Domingo, 6 de Maio de 2007
Erros de ordenação jornalística no 25 de Abril

AVISO: Erros de ordenação jornalística na edição dedicada ao 25 de Abril no Notícias da Barca.

Avisa-se aqui neste blog, em primeira mão, que existiram tocas de ordenação jornalística no Notícias da Barca.

Gozando da liberdade crítica que os próprios caricaturados políticos  tanto amam nos seus discursos escritos no jornal dedicados à Revolução dos Cravos, publica-se aqui a primeira versão corrigida de tão bela montra de comunicação com que nos brindou a edição referida .

Para a percepção de tais correcções aconselha-se vivamente a leitura, a menos que já o tenha feito, do jornal referido, de modo a perceber melhor mais uma caricata situação barcalhoense .

A primeira intervenção tem apenas um pequeno lapso, no qual a palavra "vida" provavelmente deveria ser substituída por "via". Trata-se apenas de um "d" a mais, que na versão correcta seria:

"A nossa sociedade não pode continuar de braços cruzados a assistir à permanente degradação da nossa "via" pública"

 

 

Na intervenção de António Rocha não foi detectado nenhum erro, definindo como princípios fulcrais a :

 

"Liberdade e Responsabilidade"

Ao que parece são princípios que não dizem nada a quase todos os barquenses deste concelho. São sem dúvida discursos à deslocalizados no tempo e espaço estes os feitos pelo BE : muito à frente. É óbvio que assim nunca chegarão lá, como o simples tasqueiro diria, mas com certeza que faziam falta mais uma remessa de pessoas destas para por um pouco de "ordem na arena".

Nas seguintes intervenções houve uma troca de títulos dos artigos entre Vassalo Abreu e Augusta Gabriel.

Assim Vassalo Abreu deverá passar a dizer:

"Assistimos a uma descredibilização do sistema político"

Como parece que este novo executivo que quebrou uma linhagem de anos de hegemonia não veio trazer nada de novo ao concelho. Parece que já se chegou à conclusão que se vive numa "sintonia politiqueira". Ainda esperamos pela abolição de certos remanescentes (serão menos ou mais do que isso?) como os bons tachos, buracos na estrada, zona desportiva, etc. Já que até agora os investimentos deram para a tendência do prejuízo, aproveite-se o "escarro de estacionamento" para se fazer as sardinhadas, sarrabulhos e outros derivados, já que se vai optar pela via do parquímetro. Ah! E cobrem por pipa de vinho ou cerveja consumida. As febras devem dar para ficar por "conta da casa".

Augusta Gabriel passará a dizer as palavras que o jornal atribuiu a Vassalo Abreu:

"Temos que com seriedade, competência e coragem decidir quais os caminhos a seguir"

Parece mesmo que esta oposição já não sabe o que é estar do lado da oposição. As ideias do partido saem pelas cordas vocais da mulher de armas Olinda Barbosa, e o "chefão" não sai do posto nem com derrotas políticas.

Um novato nestas andanças da praça pública é Pedro Sousa Lobo. Parece que a próxima meta deste membro da assembleia é conseguir uma licença de porte de armas politiqueiras, que ainda ninguém que se conheça chumbou nos testes de obtenção. Meta mais a longo-prazo poderá ser chegar ou ultrapassar Olinda Barbosa, um dos membros da sua oposição, a nível de potência das balas disparadas. De facto o título que se deveria encontrar neste artigo seria o da capa semanal do referido jornal:

"Hoje escrevo eu"

Relativamente à CDU a solução poderá passar pela venda do partido a algum comércio da Barca ou alguém particular que esteja interessado em antiguidades. É um partido que já milita há muitos anos, mas de facto em populações como estas, viradas para os seus partidos fixados praticamente à nascença, pouco sucesso tem tido, contribuindo para um pouco de acção na assembleia, mas que agora é ultrapassado gradualmente pelo BE . Quem é que poderá estar interessado em avançar com a OPA?

"Vende-se"

Outra das novas figuras é Miguel Pontes, mais um elemento jovem da assembleia do partido do executivo. Não fique zangado com esta brincadeira. Trata-se apenas de uma piada sobre a sua juventude, que ainda lhe permitiria frequentar um OTL neste Verão. O título do artigo, como é óbvio, deveria referir-se ao tema do OTL do IPJ que foi publicado no mesmo jornal:

"Inscrições abertas para o programa de ocupação de tempos livres"

De diversas formas se poderá ocupar o tempo de facto, sendo uma boa forma de aproveitar os períodos de inércia.

 

 

 

 

 

 

 

 


sinto-me:

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Sábado, 28 de Abril de 2007
A Revolução dos Cravos já foi há 33 anos!

A Revolução dos Cravos já foi há 33 anos!

Parece que não, mas o 25 de Abril de 1974, para quem não se lembrar destas datas, já foi há muito tempo. Para muitos barquenses ainda nem sequer foi, e para outros, apesar de já ter sido há 33 anos, é como se fosse uma data como as outras.

No primeiro grupo de pessoas incluem-se aqueles que na altura ouviram uns rumores do que se terá passado em Lisboa, reagindo com medo de uma guerra e com medo de que os seus familiares emigrantes não pudessem regressar. Evidentemente que muito em parte, esta ignorância da actualidade em que viviam e do mundo que os rodeavam se devia directamente ao regime ditatorial e provinciano em que foram criados, e ironicamente é essa educação que tiveram que fizeram com que agora digam muitas vezes: "Só um Salazar é que consegue endireitar isto!!!".

No segundo grupo de barquenses incluem-se todos os "filhos de boas famílias" e todos aqueles que conseguiram chegar ao topo da pirâmide social barcalhoense , e que só por isso são tratados de senhor doutor (formados ao "domingo" à tarde), senhor seguido do religiosamente soletrado apelido ou senhor prior. Todos esses senhores estão habituados a serem colocados bem lá no topo dessa pirâmide pelo primeiro tipo de barquenses, aqueles para quem o 25 de Abril de 74 parece ter sido igual aos outros por nunca terem conhecido um regime diferente daqueles em que foram criados em cativeiro desde pequenos. "Essas pessoas são de boas famílias" ou "São pessoas que têm muito poder e que a gente pode precisar para meter uma cunhita ": são alguns dos pensamentos salazaristas que ainda existem. E assim lá vamos continuando  nesta triste apatia, em que ora os "senhores de boas famílias" ora aqueles que a eles se baixam lá vão alimentando a rês social barcalhoense . E, como bons salazaristas que todos estes são, lá vão começando a ficar irritados com os poucos que mexem nas suas mentes e que os fazem pensar mais um bocadinho, sempre com a intenção de os "enterrar" perante a sociedade barcalhoense , qual censura salazarista! 

E os senhores que tiveram cargos políticos no concelho barquense antes da Revolução de Abril? De certeza que conhecem ou conheceram pessoas dessas, desde regedores a Presidentes de Câmara, desde bufos a agentes de segurança policial. Sabem o que aconteceu a pessoas dessas na Alemanha,  que pertenciam ao regime hitleriano? Foram, para além de julgados pelos tribunais, excluídos socialmente , pois o povo de tais países percebeu o mal que todas estas pessoas criaram. Evidentemente que não se pede o mesmo castigo para estes senhores que também ainda restam na Barca, escondidos por entre as multidões a saírem da missa aos Domingos. Pede-se apenas outra atitude perante tais realidades, que nos levam muitas vezes a concluir que na prática ainda se vive em regime social ditatorial . É que parece, que apesar de muita gente ter vivido tal ditadura, ainda acham que a solução para Portugal é ser um estado que mata aqueles que opinam contrariamente ao poder com espancamento, tiro de pistola e metralhadora, tortura da sede, enforcamento, lançamento das janelas da sede da PIDE, esmagamento dos testículos, etc , etc ... Lutem e informem-se acerca dos vossos direitos, e façam-nos cumprir. Tem também uma voz activa perante tão tristes realidades diárias!

Mas como o povo português, e especialmente o barquense, ainda não vê com "bons olhos" a crítica e o inconformismo, é melhor parar por aqui com a "má língua", no ponto em que a mais antiga democracia do mundo, os EUA, ainda só agora finalizaria a introdução à ironia e à crítica social e política.

Viremo-nos então para a pedagogia. Como a nova geração de jovens barquenses têm que conhecer melhor a realidade que os rodeia, a fim de não serem prisioneiros da velha educação que se passa de pais para filhos, fiquem com algumas fotografias de personalidades, que estando no topo da vida social, não se teriam preocupado com lutas pela igualdade e liberdade se fossem como a maioria dos acomodados barquenses. Perguntem aos vossos pais quem foram estes senhores! Mas atenção, não acreditem naquilo que vos dizem, se começarem a entrar no campo do insulto, ou então desconhecerem-nos. Investiguem por vocês mesmos quem eles foram (basta ir à Wikipedia.org , por exemplo), e descubram ainda mais personalidades a quem deveria ser atribuída mais relevância e cujos sonhos deveriam ser seguidos com mais afinco pelas gerações futuras.

      

 

 

 

Para vos adoçar a boca o primeiro é o Capitão Salgueiro Maia, o principal "capitão de Abril" que apesar da graduação militar foi maior do que qualquer General (à excepção de Humberto Delgado). O outro é o General Humberto Delgado, que através da realidade social e económica americanas se apercebeu que algo de errado estava a acontecer em Portugal, candidatando-se à Presidência da República e sendo morto por causa de "não ter medo", quando disse uma vez que se fosse eleito a primeira coisa que fazia relativamente a Salazar era: "Obviamente, demito-o". O outro é Mário Soares, inconformado por natureza, sofreu na pele o facto de lutar na clandestinidade contra a ditadura, e após o 25 de Abril construiu o Portugal democrático e o integrou na União Europeia, a comunidade de países a que todos fazemos parte.

 

Apesar de tantos sonhadores que fizeram esta Revolução, os seus sonhos ainda estão longe de se concretizarem. Como se costuma dizer a igualdade, liberdade e democracia ainda pouco mais é do que algo constitucional . Basta ver que nas inaugurações lá estão os "homens de saia" a espalharem água benta por tudo quanto é sítio, apesar e no "papel" Portugal ser desde essa data um Estado laico. 

 

Aproveitem-se muito melhor nos próximos anos "as portas que Abril abriu"!    


sinto-me: à espera da"morte da ditadura"

talhado por o barqueiro às 13:31
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