É este o nome de tão sinistra personagem do panorama informativo dos jornais. Se já leu o que este sujeito escreve e não viu nada de mal, então mais vale sair deste blog, pois não é o sítio mais apropriado para si, devido aos conteúdos e linguagem que o poderão chocar. É que de facto, se não houvesse ninguém diferente de Pinto da Cunha, blogues como este seriam alvo ainda hoje da censura e de consequências muito mais graves para o criador do barqueiro, pois a ditadura em que tantos anos viveu Portugal ainda não teria terminado. É por causa de convicções como aquelas que são descritas por Pinto da Cunha que a ditadura se tem  perpetuado nas mentes, pondo o nosso país na posição que está na UE. Como se é capaz de afirmar que a eleição de Salazar de melhor português no programa da RTP revela que aqueles que nele votaram nele

é que estão sãos de mente?! Como se é capaz de louvar que muitos portugueses ainda adorem um figura tão mesquinha, provinciana, ditadora e que acima de tudo é a causa da triste situação de Portugal na Europa de hoje?! Já esqueceram aquilo que o santo Salazar fez aos portugueses?! Não nos digam que o português é um bicho que gosta de "levar no pelo"? Relativamente a tal lixo informativo resta ficarmos tristemente deliciados com as suas frases:

"Parabéns, RTP...até que enfim que aparece algo que venha fazer pensar a "GERAÇÃO RASCA" que já há algum tempo tomou as rédeas do nosso país"

                          Geração Rasca deve ser aquela a que pertencem muitos portugueses como este, e que nos foi realmente demonstrada neste programa da RTP, para os que ainda tinham dúvidas, que os fascistas ainda andam por aí. O pormenor das letras maiúsculas na citação apresentada é mesmo uma aberração do jornalismo de opinião.

"(...) os Portugueses (...) identificando o melhor português com um ditador, que por acaso até foi brando, óptimo economista, sério, inteligente e excelente gestor?"

Palmas!!! Realmente não houve homem como Salazar e o seu Governo. Fiquem com algumas das coisas que ele criou para vos adoçar a boca: ditadura, opressão, censura aos meios de comunicação, PIDE, Guerra Colonial, Mocidade Portuguesa, protótipo de português como sendo do sexo masculino e chefe da sua família ao ponto de dever tratar os filhos e mulher como "bombos de porrada", Nossa Senhora de Fátima como Primeira Dama de Portugal, pão e vinho quando havia, futebol para entreter (Eusébio), o fadinho para todos convencer a solidão e tristeza é o triste destino do português, matar aqueles que se atravessassem no caminho do Governo, o criadinho ter que trabalhar e calar relativamente a algum descontentamento, etc., etc., ... 

"É que desde Abril de 1974 que, não é que eu defenda mas, com a abolição da famigerada censura, cada qual tem dito o que bem quer e entende defendendo a sua dama e criando a quem não é por eles a pior das imagens com meias verdades e muitas calúnias"

Muito bem!! A receita para o país é simples: fascismo é solução! Se pertencer ao vasto leque de barquenses a quem o 25 de Abril pouco disse e admite que só um novo Salazar consegue endireitar o país, dê-se como satisfeito por pertencer à Geração Rasca.

"Afinal, ao que parece nem a nova escola, nem a comunicação social, como mostrou Boris Pasternak em O doutor Jivago , conseguiram apagar da mente dos Portugueses que o Homem (Salazar) não foi assim tão mau para o país como a têm tentado pintar."

Meninos da escola, não acreditem no que este senhor vos diz!

Mais comentários para quê? Deixem vocês mesmos mais comentários. Antes disso vejam um vídeo que é o espelho dos muitos salazaristas.

 

 

 

 

O modelo de barqueiro a seguir: Jorge Moimenta

 

Quem não conhece pelo menos uma centena de pessoas que são o que são devido à santa "cunha" milagreira?! Pois é este submundo que tão bem testemunhamos em Ponte da Barca. O pior é que os artigos que os nossos jornais nos oferecem para ler carecem de objectividade nas suas palavras. Se querem realmente ver um retrato bem feito da realidade portuguesa, e de que Ponte da Barca é um belo exemplar, leiam o artigo intitulado "Os Funcionários Públicos" de Jorge Moimenta. Este é mais um dos verdadeiros barqueiros, que merece realmente elogios. Quantos e quantos não ganham hoje a sua vida na Câmara Municipal à custa deste recurso, de que segundo estudos a nível Europeu, os portugueses são especialistas. Querem o retrato social real e verídico? Então aqui estão algumas das palavras de Jorge Moimenta, perfeitas no conteúdo e concisão.

 

"Hoje vamos a uma repartição pública colher uma informação e, com raras excepções, ninguém sabe dizer em concreto que formalidades devem ser cumpridas! É que muitas das vezes não está em causa a veracidade da informação que já sabemos de antemão que não é correcta, mas o facto do funcionário estar a ler o jornal a Bola ou a discutir com os colegas as decisões dos árbitros de futebol!

Perguntar-nos-ão porque é que a maioria dos funcionários são pessoas sem grandes aptidões? A resposta é simples: Como não conseguem singrar numa actividade onde se torna necessário trabalhar com mais afinco e assumir compromissos, lá estão os políticos para satisfazer uma "cunha" desde que lhe seja garantido o voto  no próximo acto eleitoral!"

 

Mais palavras para quê? Que continuem a aparecer mais homens destes a escrever nos nossos jornais, para pelo menos tentar fazer os barquenses pensar sobre a situação actual. Alguns já existem. São exemplos este senhor, Jorge Moimenta, Sousa Meira (aquele que poderia já ter editado um livro, mas possivelmente "não lambe" as botas ou mete "cunhas" aos políticos da terra) e Marques Pereira (aquele que não tem papas da língua, que pelo menos tenta mexer com os acomodados). Poucos mais existem para além destes, e que certamente não enchem os dedos de uma mão. Descubram por vocês mesmos as migalhas de qualidade do jornalismo, análises da actualidade barquense e opinião. 

Para terminar, mais um videozinho dedicado aos que por "cunhas" se tornaram funcionários públicos.

 

 


sinto-me:

talhado por o barqueiro às 20:36
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Sábado, 31 de Março de 2007
Gostaste de Salazar, barquense?!

Gostaste de Salazar, barquense?!

É verdade! Salazar, ou pelo menos o seu fantasma, ainda anda por aí nas cabecinhas de portugueses, como os barquenses típicos. A última prova disso foi o concurso "Os Grandes Portugueses" da RTP, feito com base num formato da BBC. O barqueiro quer assim manifestar a sua grande desilusão perante as ideias ainda muito enraizadas pelo mito patriota e católico que foi o regime salazarista. É uma grande desilusão ver os portugueses a desejar o passado, passado que ironicamente os trava no caminho do futuro: no caminho do desenvolvimento e aproximação à União Europeia. Como o barqueiro conhece os terrenos que pisa, não foi novidade nenhuma ver pessoas a desejar um novo regime de opressão. Os barquenses, aos quais é dirigido este blog, demonstram-no no dia-a-dia: nas conversas, nas convicções, nos seus comportamentos. Aliás, este sítio da Internet é uma montra que tem ironizado situações caricatas da actualidade da Barca, situações essas que constituem uma verdadeira montra da prática de ensinamentos salazaristas, que apesar de já terem acabado há muitos anos, ainda continuam a passar de pais para filhos. Querem exemplos? Então fiquem com a seguinte lista de sintomas característicos do salazarismo provinciano, que o podem ajudar a avaliar o seu estado de saúde mental:

  •  Pensar que só um novo Salazar pode resolver a tão "falada" crise, típica dos queixumes do português desde as suas origens;
  • Meter cunhas para conseguir algo, pois de outra forma não se consegue nada;
  • Submeter-se aos senhores de "boas famílias", ao senhor político da terra e ao senhor que trabalha no sítio tal, e que por ter esse estatuto pensa que pode tramar a vida a todos;
  • Quando algo está mal na terrinha, critica-se e comenta-se com o vizinho, muitas vezes ao fim da missa, mas para haver uma reclamação ou manifestação no devido local e no devido momento "está quieto! Não vás arranjar lenha para te queimares!";
  • Presta-se vassalagem àqueles que se julgam maiores que os outros, e depois em actos de fúria em conversas de vizinhos há queixas que o fulano de tal trama a vida a muitos e que se julga com o poder todo, quando muitas vezes esses fulanos de tal só têm o estatuto provinciano que têm por que são as pessoas que se "baixam" a eles;
  • Quando tem que haver união das pessoas em favor de uma causa para o bem comum "fica bem acomodadinho, senão ainda ficas mal visto!", excepto quando a causa pela qual deve haver união é uma boa petiscada;
  • Ir para a taberna exprimir a inveja em "relação ao próximo", enquanto a mulher cozinha e arruma a casa, que "é para isso que elas servem!";
  • Ter prazer em pertencer a uma "santa" comissão de festas, quando são os outros que nomeiam quem lhes apetecem, e depois de haver chatices e aborrecimentos, continuar a aceitar nomeações dos outros para mais festanças, "não se vá ser mal visto ou até castigado por Deus, ou seja, pelo padre da terra";
  • Haver pessoas que se tratam por senhor, senhor doutor ou senhor padre, enquanto que outros são tratados por tu ou pela "alcunha" em tom pejorativo e de vulgaridade;
  • Trabalhar a terra ou criar animais não por lazer, mas como ocupação profissional, quando é evidente que gastam mais dinheiro a tratar dessas coisas do que depois vão obter no momento de receber, pensando que têm lucro (já Salazar dizia que queria que Portugal fosse um belo campo de cultivo);
  • Quem tem filhos envia para a escola os filhos, não tendo consciência de que é nela que pode residir o futuro do filho e as bases da sua educação, e assim o futuro de Portugal (nesse aspecto o Presidente Sócrates não é por acaso que diz que "a formação é a prioridade", apesar de nunca se ter levado isso a sério);
  • etc;
  • etc;
  • ...(deixem mais sinais de salazarismo que certamente conhecerão em "dizer ainda menos e botar farpas" no final do artigo)

E em conclusão de tudo isto vivemos num ciclo vicioso em que está para surgir quem o quebre: é o poder político que se aproveita do povo e não o serve devido à corrupção, apesar de por vezes se darem sinais de quererem resolver as crises, e é o povo que também desconfia sempre do poder político e não contribui com uma atitude interventiva para o estimular, apesar de acreditar momentaneamente na promessas políticas de 4 em 4 anos.

E é nisto que temos vivido desde o 25 de Abril, que apesar de ter mudado muito o país para acompanhar o ritmo evolutivo da Europa, especialmente a partir da adesão à UE, não se consegue libertar das lavagens ao cérebro depois de tantos anos de ditadura. Daí que até haja pessoa que gostam da ditadura e que a extrema direita esteja lentamente a crescer.

 

Mas como isto se está a tornar um pouco pesado, e pouco divertido, eis que a imprensa regional nos brinda com artigos que olham para o leitor e os obriga a dizer "ri-te, ri-te!".

É o caso de Jaime Ferreri na edição de 23 de Março de "O Povo da Barca". Nele publica um artigo entitulado "Os Grandes Portugueses", onde critica a opressão de Salazar que ele próprio viveu, particularmente quando foi para a Guerra Colonial. Pena é que a imagem que este escritor passa de Salazar, apesar de correcta, muitos dizem que não corresponde às suas verdadeiras convicções. Só ele o saberá realmente, e só quem com ele lida e o conhece é que poderá dizer mais alguma coisa para além de declarações de vozes dispersas e anónimas e de boatos. Mas uma coisa é certa: para Salazar ganhar a única votação que não subornou e depois de estar morto, muitas pessoas terão votado nele, e muitas pessoas deverão existir, ainda para mais em terras do interior, que têm saudades dos tempos da "Mocidade Portuguesa". Fiquem com um filme dos "Gato Fedorento", que não tem a intenção de criticar ou tirar o mérito a quem lutou por Portugal obrigado pela vontade salazarista, tendo o objectivo apenas de caricaturar o soldado do ultramar.

 

 

Outro artigo da imprensa regional que se destacou foi a entrevista à empresa "Américo Esteves & Filhos". Não pelo conteúdo da entrevista, mas pelas semelhanças físicas entre o fundador da empresa e o ditador tão falado nestes últimos tempos. Digam lá se à primeira vista não se podem confundir!

                      

 

Para fechar, vejam mais um episódio protagonizado pelos emigrantes em França. Os emigrantes são mais um sinal e um vestígio no tempo do atraso a que a ditadura votou Portugal, particularmente as regiões do interior e provincianas, obrigando as pessoas a emigrarem. Ironicamente o regime que criou as dificuldades neste país que os obrigaram a partir para o estrangeiro deixou marcas em muitos ao ponto de não conseguirem libertarem-se de velhos pensamentos antiquados, que seria suposto perderem em países muito mais abertos culturalmente. Apesar estarem sempre a mostrar que os emigrantes portugueses são os mais trabalhadores, a aceitação dos imigrantes que vêm para o nosso país trabalhar ainda é muito má, fruto de tais raízes que agora estão a ser reavivadas pelos movimentos de extrema-direita. Patriotismo em primeiro lugar, já lá dizia Salazar. Só depois Deus e ainda mais atrás Família.

 

Depois de tudo isto, resta ao barqueiro despedir-se, deixando a sua opinião de que perante raízes tão fortes que não deixam o país caminhar para a modernidade tão desejada, só uma Europa cada vez mais unida, no sentido de caminhar cada vez mais para um estado global e não de uma união de estados, será provavelmente a salvação para países como Portugal e para as suas mentes mais salazaristas, como é o caso da maioria dos barquenses deste concelho.

  

 

 


sinto-me:

talhado por o barqueiro às 16:29
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