Uma Associação Desportiva a precisar de "reforma", ou melhor, de reformas
A Associação Desportiva de Ponte da Barca tem demonstrado, ainda mais nesta época de futebol do que em anteriores, a necessidade de “reforma”. E o barqueiro refere-se a “reforma” nos dois sentidos.
Primeiro, tem demonstrado ser uma associação “velhinha”, com grau de “incapacidade” muito próximo dos 100%. Não é que se queira dizer que alguém que está incapacitado é “lixo”. O que é triste neste caso em concreto é que a Associação Desportiva está “incapacitada” por que se deixou passivamente ficar nesse estado (como já vai sendo hábito noutras áreas em Ponte da Barca). As instalações e condições físicas da Associação são praticamente as mesmas desde há décadas. A forma de gerir andará pelo mesmo caminho, e o nível das ambições desportivas nunca tem passado de uma triste realidade regional ou distrital. Em contraste com a maioria dos concelhos do distrito essa análise torna-se ainda mais clara. Esta época futebolística tem sido talvez das piores dos últimos tempos, com a equipa sénior a “respirar” com pouco mais que o “nariz” acima de uma linha de água que dá acesso a uma ainda mais baixa divisão distrital. As camadas jovens têm estado também ao nível da mediocridade. A salvação este ano passará apenas, segundo o noticiado, pelo apuramento para uma próxima fase do escalão de infantis. E apesar de ser o único sucesso desta época da associação, tem sido usado como o “triunfo” que faz esquecer todos os outros males, com destaques semanais no “Notícias da Barca” para os seus jovens jogadores. Mais uma vez, se vê a triste situação em que esta Associação Desportiva, representante de Ponte da Barca há já muitos anos no futebol, está: os Infantis têm sido tão elogiados, para esquecer o resto dos males, que depois de se terem repetido já elementos individuais nos destaques semanais, só faltará destacar o papel do roupeiro em alguma vitória da equipa, se este existir é claro. Acrescente-se ainda, por exemplo, o facto de numa semana um escalão jovem estar, segundo o que é noticiado, no topo do sucesso, e noutra semana já estar afastada dele. Exemplo: na edição do dia 2 de Fevereiro do referido jornal, lê-se “Iniciados: cada vez mais perto do que ambicionam”, e na edição de 9 de Fevereiro “Embora muito difícil de alcançar (…) Manter a esperança será aquilo que podemos pedir aos jovens barquenses.”.
Numa segunda perspectiva, a necessidade de “reforma” da Associação pode ser entendida como a carência de reformas, ou seja, de reorganização. As instalações necessárias a um melhor trabalho podem já vir a caminho este ano se a Câmara Municipal construir a nova zona desportiva prometida. Seria um bom começo de solução para a actual situação, a par de começar-se a “varrer” a “casa”. Um novo corpo dirigente e técnicos mais capazes nesta modalidade. É pedir muito? É pedir o impossível, pois nesta como em outras áreas, Ponte da Barca só conseguirá sair do fundo se calhar não com simples “varridelas” daquilo que já estamos fartos de ter há anos ou décadas, mas só com uma “limpeza” ainda mais profunda: precisa-se de um “Desinfecção” e recomeçar tudo de novo! Não se vê é sequer um começo.
"Associação Desportiva em Grande..." se estivéssemos há quase dois meses atrás
Mais um triste cenário em Ponte da Barca, o da Associação Desportiva no campeonato Distrital de Viana do Castelo. Nas últimas notícias do “Notícias da Barca”, aparece o título “Associação Desportiva em grande…”. Estranho, assim à primeira vista, pois até agora decorridas 9 jornadas conta com 8 pontos. Há que realçar que o objectivo desportivo da Associação Desportiva não tem sido a manutenção nesta Divisão de Honra de Viana do Castelo, apesar de fazer parecer que sim. Por isso a grandiosidade do feito tem pouco de “grande”, infelizmente. Numa leitura mais atenta, vemos que esse título se refere à vitória em frente a um dos clubes do grupo da frente do campeonato. Mas mais do que se vencer um clube bem classificado, trata-se de vencer a equipa vizinha de Ponte do Lima. É bem conhecida a tradição rival, por vezes até em aspectos mesquinhos, que leva a uma competição entre as gentes de Ponte da Barca e os vizinhos. Como já há algum tempo foi dito neste blog, o concelho de Arcos de Valdevez foi sempre um grande “rival” do nosso, e vice-versa. Mas infelizmente, em poucos ou nenhuns “duelos” Ponte da Barca consegue vencer. Com o concelho de Ponte do Lima passa-se algo semelhante. E essa “combatividade” que corre no sangue de muitos barquenses revela-se no futebol, como em muitos outros aspectos para além dos desportivos. Uma vitória frente aos “Limianos” vale uma época, e se o clube “Atlético de Valdevez” também competisse nestes campeonatos, duas vitórias aos dois rivais por época deveria valer por duas épocas ou mais. Não é neste caminho que se deve “correr”, e não só no desporto, como se fala atrás. O atraso em muitos aspectos de Ponte da Barca em relação aos “vizinhos” deveria sim servir para abrir os “olhos”. Mas nada disso. Continuemos então a querer ser os “melhores da nossa aldeia”, pois é isso que nos faz sentir realmente grandes.
Pequenos grandes barquenses
Ao que parece, os jovens barquenses têm demostrado o que de melhor se pode fazer em Ponte da Barca, particularmente no desporto, pelo o que temos visto nos últimos tempos. O que agora há de novidade, é o tamanho dos jovens que são motivo de destaque concelhio. Pequenos apenas em estatura física, mas ao que parece grandes no empenho e qualidade que demonstraram. Por tudo isto os jovens da equipa de escolinhas da Associação Desportiva de Ponte da Barca, orientada pelo treinador Miguta, merecem desta vez o destaque deste blog.
Parabéns pelo segundo lugar no campeonato distrital de futebol de escolinhas. Continuem a mostrar como se faz!