Sábado, 25 de Abril de 2009
Viva a liberdade, e o início da sua conquista...

Viva a liberdade, e o início da sua conquista...

 


Foi há 35 anos que se deu o golpe de Estado que simbolizou o fim de décadas de ditadura salazarista. Os portugueses foram libertados das forças políticas que os botaram ao tacanhismo profundo, que os pretendiam tornar num conjunto de mentes amorfas subjugadas ao cérebro que era o Estado, com a velha aliança da Igreja.

 

Foram os Capitães de Abril os visionários da época. Foi com eles, e com todos os outros que contra o regime estavam, que se deu o início da democracia (o povo eleger os seus representantes políticos) e o passo mais crucial em direcção à liberdade, essa pela qual ainda hoje muitos lutam, pois a liberdade é um caminho que se começou a percorrer nesse 25 de Abril de 1974.

 

Que cada 25 de Abril se torne mais memorável que um enraizado "dia santo" (se fosse igual, já era bom...).

 

Que a alma de Abril, intrepretada por notáveis músicos, fique com os leitores deste blog...

 

 

 



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Quarta-feira, 6 de Agosto de 2008
Abílio Silva, Manuel Alves e Artur Alvarães: 3 almas do reino de Deus

Abílio Silva, Manuel Alves e Artur Alvarães: 3 almas do reino de Deus

 

O que há de comum entre estas 3 ovelhas do rebanho cristão? À primeira vista poderá até não haver muito, e o barqueiro até admite que sejam personalidades bastante diferentes. Mas há algo que os une: a fé católica apostólica romana. Algo que só quem sente sebe compreender, e que o barqueiro respeita, até porque vivemos num estado de liberdade religiosa. Quem não está a respeitar os crentes católicos, crentes de outras confissões ou não crentes são estas 3 almas evangelizadoras.

Comecemos por Abílio Silva, o presidente de Junta de Vila Nova de Muía. Sobre as crenças deste político pouco sabemos, e aquilo que sabemos por outras “bocas”, dando-se o benefício da dúvida e pedindo-se as desculpas se nada disto for verdade. Verdade é que o catequista da mesma freguesia, Manuel Alves, veio agradecer publicamente o apoio do presidente às actividades e passeios realizados pelos jovens crentes praticantes da freguesia. Até aqui nada de mais. Algo a mais foi a forma como se processou essa aliança, segundo o catequista. Leu-se nos jornais “Com Abílio Silva na presidência, Vila Nova de Muía terá a garantia de uma freguesia moderna, progressista e cada vez mais cristã.” Que Abílio Silva seja muito bom presidente de junta e que pessoalmente seja muito bom cristão, isso até poderá ser verdade, não estando aqui em análise. O que mais uma vez aqui se passa é a mistura de Igreja com política, que já estamos habituados a ver em inaugurações e Bênçãos de Carrinhas. Tudo isto se torna reprovável num estado laico como o de Portugal após o 25 de Abril. Sendo assim, Manuel Alves, não pessoalmente, mas na posição de catequista, representando a Igreja Católica, veio afirmar publicamente uma posição política, e o papel dessa mesma política na promoção dessa fé católica. Poder político e Igreja Católica sempre tiveram uma relação recíproca de apoio oficial… antes do 25 de Abril de ’74. Num país de liberdade religiosa, laico, vai sendo tempo de acabar com estes jogos. Que pessoalmente se seja crente é uma coisa. Questões de fé quando envergando outros papéis é outra coisa.

 

 

Falta de respeito pelas crenças no plano pessoal é algo ainda mais grave, e de quem Artur Alvarães é símbolo. Nas últimas edições do “Notícias da Barca” esse seu fanatismo católico tem colidido com as liberdades individuais dos outros. Chama “intelectuais da treta” a quem se “armar em sabichões” por pôr em causa as questões católicas, como a Ressurreição. “Racionalismo barato, esse, mesmo de carregar pela boca!”, é o que ele tem dito. Raspa o fascismo salazarista ao dizer “Valha-nos esta fé do povo da enxada e da côdea…”. A troca da paz em Portugal e da tal “côdea” pela ignorância profunda já lá vai!

Num dos seus últimos artigos caracteriza o agnóstico como aquele que indo a um exame apanha um chumbo, e justifica-se dizendo: “Em vez de meter no bolso a “ferradura de cavalo, meti a que tinha mais à mão, que era a de burro!”. Conclui escrevendo “Ad Nauseam!”. E o barqueiro conclui dizendo: náuseas foi o ele sentiu quando leu o artigo.

 

 


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Domingo, 11 de Maio de 2008
Comemorações do 25 de Abril

 

Comemorações do 25 de Abril

 

É bonito ter ao longo do ano atitudes, decisões e ideias que nos fazem concluir, nas nossas reflexões filosóficas, que o espírito salazarista ainda está por aí, na maioria das cabecinhas, e chegar-se ao dia 25 de Abril e os jornais se encherem de bonitas homenagens aos ideais dos “Cravos”, e aos que por eles lutaram. É bonito quem tem convicções bem marcadas e as manifesta em benefício da cidadania ser “desligado” tanto da sociedade em que se insere, como de poderes mais altos. É bonito chamar-se chamar –se  por “senhor doutor” a 50% ou mais da população e Portugal ser o país com menos grau de escolaridade. É bonito ver-se a encher os gabinetes e casas dos senhores “fulanos de tal”, os que por algum motivo conquistaram lugares de “influência” ou poder, com pessoas a pedir emprego ou um outro favor. É bonito ver-se uma Justiça onde “justiça” e “igualdade” são princípios quase postos de parte. É bonito ver o português, desde o mais pobre ao mais rico, “mamar” quanto os recursos à disposição permitem. É bonito ao fim disto, ver que muitas pessoas celebram o 25 de Abril, e noutros momentos dizem desejar o regresso de uma “Salazar” feito Messias. E em Ponte da Barca, não se faz por menos. Os artigos lá invadiram os jornais. Grandes são eles. E as dimensões das falácias por vezes maiores. Miguel Pontes lá diz que Portugal em 34 anos evoluiu, e “Em Ponte da Barca as coisas demoraram um pouco mais. Mas aconteceram!...”. Perante isto o barqueiro diz: era bonito que, ainda que nada viessem a escrever sobre o 25 de Abril, parassem para reflectir antes de falar e escrever, porque antes de escrever sobre liberdade e democracia, é preciso senti-la. Quando chegarem aí, escreverão artigos com menos “palha”, e tornarão os vossos graúdos artigos em graúdos artigos com pouco espaço para falar de tudo o que a Revolução dos Cravos realmente deverá significar para os barquenses.

 

 


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Domingo, 27 de Abril de 2008
Abril, cravos e liberdade

Abril, cravos e liberdade

Vamos lá “meter a língua” no assunto


 

Existe um certo espaço no “Notícias da Barca”, cujo o autor é o já conhecido deste blog Jorge Moimenta, que nos vem neste 25 de Abril apresentar uma visão rebuscada do 25 de Abril. Uma visão que talvez seja própria de quem não sabe muito bem qual a substância da democracia e liberdade pela revolução conquistada. Por um lado critica o modo como a democracia foi a partir daí ensinada e implementada em Portugal, apresentando-se contra uma doutrina ensinada aos portugueses que segundo ele é “socialismo”. Por outro lado diz que os “100 mil professores que votam contra são compensados pelos 100 mil da direita que votam no governo!”. E a confusão assim se instala. Durante quase todo o artigo apresenta-se com uma postura extremista de direita e conservadora, dizendo que a partir da revolução o país não mais caminhou devido a, entre outros:

·   “(…) o Sr. Professor deixava de o ser para ser apenas professor”;

·   Os pais aprenderam que “as crianças deviam receber lições de sexo”;

·   Que o “sacristão” teve que ser promovido a “padre”.

 

E questiona ainda:

·   “Se os professores passaram a ter regalias que nenhum outro trabalhador tem, como lhes vamos exigir que aceitem a perda dessas regalias?”;

·   Se as crianças tinham que aprender a fazer sexo, como podemos evitar que o façam na Ínsua do Vez ou que os namorados estejam nos cafés a meter a língua na boca um do outro?”.

 

E conclui estas ideias dizendo:

“Por tudo isto que ninguém se admire do que se passa no nosso país.”

 

Se isto não é extremismo de direita, anda-se a “meter a língua” lá perto. Lá pelo meio ainda fala que nem à Grécia Portugal conseguiu ganhar.

Pode-se então concluir que 34 anos depois ainda existe quem não saiba bem o significado do 25 de Abril, e qual o rumo de que uma democracia deve seguir, daí que se diga “Como caminha este país!”.

Metamos então a “língua” no que interessa. Vivemos mais um 25 de Abril, e mais uma recordação do que se passou no mesmo dia de 1974. Uma data crucial, que acabou tanto com a opressão e mordaça, com pilares na PIDE e censura, com o isolamento de Portugal no mundo, sem qualquer relações internacionais, com pilar numa história de um Portugal como grande império “provinciano” no mundo, e com a Guerra Colonial, assente na mesma ideia de Império. Este dia deveria, infelizmente, ser muito mais respeitado e lembrado, mas infelizmente a cultura católica herdada desse velho regime que caiu em 1974 faz com que feriados religiosos sejam mais cumpridos e respeitados. E muitos vêm dizer que do 25 de Abril, do seu espírito, sonhos e ideais, pouco resta, mas na realidade, como Mário Soares já disse, resta tudo: a democracia e a liberdade em que hoje Portugal e as suas gerações pós 25 de Abril vivem.

 

  

 


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Nova Ambulância para Bombeiros: mais espectáculo que a gente gosta!

Nova Ambulância para Bombeiros: mais espectáculo que a gente gosta!


Mais uma viatura, mais uma cerimónia! E é assim que em Portugal e em Ponte da Barca se passam as coisas. Os bombeiros Voluntários, em crise, e com meios que não abundam, recebem uma nova Ambulância. Até aí tudo de bom! Como não poderia deixar de ser, com personalidades à mistura e com a bênção da Igreja, numa data em que se celebra os 34 anos de Estado laico, com liberdade religiosa e sem crença religiosa oficial. A tudo isto se mistura mais uma homenagem ao falecido Dr. Carneiro, numa entrega de ambulância. Uma ambulância, segundo a imprensa, com “particular dedicação” ao Dr. Carneiro, que já fora presidente dos Bombeiros, e cuja bênção fora apadrinhada pela viúva Susana Carneiro.

Após os episódios de bênçãos de carrinhas para as freguesias, mais uma vez Ponte da Barca não nos deixa ficar mal… pelo menos em matéria de número cerimónias por unidade de tempo e de espaço.

Mais uma cerimónia. Mais uma bênção. Mais um retrato de Portugal. Mais uma missão cumprida para o barqueiro.


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Domingo, 30 de Março de 2008
“O Povo da Barca” em queda abrupta

“O Povo da Barca” em queda abrupta


Depois de ser publicada uma entrevista do “regressado” Cabral de Oliveira com dimensões um pouco invulgares para as habituais entrevistas (bitaites em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/45074.html), “O Povo da Barca” mostrou mais recentemente sinais ainda mais evidentes de mau jornalismo, sobretudo no que diz respeito à imparcialidade relativamente aos vários grupos partidários que se julgam fazer parte de uma vida democrática e de igualdade. Trata-se do artigo “Guerras Políticas – Versão Ponte da Barca”, escrito pelo líder do Bloco de Esquerda no concelho António José Rocha, e acerca do qual foram publicados os “mandamentos do BE” neste blog (http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/45886.html). O problema não está no artigo propriamente dito, mas no local em que foi colocado. Nada mais nada menos que a secção do jornal “Correio dos Leitores”. E obviamente que, sentindo-se discriminado, António Rocha exprime a sua indignação na última edição do mesmo jornal. É algo que revela bem a mentalidade enraizada, que Arnaldo de Sousa, director de jornal, diz tantas vezes ser um problema, e que desta vez revela ser também um problema seu. Após quase 34 anos de liberdade em Portugal, ainda existem “escarros” que por vezes se vão escapando, cuspidos directamente na igualdade que os cépticos, realistas e sonhadores, chamem-lhes o que quiserem, dizem ainda estar longe de ser atingida. Como é que é possível que um líder partidário escreva na secção “Correio dos Leitores”? Que sejam também leitores, isso também é verdade. Mas são mais que isso. São representantes de partidos políticos, que têm como objectivo na sua diversidade de perspectivas construir um bem comum. Por isso têm o pleno direito, e dever até, de intervirem junto da opinião pública e dos meios de comunicação para divulgarem a política a todos os interessados: as populações. Por isso usufruem, ou usufruiriam, como tem acontecido com os outros partidos no caso do nosso concelho, de privilégio em divulgar a sua mensagem nos jornais. O “Correio dos Leitores” é estar a desprezar a importância de um partido, neste caso o BE, em relação aos outros, incluindo-o numa coluna que deveria ser, como o nome indica, para o “correio” enviado pelo leitor comum.

Como se ainda não chegasse a gravidade do acontecimento, Arnaldo Varela vem-se justificar com um acordo de colaboração regular de António Rocha para o jornal, que terá sido quebrado durante um grande período de tempo pelo líder do BE, tendo ele alegado suspensão temporária por razões pessoais. Mas não tendo unicamente a qualidade de leitor, o senhor António Rocha é líder do BE. E o BE é menos do que os outros partidos, que certamente nem acordo terão (nem se justifica a sua necessidade) com os jornais? Estamos a falar de uma questão de igualdade, e BE por ser o partido mais pequeno será menos igual ou importante do que os outros? Triste entrada neste simbólico mês de Abril que está à porta.

 

 

P.S.: A atitude de “criança” de Arnaldo de Sousa chega ao ponto de em rodapé dizer que António Rocha no seu artigo ter escrito a palavra “descriminação”, que terá sido sunstituída pela sim correcta “discriminação” pelo jornal. E o barqueiro como também gosta de ser criança fecha dizendo: pois é, há uma grande diferença entre as duas palavras. É que “descriminação” talvez não saiba mesmo o que é, mas “discriminação” é capaz de saber bem de mais.    


 


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