Vassalo "Summer Sessions"
Mais um Verão, mais "comes e bebes" para os políticos e para o seu povo. Este poderá ser um Verão ainda mais quente do que aquele que este blog acompanhou no ano passado. O facto de estarmos perto de época de eleições poderá ser um factor de motivação extra para esse tipo de eventos. Este ano, como não poderia deixar de ser, também o barqueiro tem tentado acompanhar os "comes e bebes" onde os políticos locais vão estando presentes. Poderiam chamar-lhe Vassalo "Summer Sessions", ou simplesmente, em bom português, os "comes e bebes" de um executivo em época pré-eleitoral. Os funerais, esses ficam para quem a eles assistir, pois não andarão muito longe disto.
O São João em Britelo foi intenso, e contou, tal como foi noticiado no Notícias da Barca, "com as majestosas presenças" do presidente de câmara e seus membros, presidente de junta e padres.
Aqui ficam as "majestosas" presenças do presidente de câmara Vassalo Abreu e das "majestosas" sardinhas e costeletas.
Na Sardinhada de São João do Centro Social de Entre Ambos-os-Rios, com Vassalo falando no pinhal para "ricos" e para "pobres" (como já disse José Amaral).
Como não podia deixar de ser, a costela de democrata cristão (como se auto-intitula Paulo Portas) levou o executivo à procissão da Nossa Senhora da Paz, e Vila Chã S.João. Infelizmente não foi ao 92º aniversário da aparição que a Santa voltou a aparecer.
1700 Séniores, e não só, no Santoínho. Ou melhor, "milhar e setecentos" como na capa propagandística do Notícias da Barca. Oportunidade para o executivo comer, beber, falar com "ricos e pobres" e ver o presidente da câmara com a sua costela democrata cristã no altar, talvez para a leitura de um dos muitos episódios bíblicos.
Pensem no título do artigo no Notícias da Barca sobre a Feira da Pequenada: "Centenas de crianças divertiram-se na Feira da Pequenada em Ponte da Barca". Agora pense na foto publicada para reportar esse evento (em baixo). Agora imagine o título+foto, e veja os sentidos que poderão achar nessa conjugação. Foi precisamente aquilo que foi publicado no referido jornal.
Com toda a pompa e circunstância, executivo camarário, junta de freguesia, Rancho Folclórico e jornalistas lá foram fazer uma inauguração a Vila Nova de Muía... da 1ª fase... do... Saneamento Básico da freguesia! Hino ao provincianismo e à mediocridade. Depois de um posto de transformação da EDP, um saneamento... estamos a elevar o patamar!...
O programa de Verão da SIC esteve em Ponte da Barca. Belo cenário escolhido para aparecer na TV, com a zona ribeirinha, a ponte medieval e o choupal "decapitado". Não podia faltar o discurso do presidente da Câmara. Houve oportunidade para ouvir o cantador Carlos Ribeiro pedindo a Merche Romero para mamar nas suas mamas, e para escolher Jaime Ferreri para uma rubrica que dá destaque a pessoas do povo, do saber popular e da tradição que se destacaram na sua comunidade. Onde é que há melhor?!... não há melhor...
O olhar deste blog termina no lançamento da Primeira Pedra da Sede de Junta de Oleiros. "O Senhor Presidente Vassalo Abreu fez mais em três anos e meio por a nossa freguesia que alguns presidentes de Câmara juntos", declarou Manuel Lima, o presidente de junta da freguesia. Por que partido te vais candidatar agora nas próximas eleições, presidente de junta? É a dupla Manuel Lima - Vassalo Abreu a animar um pouco esta época pré-eleitoral.
Abílio Silva, Manuel Alves e Artur Alvarães: 3 almas do reino de Deus
O que há de comum entre estas 3 ovelhas do rebanho cristão? À primeira vista poderá até não haver muito, e o barqueiro até admite que sejam personalidades bastante diferentes. Mas há algo que os une: a fé católica apostólica romana. Algo que só quem sente sebe compreender, e que o barqueiro respeita, até porque vivemos num estado de liberdade religiosa. Quem não está a respeitar os crentes católicos, crentes de outras confissões ou não crentes são estas 3 almas evangelizadoras.
Comecemos por Abílio Silva, o presidente de Junta de Vila Nova de Muía. Sobre as crenças deste político pouco sabemos, e aquilo que sabemos por outras “bocas”, dando-se o benefício da dúvida e pedindo-se as desculpas se nada disto for verdade. Verdade é que o catequista da mesma freguesia, Manuel Alves, veio agradecer publicamente o apoio do presidente às actividades e passeios realizados pelos jovens crentes praticantes da freguesia. Até aqui nada de mais. Algo a mais foi a forma como se processou essa aliança, segundo o catequista. Leu-se nos jornais “Com Abílio Silva na presidência, Vila Nova de Muía terá a garantia de uma freguesia moderna, progressista e cada vez mais cristã.” Que Abílio Silva seja muito bom presidente de junta e que pessoalmente seja muito bom cristão, isso até poderá ser verdade, não estando aqui
Falta de respeito pelas crenças no plano pessoal é algo ainda mais grave, e de quem Artur Alvarães é símbolo. Nas últimas edições do “Notícias da Barca” esse seu fanatismo católico tem colidido com as liberdades individuais dos outros. Chama “intelectuais da treta” a quem se “armar em sabichões” por pôr em causa as questões católicas, como a Ressurreição. “Racionalismo barato, esse, mesmo de carregar pela boca!”, é o que ele tem dito. Raspa o fascismo salazarista ao dizer “Valha-nos esta fé do povo da enxada e da côdea…”. A troca da paz em Portugal e da tal “côdea” pela ignorância profunda já lá vai!
Num dos seus últimos artigos caracteriza o agnóstico como aquele que indo a um exame apanha um chumbo, e justifica-se dizendo: “Em vez de meter no bolso a “ferradura de cavalo, meti a que tinha mais à mão, que era a de burro!”. Conclui escrevendo “Ad Nauseam!”. E o barqueiro conclui dizendo: náuseas foi o ele sentiu quando leu o artigo.
Ping Pong político
Depois do aquecimento, no qual se formou uma "nova" comissão política, com o "ressuscitado" Cabral de Oliveira à cabeça, e se reelegeu outra, pois na equipa vencedora não se mexe, passamos finalmente à fase do "ping-pong". Esta é mais uma das fases típicas da política, em que se tenta, num jogo de "dá e leva", demonstrar qual das partes já fez mais borrada. No fim ganha a equipa que tem o maior "monte de merda" produzido ao longo dos seus tempos de actividade. Neste particular, diga-se, nem sempre é fácil contabilizar quem produziu o maior "monte". Talvez porque a dimensão do "monte" coloque muitas limitações a nível técnico, sendo difícil de medir com os instrumentos de medida disponíveis. Ou talvez porque as borradas que atiram uns aos outros sejam demasiadamente intensas a nível olfactivo, de forma que a medição de quem produziu maior "monte" se torne uma tarefa em que no fim ninguém aprecie muito "meter o nariz". Já lá dizia um sábio que os políticos se assemelhavam a bebés, quando decidiam desatar a fazer birras, e que por isso deveriam também usar fralda. Com uma única diferença: usar a respectiva fralda não no rabiosque mas na boca, o local de despejo do político.
Apesar da política ser uma das mais antigas actividades do Homem em sociedade, com se pode perceber por esta pequena reflexão actual e local, o grau de evolução e aprendizagem nessa actividade não tem sido proporcional à sua idade.
E toda estas reflexões vêm a propósito da já falada fase do "Ping-Pong", que se iniciou agora de forma mais intensa em Ponte da Barca.
De um lado o Presidente Vassalo Abreu a dizer "Nunca se fez tanto em tão pouco tempo". Do outro a mulher da casa laranja, Rosa Arezes, "(...) nunca se falou tanto em tão pouco tempo!". Temos assim o PS a dizer que já fez muito, mesmo antes de ainda concretizar ou iniciar grande muitos dos seus divulgados planos. E o PSD a dizer que o que se faz é falar de mais, esquecendo-se do que andam também eles a fazer. De um lado temos a comissão laranja a dizer que o "despesismo descontrolado aumenta despesas". Do outro temos Vassalo Abreu e José Pedro Amaral a dizer que as despesas em comparação com os executivos do PSD diminuiu, e mesmo "assumindo que a dívida à banca subiu", a dívida aos fornecedores diminuiu na mesma proporção. Atira-se um "poio" à cara, e em reposta atira-se um ainda maior. "Vocês têm dívidas!". "Mas vocês ainda tinham maior que nós!". Típico das birras de infância. De um lado temos ainda Abílio Silva a dizer "50% de desconto para justificara falta de bom senso e de sensibilidade social na aplicação de tarifas de água e saneamento". Do outro temos (páginas à frente no mesmo jornal!) um A.Dias a dizer que o "Futuro" prometido pelo atrás referido para Vila Nova de Muía não passaram de promessas, como os caminhos que não foram beneficiados. Refere serem "uma camada de mentirosos" e "só temos homem para fazer favores em troca de votos e para o cheque que vem no fim de cada mês". Atira-se o "poio" em forma de dever cívico de membro de assembleia de câmara, e logo a seguir leva já a resposta: "Ai é!? Então toma lá este que fizeste, que é para estares caladinho!". No maio de tudo isto ainda se tem tempo para as birras de um que muitos julgavam "desaparecido em combate", pelo menos dos "combates" mediáticos da imprensa local. Trata-se de Jaime Pancha, que na assembleia municipal atirou o "poio" do executivo do "lixo à porta", e qual o espanto de todos quando embirra com os "parcómetros". Daqui fica uma aviso: "Amigo, esse poio que você queria atirar já foi há uns tempos, esse já está fora de contexto... ou melhor, de validade! Acho que anda um bocado perdido...".
De forma a tentar sair limpa desta batalha de excremento, vem a comissão política do psd dar uma sugestão construtiva para o executivo: ceder terreno a Misericórdia para construírem equipamentos sociais, após o chumbo do financiamento pelo PARES. E o "Tó Parolo da Barca", de Marques Pereira, diria: "Doar terrenos?! Onde é que eles enfiam o dinheiro para andarem aí a pedir?".
Para conclusão fica o concelho do barqueiro a todos os protagonistas referidos e aos restantes por extensão: "Metam uma fralda!... na boca! Até por respeito aos que querem que vos dêem os votos."
P.S.: Chama-se a atenção para o leitor não fazer confusão entre os escarros de gestão que os referidos atiram uns aos outros, chamados de "poios", e o "poio" que cuja designação é atribuída por este blog ao bloco de betão que se está a construir por cima do panorâmica histórica e turística de Ponte da Barca. Até por que convenhámos, "poios" daquele tamanho não são fáceis de fazer, bem devem saber...