Domingo, 18 de Outubro de 2009
Terminou o forrobodó! Mais, só daqui a 4 anos...

Terminou o forrobodó! Mais, só daqui a 4 anos...

 

Dia 11 de Outubro de 2009... A hora da verdade para o futuro político do concelho de Ponte da Barca... A hora dos barquenses decidirem quais das duas listas principais, o PS "batido de frutas", ou o PSD do "caruncho", estavam em melhores condições de atribuição da "gamela" camarária.

 

Foi na noite desse dia que se ficou a saber que Vassalo Abreu e restante lista irão continuar à frente dos destinos da autarquia, com 50,7% dos votos que os barquenses depositaram nas urnas. 

 

 

E são estas as caras vencedoras, com um Vassalo vitorioso, e muito suado, com um Armada sorridente, e melhor que isso, socialista!, com um José Pedro Amaral alucinado, e com uma Aida Boalhosa como nova cara na vereação, um rosto feminino ofuscando o "velho" José Pontes, pelo menos nesta fotografia!

 

O barqueiro não vai sequer referir e enaltecer o carácter democrático inerente a mais um acto eleitoral, até porque 35 anos de democracia são anos suficientes para os cidadãos darem como solidificado e como adquirido o sistema democrático em que vivemos. Arrumado que está o assunto da "democracia", em que cada cidadão se expressa através do voto, a temática da "liberdade" é que parece que ainda não é algo dado como garantido pelos cidadãos, particularmente pelos envolvidos nas listas políticas. Nesta campanha eleitoral ouviu-se um sem número de vezes palavras como "mordaça", "repressão", "silenciamento",... enfim, "balas" apontadas à liberdade dos barquenses. Foi a lista do PSD que acusava sistematicamente a do PS de "mordaça", e do outro lado era a lista do PS que acusava a do PSD de ser um o símbolo dos interesses obscuros e corporativistas. No fundo acusavam-se de "salazaristas" uns aos outros, culminado até com uma "Revolução", talvez da "estupidez", de membros do PSD em campanha em frente à Câmara Municipal. A sorte é que as "pedras dançantes" do afamado pavimento exterior à Câmara impediu os "revolucionários" de "invadir" o edifício. É a chamada "asfixia democrática" que veio à baila a nível nacional, e que também não falhou nestas nossas autárquicas. Toda esta temática da falta de "liberdade" e da "asfixia democrática" culminou com o discurso do vitorioso Vassalo Abreu na noite de Domingo: "é o dia da liberdade em Ponte da Barca". Partindo do princípio que foi mesmo o dia da liberdade, as "más-línguas" concluem que foram 4 anos de "não-liberdade", ou de "ditadura", e que agora os próximos 4, esses sim, vão ser vividos já em liberdade!

Por outro lado as opções que os barquenses tiveram, como já aqui foi discutido, foi entre mais do mesmo (PS), entre a mudança para o mesmo que houve na Barca durante anos a fio (PSD), e entre outros que "têm medo" de ter votos (CDU). Por isso não se pode dizer que as opções fossem muitas..., ou melhor, boas. Mas neste capítulo, da qualidade das opções, mais uma vez os candidatos eram míopes, tal como eram em relação à questão da "liberdade", acusando-se mutuamente. Vassalo, no discurso de vitória disse: "eles uniram-se todos, inclusive três ex-presidentes de Câmara e até alguns cadáveres políticos"... Esquecendo-se que o próprio PS, tal como o PSD, também era uma mistura de "gente bizarra": socialistas, com ex-democratas cristãos da direita CDS, e ainda um ex-BE "de bónus". 

Estas eleições, tal como as listas, foram também um "batido de frutas". Se não veja-se a quantidade de candidatos nas listas de Junta que já conheceram a sensação de concorrer a cargos políticos pela direita e pela esquerda. É algo que estranhamente as pessoas se vão acomodando, vencendo aparentemente a "sede de poder". E é uma "sede" tal, que durante a campanha se denigrem uns aos outros, passando as ideias, os projectos e o debate para um plano... que talvez até não exista. E no momento de contagem dos votos, sabendo quem ganhou, os vencedores não param, e denigrem ainda mais os vencidos. Os vencidos metem-se então na toca durante 3 anos e meio, e quando chegam as eleições saem da toca para se igualarem aos do poder no capítulo de "denegrir", até porque "cheira" a poder. Entretanto são 3 anos e meio de gestão dos vencedores, quase sem oposição política séria.

As ideias, os projectos, o debate político, esses quase não se vêm. Mas também quem é que notou a sua falta, se quase nunca apareceram durante décadas?! O cidadão até já parte do princípio que isso não existe em política!

Mas como política local não é só PSD e PS (mas até parece mesmo!), a CDU conquistou menos votos que os "brancos"+"nulos". Elegeu um deputado na assembleia. Se os "brancos"+"nulos" fossem deputados da assembleia, seriam a 3ª força política em Ponte da Barca. A CDU local quase nem fez propaganda. Está na hora da CDU se perguntar a si mesma se vale a pena existir. O barqueiro sabe que são os únicos políticos locais com convicções ideológicas e partidárias, até porque nem sabem o que é o "vira" e "re-vira casaquismo". Mas é preciso existirem! Não fosse na Barca já terem sido "canibalizadas" outras duas forças políticas de oposição ao PS e PSD. 

 

Foi nas urnas que os barquenses decidiram, e decidiram Vassalo Abreu e Cia. para continuar.

Fiquem então com mais uma novela de "mal-dizer" com textos carimbados por este blog.

 

Novela Forrobodó 2009

 

Um dos democratas-cristãos "retirados" da política, pelo menos oficialmente, fez questão de estar presente na onda "socialista"... para cumprimentar o suado (literalmente) vencedor

 

 

 

Uma dura noite de festejos, onde o vencedor muito transpirou...

 

 

E para a transpiração, o "remédio" é a hidratação...com a "fórmula" secreta dos vencedores...

 

 

 

Também as Juntas estiveram na festa.

Uns deram vitórias históricas ao "pseudo-PS", outros foram como independentes (Oleiros), mas não escondiam a sua "costela" de "vassalismo"...

 

 


sinto-me:


Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009
Dossier Autárquicas 2009 vol.II

Dossier Autárquicas 2009

volume II

 

As eleições locais aproximam-se, e é neste contexto que o barqueiro "edita" o seu 2º volume do "Dossier Autárquicas 2009", após o seu 1º e talvez "afamado volume". Se esse primeiro volume foi para o fraquito, este 2º volume não ficará atrás. Sejam fracos ou não, estes artigos de "má língua" já deram para tudo: desde acalmar algumas "abelhinhas" partidárias que encontraram este blog para pousar, e até para um deputado da Assembleia Municipal entrar no debate deste cantinho da blogosfera.

Casos acessórios à parte, estamos a entrar no mês que antecede o das eleições autárquicas, o que se nota bastante bem nos últimos jornais locais editados. As mensagens de S.Bartolomeu desfilaram, em grande número e com  grande carga de propaganda. Cada figura da vida pública e política de Ponte da Barca queria provar que ama e estima mais o cidadão barquense do que os adversário políticos. No "Notícias da Barca" tivemos até oportunidade de ler, em páginas seguidas, a mensagens de eleitores, uns descontentes pelo regresso de velhos "dinossauros" políticos, outros agradecendo (imagine-se) o trabalho da actual autarquia: "(...) muito contentes por ver a nossa Barca tão linda e tão airosa.". Outros ainda vindos de famílias de "animais políticos" como os Freitas de Amorim, discutindo as ideologias políticas, que é certo que hoje se esbateram, mas exorcizando os leitores possuídos pelo demónio do "socialismo", bem ao estilo de um democrata cristão vindo do tempo da "Velha Senhora", que teme tudo quanto venha da esquerda política.

 

Passando para o "dossier autárquicas" propriamente dito, as listas candidatas foram lançadas, só as ideias e projectos é que ainda não... mas quem é que liga às ideologias, ideias e projectos?! O típico cidadão partidário e o típico político barquense estão é sedentos de ver as "cabeças" adversárias a rolar nas eleições!

 

 

Mais "Salada de Fruta"

 

Será que iremos ter o actual executivo 8 anos seguidos à frente do poder autárquico? O povo o dirá, e é isso que lhe é pedido pelo PS concelhio. Vassalo Abreu pede na sua campanha "Força para continuar", pois assume, no tradicional e catita  texto de introdução de campanha, que tem feito um bom trabalho por Ponte da Barca e que não seria sensato não pedir mais um mandato aos barquenses para que os seus projectos de governação possam ser concluídos. Esta base de discurso poderá ter o seu sentido, até porque dificilmente um executivo pode explanar todo o seu projecto e capacidade de governação em apenas 4 anos. Mas será que os barquenses estão convencidos de que o percurso de 4 anos pode ser um bom indicador dos próximos 4 anos que virão? É esse trabalho de campanha que o PS tem feito até agora, e que parece que irá tomar como estilo para a Campanha Eleitoral. Nos cartazes lá aparece o PS do poder, personificado em Vassalo Abreu, que mostra com o seu bracito as obras que foi fazendo no mandato. E até nas entrevistas que tem dado aos jornais locais fala muito do que fez, das suas obras, particularmente as de betão que é o que mais sai à vista do eleitorado. Obras é algo que de facto ninguém pode dizer que não foi feito. A poucos meses das eleições os barquenses foram "bombardeados" com betão, alcatrão e máquinas, um turbilhão de projectos que supostamente deveriam ser executado segundo o tão afamado Plano Estratégico. Temos a Porta do PNPG, à espera de inauguração, temos o Quartel de GNR , feito com a devida imponência para "esmagar" o eleitorado que por lá passa, temos a nova Câmara Municipal rosa (por coincidência ou não), e temos os ainda não terminados centros escolares, creches e lares, equipamentos sempre necessários. Temos o arranjo das entradas este e sul da vila, há muito necessários. O turbilhão de obras nos últimos e derradeiros momentos do mandato veio confundir, ou não, a cabeça de muitos barquenses. E veio também esbater as lembranças dos "poios" urbanos do novo lar na vila + prédio do Sá Taqueiro de bónus, veio esbater a falta de progresso económico, seja comercial, industrial e/ou turístico em que Ponte da Barca continua, veio esbater velhos símbolos de poder que continuam em Ponte da Barca, como os construtores civis que periodicamente e de forma alternada experimentam um crescimento na execução de obras públicas, veio esbater as politiquices que deram continuidade a décadas de "tacho" e jogos politiqueiros neste concelho, veio esbater o abate do postal que era o choupal, veio esbater alianças políticas menos esclarecidas demonstradoras da falta de ideologias políticas que actualmente se vive. A ver vamos se o turbilhão de obras esbateu assim tanto estas e outras más lembranças deste mandato, até porque obras são muitas (acabadas é que ainda não se vêm).

Nas entrevistas dadas aos jornais por Vassalo Abreu, muito se fala desse tal turbilhão, e pouco se fala daquilo que são os programas e projectos para os próximos 4 anos. O facto de se anunciar o Turismo como próxima prioridade parece positivo. Para já sabe-se do projecto de hotel e spa que será financiado através da EDP em Entre Ambos-os-Rios, que a concretizar-se seria uma óptima notícia. Mas de concreto pouco se sabe de planos de reanimação do turismo no concelho. Aliás, no "Notícias da Barca" chaga-se ao ponto do jornalista fazer apreciações e balanços pessoais para introduzir questões ao presidente de Câmara. No meio de algumas páginas de questões, apenas 1 ou 2 questões referentes ao futuro, e no "O Povo da Barca" o mesmo número de questões. No site oficial da candidatura, só os nomes das várias listas e fotos de comícios. Ideias, projectos, planos ou algum tipo de conteúdo relevante são escassos. Mais uma vez o populismo vai à frente.

 

Mas como o subtítulo desta parte do artigo é "Mais Salada de Fruta", o barqueiro não poderia deixar de tocar naquilo que os políticos da terra têm tradição, que é misturar e misturarem-se.

Em primeiro lugar misturam cargos de gestão política com cargos partidários, o que só por si é um erro gravíssimo, que denota falta de noção dos poderes que se ocupa, dos seus estatutos e separações. Exemplo mais do que evidente disso mesmo foi uma notícia do último "O Povo da Barca" com o título "Praça da República repleta na apresentação das listas do PS". À primeira vista nada de errado: mais uma notícia da actividade de um dos partidos candidatos às próximas autárquicas... Não fosse vir no final, como autor, o "Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Ponte da Barca". Isto é a Câmara Municipal, instituição pública, ao serviço de um partido!

Por outro lado a "salada de fruta" continua com a mistura partidário-politiqueira que por ai vai nas várias listas do partido no poder, o PS. Nas listas às Juntas de Freguesia o barqueiro propõe o exercício ao leitor de verificar a existência em quase todas elas (se não todas) de elementos que já vestiram uma variedade de "camisas", seja no apoio oficial ou no não oficial a partidos. A questão não é ser-se "troca-tintas". A questão é que ao vestir-se uma "camisa" partidária pressupõe-se "vestir" também uma linha de ideologias. E como se não basta-se, essa troca de "camisas"/ ideologias é grande parte das vezes feita entre a esquerda e a direita políticas. Se trocar de "camisa" é tão fácil, de ideologia já não deveria ser a mesma coisa!  E não é! Porque quem muda tão facilmente de "camisa" não possui ideologia. Marinho Pinto, o famoso bastonário da ordem dos advogados, tinha razão quando disse que o binómio dinheiro-poder é o que governa actualmente a política. É mesmo o desejo de dinheiro-poder que passa à frente ao carácter e ideologias dos mais fracos de espírito, para que consigam estar mais perto desse dinheiro-poder. E é por isso que os partidos actualmente perdem a carga ideológica que têm, e as pessoas estão descrentes! Hoje não se sabe o que é estar próximo de partido x ou y, o que é ser de direita ou de esquerda. À parte disso existe ainda o fenómeno de vinganças politiqueiras, em que se concorre por outro partido/lista como forma de vingança ou símbolo de conquista, despindo-se mais uma vez o carácter ideológico.

Mas descansem os maiores partidos do "centrão", o PS e o PSD, porque também os há nos restantes partidos. Basta ver o CDS-PP e o Bloco de Esquerda barquenses.

Comece-se pelo BE barquense, sobre o qual há pouco a dizer. Voz de oposição algumas vezes elogiada neste blog, foi também ela "comida" pelo poder. António Rocha, líder da bancada do BE, está na lista candidata para a Assembleia Municipal pelo PS. Quanto ao BE deixará de existir em Ponte da Barca, isto porque nem se trata de uma aliança oficial BE-PS. É mais um esquema do estilo PS-CDS, em que elementos de um partido abandonam o seu partido para se integrarem noutro, nem se podendo falar em coligação de partidos. É por isso que se pode dizer que o PS actual é uma "salada de fruta" PS-CDS, e poderá vir a ser PS-CDS-BE, mas com o nome oficial apenas de PS. Cada um é livre de escolher e seguir o seu rumo, é certo. Mas mais uma vez, infelizmente, o carácter e as ideologias foram atiradas para o "esgoto" da política, em detrimento do tal binómio. E depois a descrença dos cidadãos na política cresce, pois cresce...

 

Para mudar de assunto, que já começa a pesar, pode-se acabar de analisar o separador PS deste dossier com a bonita novela CSD-PP, distrital vs concelhio, que animou este Verão. Segundo as fontes noticiosas, o CDS-PP não apresentou listas para a autarquia de Ponte da Barca porque quando a distrital do partido foi ver as listas do PS para a nossa câmara descobriu lá o nome do líder do CDS em Ponte da Barca, Nélson Armada. Segundo notícia da Rádio Geice "a dois dias de terminar o prazo para entrega das listas às Eleições Autárquicas, Nelson Armada terá garantido ao presidente da Distrital do CDS-PP que elas seriam entregues. No entanto, e para além da lista do CDS nunca ter dado entrada em Tribunal, Abel Baptista foi surpreendido com o facto de Nelson Armada estar inscrito, mas nas listas do PS. Um caso que Abel Batista já encaminhou para a Direcção Nacional do CDS." Mais uma vez atirou-se as ideologias e o carácter político para o "esgoto", ainda para mais tratando-se supostamente de um líder de um partido. Numa notícia já deste mês, dada pelo site da rtp (a falta de carácter político é também um problema do CDS-PP distrital) parece que agora a versão oficial do CDS desta novela passou a ser que o CDS distrital apoia explicitamente o PS concelhio e os elementos do PP lá "integrados". Segundo a mesma fonte "Contactado pela Agência Lusa para comentar esta situação, o presidente da Distrital, Abel Baptista, escusou-se a fazê-lo, prometendo no entanto "novidades" para depois das eleições.". É Nélson Aramada seguindo as pisadas de outros democratas cristãos como Ricardo Armada e José Manuel Amorim. No fim de contas, uma palavra: "hilariante".

 

 

O Esquadrão do "Caruncho"

 

Com vista a ninguém ficar a perder, a vida do PSD concelhio rumo às autárquicas 2009 também não escapa à "má-língua" deste blog. Não é que dê particular prazer ao barqueiro falar mal do PS ou do PSD. A questão é que, infelizmente para o concelho, põem-se a jeito. O "Esquadrão do Caruncho" é um dos possíveis nomes jocosos para as listas do PSD, em particular para as municipais. Da lista de candidatos efectivos à Câmara Municipal só 1 é inteiramente novo nestas andanças, António Bouças. O resto são tudo figuras políticas que já fazem parte da "velha escola" do PSD. Os velhos "dinossauros" de outros mandatos por lá andam, com Cabral de Oliveira à cabeça, Adelino Esteves e até Jammy Graçoeiro. Nomes à parte, porque não são os nomes que estão em causa, mas sim as competências demonstradas por equipas em tudo semelhantes do passado, será que esta lista trará de facto um tão necessário "Novo Rumo P'rá Barca"? Ou não haverá o grande risco de ser trazido o mesmo rumo que estes políticos seguiam no tempo em que andaram pelo poder? É que a memória de político parece ser curta... É que a situação de atraso do concelho em relação aos vizinhos não foi construída unicamente neste mandato que agora termina!... E que dizer do novo elemento nas lides políticas, candidato a vice-presidente, que é António Bouças? O também actual provedor da Santa Casa da Misericórdia passaria também a ser vice-presidente da Câmara... Sabemos o quanto é perigosa a acumulação de poderes em meios pequenos como Ponte da Barca. Vem-nos à memória velhos senhores que basicamente tinham (ou ainda têm) a Barca nas mãos. Convém avisar que o barqueiro não tem nada de pessoal contra esta figura da Barca,... só algumas críticas (se se recordarem) à Santa Casa da Misericórdia,... que aliás é uma instituição com estatuto de "sua santidade", em que parece que ninguém pode tocar/ criticar.

Analisando por alto as várias listas do partido às Juntas de Freguesia, mais uma vez salta à vista o fenómeno do "troca camisas" descrito anteriormente para o PS. Troca-se a "camisa" em detrimento do carácter e das ideologias, e em favor, quem sabe, do poder. Já no PSD não é tão evidente o fenómeno do "canibalismo" sobre outros partidos, como é no PS, no que diz respeito às listas da autarquia.

No que diz respeito aos programas, ideias e projectos, é algo até agora secundário, tal como até agora é no PS. Para já importa mais ser populista, divulgar as caras, praticar a política da "fulanização". Até o programa de 10 medidas para a juventude, que supostamente iria por a JSD a elaborar um programa minimalista ao estilo de Manuel Ferreira Leite, parece até agora ter sido deixado para segundo plano.

E como importa ser populista, porque isso é que dá votos, é já no Domingo uma Festa Convívio de Apresentação das Listas do PSD, após o PS também o ter feito. E o PS que se cuide, porque este comício vai ser melhor!... Porque vai ter porco no espeto, sardinha assada e fêveras ao som de boa música popular! 

 

 

 

 

 

 

A política barquense (ou melhor: politiquice, corrida ao "poleiro", ou que melhor entender)  está quente, mas ainda tem muita margem de progressão para aumentar de temperatura nas próximas semanas!... Por isso ainda vai haver muito e bom material para rir/ chorar...

 


sinto-me:


Sábado, 8 de Agosto de 2009
Dossier Autárquicas 2009

Dossier Autárquicas 2009

 

As épocas eleitorais estão à porta, como já todos se aperceberam pelas "abelhinhas loucas " que começam a pairar por aqui e por ali. Falando em particular das autárquicas, que mais directamente dizem respeito ao nosso concelho, é mais um dos momentos cruciais para o futuro de Ponte da Barca. O que é verdade é que em todos estes anos de democracia nenhum acto eleitoral quebrou a mediocridade pela qual a gestão autárquica se tem caracterizado, apesar do poder que o voto pode ter.

Por que será que o voto do cidadão barquense não tem esse poder de manifestar o descontentamento e a pretensão de um rumo diferente? Os políticos certamente escapariam à questão, dizendo algo como "o povo é soberano; a sua decisão deve ser respeitada". Não discordando desta "costela democrática" que todos se gabam de ter, o barqueiro arrisca-se a avançar uma hipótese para a falta de utilidade do voto. Infelizmente a resposta poderá estar neste blog, nas secções de comentários a artigos. Basta ler muitos dos últimos comentários, para ver algumas das tais "abelhinhas". São as "abelhinhas" que durante quase todo o mandato andam silenciosas e recolhidas às suas "colmeias", são até capazes de dizer "ámen" à velha máxima de que "são todos iguais, os políticos" na conversa de esquina, e só elas parecem realmente saber a receita para um concelho melhor e para o bem, e só o bem, de todos os barquenses. Só quando cheira a eleições e época de propaganda é que se começam a ver, por aqui e por ali, apoiando ferverosamente as medíocres forças políticas de "sempre". E é mais ou menos assim que se vai perpetuando a política que temos: a da espiral "poder-dinheiro-poder", como já disse o bastonário Marinho Pinto.

É basicamente esta a base do descontentamento político do barqueiro, e pelo qual tenta fazer crítica e opinião num blog. Sendo um blog, trata-se também de um espaço aberto a todos os que pela net navegam. Tudo é permitido, desde opiniões políticas, sociais, económicas, gastronómicas, elogios, críticas, até falar sobre a "apanha da nêspera". Como sabem, este não é blog partidário, por isso, no que toca a propaganda as "abelhinhas" vieram bater à porta errada. Mas como o barqueiro não gostaria de apagar material deixado pelos seus leitores, a partir de agora, todo o material "propagandístico" será reencaminhado para o post/ artigo "A Colmeia das Abelhinhas".

 

Arrumadas que estão as "abelhinhas", passemos à opinião do barqueiro acerca dos partidos candidatos.

 

Augusto Mariiii... ou Cabral de Oliveira?

 

A dúvida deveria ter sido desfeita no dia 20 de Junho, no jantar de apresentação oficial do candidato à presidência da Câmara pelo PSD. Parece que o candidato oficial, segundo aquilo que mais de 500 pessoas entenderam, de entre apoiantes e jornalistas, é mesmo Augusto Marinho. No cartaz de propaganda, quem realmente aparece é ele, ou o pelo menos o seu clone em Photoshop. O discurso parece assentar na mesma base que o  "mestre" Cabral tinha construído até aí, principalmente através dos seus artigos de "ressuscitação política" nos jornais locais. A "mordaça", o "despesismo", o "hipotecar do futuro" e a "bufaria" são basicamente os pilares em que assenta o discurso feito em relação ao partido opositor no poder. Com eles, e segundos eles próprios, tudo isso acabará, e o desenvolvimento do concelho arrancará. Só ainda não se sabe bem como. Esperemos pelo programa eleitoral que propõem para os barquenses, já que projectos concretos de governação infelizmente ainda não foram devidamente revelados. Uma coisa desde já se pode concluir em relação a estes "novos" pretendentes ao poder (se é que se pode chamar de "novos"!): são extremamente católicos, visto que o velho ensinamento do pároco "não olhes para o que eu faço, olha para o que eu digo" se lhes aplica na perfeição. Toda esta "velha malta", que se quer disfarçar de "nova", sabe apontar muitos dos defeitos do actual executivo, só que muitos desses defeitos foram também seus quando passaram pelo poder. Sim, porque parecendo que não, toda esta "malta" já esteve no poder e tem a sua quota parte de responsabilidade na mediocridade actual. Ou melhor, parece mesmo que passaram o testemunho dessa mediocridade ao actual executivo. Realismos à parte, falemos da febre partidária. Pelas imagens do Jantar de apresentação, os níveis "febris" estiveram altos, como acontece sempre que há comida, bebida, muita gente e bandeiras. E deverá ser para aumentar...

 

 

 

A "missão" Augusto Marinho ao poder está lançada. E parece assentar numa forte vertente tecnológica, com locais na net, como site oficial, blog e até twitter. Veremos se fará assim tanta diferença na realidade do nosso concelho. A julgar pelas fotos na web, o mais fotogénico parece ser o "velho" Cabral de Oliveira. E mais do que isso: a julgar pela actividade partidária, Cabral de Oliveira parece ser até o candidato à presidência. É que antes e depois da apresentação de Augusto Marinho só tem dado Cabral de Oliveira. É ele que é a voz do partido para as próximas eleições. É ele que "abafa" Augusto Marinho nesta propaganda partidária do PSD. É que com expressões como "Chorrilho das promessas" (in Notícias da Barca, 24 de Julho), Cabral de Oliveira "abafa" qualquer um! E para tornar Augusto Marinho cada vez mais um "beto" JSD, foi mais uma vez Cabral de Oliveira que fez notícia com o PSD local mais recentemente, ao anunciar a candidatura à Assembleia Municipal. E com a frieza, ou... como é que se diz..., "lata" própria de um político disse "Sou candidato em nome da seriedade, da transparência, do rigor...". Mais uma vez a velha máxima do pároco vem ao de cima: "Não olhes para o que eu faço (ou fiz), olha para o que eu digo". Pode-se dizer que disfarçar é coisa que o muito experiente Cabral de Oliveira ainda não domina na perfeição. Isto porque ao tentar disfarçar o facto de basicamente ser ele o PSD concelhio, tendo como presidente do plenário a "mulher d'armas" Rosa Arezes, ter dito em relação à sua candidatura à assembleia municipal "Resolvi (...) aceitar o convite que me foi formulado pela Comissão Política do Partido Social Democrata".

Entretanto mais uma figura do PSD foi definitivamente "seca" pelo PSD/ Cabral de Oliveira: Olinda Barbosa. Em geito de despedida da vereação da câmara escreveu para o jornal com o título: "Final de mandato. Onde paira a maioria PS?". Seria também caso para os preocupados com o PSD local perguntarem "E onde vais parar tu depois de terminar este mandato?".

Por último, outra coisa que o período pré-eleitoral trás é a emersão à praça pública de algumas figuras dos partidos. Desta última foi Francisco Fernandes, que no discurso na Assembleia Municipal, publicado no Notícias da Barca, disse "(...) este executivo contratualizou com uma entidade privada a elaboração de um plano estratégico, admitindo, assim, não ter (...), capacidade nem qualquer projecto para o desenvolvimento sustentado do Município.". Mais um belo recorte da política local, no qual um deputado da assembleia municipal critica um dos poucos exemplos de boa política do actual executivo, na base de qualquer boa gestão: realização de estudos, idealmente multi-disciplinares, para levantar as necessidades e prioridades de uma gestão, e ordenar medidas consoante as prioridades. Ainda para mais usando essa crítica como atestado de incompetência do executivo que a encomendou.  Apesar da gestão actual ser duvidosa, muito criticável e algo caótica, a crítica usando a execução de um Plano Estratégico é o fresco da gestão política feita em "cima do joelho" que até hoje tem sido praticada.

 

 

Um Executivo dos buracos e dos empreiteiros

 

Do executivo actualmente no poder muitas obras se estão nesta altura a ver, nomeadamente no campo do betão e do alcatrão. Aliás, apesar do barqueiro não possuir os dados exactos, este é aparentemente um dos mandatos em que mais se gastou em betão e alcatrão. Temos a nova Câmara Municipal, inaugurada antes de acabada, temos o novo posto de GNR, que atendendo às dimensões mais parece um posto de comando distrital, temos os centros escolares e lares de idosos, que vão começando a ser construídos, temos também as remodelações das entradas sul e este da vila. Os apoiantes deste executivo, ou como atrás se disse, as "abelhinhas", neste caso as do PS barquense, até poderiam estar aqui a acrescentar mais obras. Fiquemos apenas por estas que já são suficientes. Relativamente à Câmara Municipal muitos euros foram gastos, inclusivé em mobiliário. Já a qualidade de contrução (querendo o barqueiro armar-se em pequeno empreiteiro) deixa a desejar, a menos que a aparante "mobilidade" da pavimentação em pedra da câmara e do largo do Urca seja uma nova forma de construção. Os centros escolares, posto de GNR e lares, sim senhor, venham eles. Mete alguma impressão ver mais de 3 milhões de euros só para a construção de 2 destas infraestruturas, como foi noticiado há poucos meses. Talvez seja a costela do português provinciano dos nossos políticos, que sempre se lamentando da crise e da falta de dinheiro não põem de parte as suas "extravagâncias". Ou talvez seja a habitual necessidade de mostrar estradas e boas e grandes paredes de betão, para o "povo" se iludir na sua decisão eleitoral. Relativamente às entradas da vila, finalmente temos entradas decentes para uma vila, particularmente a este, que já está praticamente pronta. Independentemente das críticas que se possam apontar ao desenho do projecto em si, finalemente temos bons passeios e bom asfalto. Falta agora a entrada sul, que já anda em obras (finalmente a mítica rotunda de plástico acabou!). A entrada oeste também merecia uma intevenção futura do género.

Enfim, o frenezim pré-eleitoral do betão está ao rubro, com a execução de obras de forma algo caótica, fugindo aparentemente a qualquer tipo de planeamento estratégico. Milhões andam a ser gastos. A curto prazo veremos que resultados práticos trarão para o concelho. Como não podia deixar de ser, quem também anda muito ocupado neste período pré-eleitoral, para além dos políticos, são os empreiteiros. Basta ver as construções do boss Artur Freitas, para vermos quanto a câmara municipal conta com a ajuda deste "obreiro" do nosso concelho. Enfim, cada mandato, cada executivo tem o seu "obreiro", e este mandato é do referido. Referência ainda para um outro "obreiro", ou melhor, sociedade familiar de "obreiros" que tem saído quase do anonimato no mundo das empreitadas neste mandato autárquico. Apesar da qualidade das obras ser muito duvidosa (como o exemplo do largo do Urca, ou então o restauro da ponte medieval), são a eles que devemos muitas obras que vão sendo construídas. É este o poder que a política tem.

 

 

 

Mas o barqueiro não se esquece das "preocupações sociais" que pairam no ar. Veja-se a "malta" do CDS barquense, cujo partido não premiava o seu esforço e dedicação pelo concelho. Onde foi que arranjaram esse "premeio"?... no executivo PS. Cargos de vereação, presidência da Associação Amigos da Barca, que ninguém sabe muito bem para que serve, e ainda gerência e criação de "emprego" (chamem o que lhe quiserem) com a construção de novos lares previstos.

Quanto à posição do executivo no que diz respeito à criação ou não de indústria no concelho, ninguém sabe muito bem o que têm na mente, ou se têm alguma coisa. Aposta definitiva no turismo como actividade económica central do concelho ainda pouco foi visto (excepção para a promoção da vertente histórica na produção hidroelétrica, em Paradamonte, e o Festival de Música Celta). Falta estratégia nestas áreas. E a ponte de Lavradas? Um "presente" que Vassalo queria dar a Lino Ventura, sem olhar para o preço... o problema foi agora que olhou para o preço... Agora, ponte de Lavradas, talvez só se for de canas. O projecto da Zona Desportiva foi aparentemente abandonado. Com várias datas de início anunciadas, nenhuma delas foi verdadeira, e desta última decidiram-se por uma pequena remodelação do que existe. Caiu-se mais uma vez no erro de não seguir um plano, uma estratégia de execução das políticas e das obras. Agora que as eleições estão à porta, quer-se fazer todos os projectos impossíveis de fazer num mandato: começa-se a meter em obras tudo quanto é sítio, e pelo caminho outros projectos ficam pelo caminho. Quer-se mostrar que se fez mais betão que no mandato anterior. E assim o concelho tem navegado, navega, e há-de provavelmente continuar a nevegar, pelo menos nos próximos anos.

Entretanto, não só no PSD alguns "ressuscitaram". No PS foram logo 2 de uma só vez. O regresso de Miguel Pontes (quem não se lembra do caso Miguel Pontes - Isabel Pedro? http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/36889.html) e o do José Amaral. Miguel Pontes publicou o seu discurso de Assembleia, onde fez não mais do que o balanço de 4 anos de governação PS. Acusou as vozes opositoras de "confundir arrogância com ambição". Basicamente as maiores forças políticas acusam-se do mesmo. Não é que estejam erradas. Não conseguem é avaliar-se a si próprias. Confiante na vitória diz que o próximo mandato haverá a "a mesma determinação e seguramente redobrada confiança". José Amaral, esse líder da recém JS, desaparecido da comunicação após a fundação oficial desse órgão de juventude partidária, vem no fundo fazer o mesmo e ainda mais, ou seja, propaganda ao presidente da câmara Vassalo Abreu: "4 anos de progresso" com  Vassalo Abreu, um homem com o qual "se fala na rua, que não mudou por ser presidente e que a todos trata por igual, sejam ricos, sejam pobres!". É de facto espantoso como o líder de uma Juventude partidária consegue reger-se pelos livros dos velhos políticos, os livros do populismo e do vazio de ideologias e convicções.

 

 

 

 

Assim vai a política em Ponte da Barca... Como sempre estão mais em jogo pessoas/ candidatos do que ideologias e estratégias, porque essas parecem ser basicamente as mesmas, e as mesmas de sempre(se é que existem!)...

 

Vai ser difícil escolher!...

 

 

 


 

 

NOTA de "O Barqueiro" a 9 de Agosto de 2009:

 

Após comentário deixado a este artigo, o barqueiro pretende esclarecer aos leitores aquilo que realmente quiz dizer com a análise (feita neste artigo) ao discurso do deputado Francisco Fernandes na Assembleia Municipal e publicado no "Notícias da Barca". O barqueiro pretendeu só, e apenas, criticar o facto de se usar o argumento de que a encomenda do Plano Estratégico a privados é uma prova da falta de capacidade e de projectos do executivo eleito. A má gestão deste executivo camarário poderá ter diversas causas e facetas. Mas a execução de um estudo/ plano supostamente para levantamento de prioridades e elaboração de estratégias não é em si prova da falta de capacidade. Poderia até ser prova de uma gestão metódica e ponderada, caso fosse esse o caso da nossa Câmara. O facto de um político usar este discurso/ argumentação demonstrará por isso falta de qualidade política, ou a prática da política de medidas em "cima de joelho", pois encomendar estudos não é sinal nem prova de ignorância de uma gestão, antes pelo contrário. Como saberão, é difícil haver diversidade de capacidades técnicas nos membros de um qualquer órgão de gestão para realização por si próprio de grandes estudos, muitas vezes multidisciplinares, daí que seja algo de ponderado encomendar estudos/ planos.

Desta forma, o barqueiro pretendeu apenas demonstrar a crítica de um político à má gestão da Câmara, caindo no erro de pegar por um dos poucos, se não quase único, aspectos positivos da gestão do mandato actual. Já a falta de capacidade, ou outro tipo de "areia na engrenagem", para pôr os medidas desse Plano Estratégico em prática é outro assunto, com os quais, esses sim, o barqueiro poderá ter considerável grau de concordância com o visado.

 

Espera-se que a compreensão dessa reflexão do barqueiro seja assim melhorada. As desculpas pela possível falta de clareza na elaboração dessa área do artigo..


sinto-me:


Vassalo "Summer Sessions"

Vassalo "Summer Sessions"

 

Mais um Verão, mais "comes e bebes" para os políticos e para o seu povo. Este poderá ser um Verão ainda mais quente do que aquele que este blog acompanhou no ano passado. O facto de estarmos perto de época de eleições poderá ser um factor de motivação extra para esse tipo de eventos. Este ano, como não poderia deixar de ser, também o barqueiro tem tentado acompanhar os "comes e bebes" onde os políticos locais vão estando presentes. Poderiam chamar-lhe Vassalo "Summer Sessions", ou simplesmente, em bom português, os "comes e bebes" de um executivo em época pré-eleitoral. Os funerais, esses ficam para quem a eles assistir, pois não andarão muito longe disto.

 

 

O São João em Britelo foi intenso, e contou, tal como foi noticiado no Notícias da Barca, "com as majestosas presenças" do presidente de câmara e seus membros, presidente de junta e padres.

Aqui ficam as "majestosas" presenças do presidente de câmara Vassalo Abreu e das "majestosas" sardinhas e costeletas.

 

    

 

Na Sardinhada de São João do Centro Social de Entre Ambos-os-Rios, com Vassalo falando no pinhal para "ricos" e para "pobres" (como já disse José Amaral).

 

 

 

Como não podia deixar de ser, a costela de democrata cristão (como se auto-intitula Paulo Portas) levou o executivo à procissão da Nossa Senhora da Paz, e Vila Chã S.João. Infelizmente não foi ao 92º aniversário da aparição que a Santa voltou a aparecer.

 

 

 

1700 Séniores, e não só, no Santoínho. Ou melhor, "milhar e setecentos" como na capa propagandística do Notícias da Barca. Oportunidade para o executivo comer, beber, falar com "ricos e pobres" e ver o presidente da câmara com a sua costela democrata cristã no altar, talvez para a leitura de um dos muitos episódios bíblicos.

 


 

 

Pensem no título do artigo no Notícias da Barca sobre a Feira da Pequenada: "Centenas de crianças divertiram-se na Feira da Pequenada em Ponte da Barca". Agora pense na foto publicada para reportar esse evento (em baixo). Agora imagine o título+foto, e veja os sentidos que poderão achar nessa conjugação. Foi precisamente aquilo que foi publicado no referido jornal.

 

 

 

Com toda a pompa e circunstância, executivo camarário, junta de freguesia, Rancho Folclórico e jornalistas lá foram fazer uma inauguração a Vila Nova de Muía... da 1ª fase... do... Saneamento Básico da freguesia! Hino ao provincianismo e à mediocridade. Depois de um posto de transformação da EDP, um saneamento... estamos a elevar o patamar!...

 

 


 

O programa de Verão da SIC esteve em Ponte da Barca. Belo cenário escolhido para aparecer na TV, com a zona ribeirinha, a ponte medieval e o choupal "decapitado". Não podia faltar o discurso do presidente da Câmara. Houve oportunidade para ouvir o cantador Carlos Ribeiro pedindo a Merche Romero para mamar nas suas mamas, e para escolher Jaime Ferreri para uma rubrica que dá destaque a pessoas do povo, do saber popular e da tradição que se destacaram na sua comunidade. Onde é que há melhor?!... não há melhor...

 

 

 

O olhar deste blog termina no lançamento da Primeira Pedra da Sede de Junta de Oleiros. "O Senhor Presidente Vassalo Abreu fez mais em três anos e meio por a nossa freguesia que alguns presidentes de Câmara juntos", declarou Manuel Lima, o presidente de junta da freguesia. Por que partido te vais candidatar agora nas próximas eleições, presidente de junta? É a dupla Manuel Lima - Vassalo Abreu a animar um pouco esta época pré-eleitoral.

 

 

 

 

 


sinto-me:


Domingo, 21 de Junho de 2009
Barquenses votaram Europa... ou não

Barquenses votaram Europa... ou não

 

Não é que com isto o barqueiro esteja a apelidar todos de "ignorantes". Mas de facto foi aquilo que os políticos, ingenuamente ou não, fizeram dos cidadãos em todo o país. A realidade é que uma grande parte dos portugueses, de entre aqueles que foram às urnas, foram e ainda são "euro-ignorantes". As opções de voto eram 12, e encontrar uma dessas opções que falasse da Europa e dos seus assuntos, para elucidarem o eleitor a ir votar para a EUROPA, foi extremamente difícil. De toda a actividade eleitoral dos 11 partidos políticos e 1 movimento pouco tempo foi passado discutindo a Europa, o modelo social, político e económico que para ela pretendiam, e o hot-topic do Tratado de Lisboa.

O barqueiro está certo de que a maioria dos que foram votar não sabe ainda hoje em que opção e visão europeia votou. O barqueiro não votou, atendendo à sua condição de personagem "linguareira" e bloguística, mas de todos os portugueses recenseados votaram menos de 40%. Em Ponte da Barca o resultado da abstenção foi ainda pior, com 68,24%. Como já muita gente disse em uníssono, isto é o reflexo da descrença na política como a conhecemos. O barqueiro entra numa outra perspectiva, e diz que isto mostra também um alheamento preocupante do acto de cidadania em Portugal. Não há lógica em criticar o rumo político, sem nele participar nas eleições. Há que escolher o rumo que se entende melhor, de entre aquelas opções que nos são oferecidas, ou então, se se está num clima de protesto, votar em branco, como muitos portugueses fizeram.

De facto o povo é soberano, e estar a criticar o facto de votarem não na Europa, mas sim nos partidos nos seus contextos nacionais, é de certa forma legítimo, ao contrário do que os bonitos discursos políticos fazem crer. Afinal, foram esses mesmo políticos que criaram a situação da "euro-ignorância".

Em Ponte da Barca o mesmíssimo cenário, com o PSD a conquistar também a vitória, de forma mais esmagadora, o PS num fraco 2º lugar, e também o BE como 3º mais votado, apesar de uma menor percentagem em comparação com a nacional. O facto dos resultado terem apontado para uma vitória clara do partido que não está no poder, nem na autarquia, nem no Governo, reforça provavelmente a mesma ideia do voto "euro-ignorante". Mas já que estas foram umas eleições que todos as forças políticas quiseram fazer nacionais, poder-se-á analisar os resultados de forma mais ou menos fidedigna num contexto nacional: reprovação total do PS, vitória clara do PSD e o mais fraco resultado dos 2 grandes partidos juntos, com muitos votos a cair em forças alternativas. Será que, partindo de quase certo que não se votou na Europa, os resultados também significam qualquer coisa, um "aviso", para o executivo no poder? A maioria absoluta dos laranjas deve ter então assustado Vassalo e seus discípulos. O PSD local e nacional ficou muito reconfortado, mas ainda faltam alguns meses para as eleições, essas sim de carácter local e nacional, pelo que muita politiquice ainda vai correr.

E foi assim o primeiro "treino" eleitoral para os portugueses e para os barquenses, supostamente para votar na Europa, e cujos políticos, e por arrasto a sociedade, quiseram fazer (e conseguiram) de "barómetro" pré-legislativo...


sinto-me:


Domingo, 28 de Dezembro de 2008
Lavradas pede, Vassalo faz por isso, secretário de estado dá (?)

Lavradas pede, Vassalo faz por isso, secretário de estado dá (?)

 

Foi na manhã de 18 de Dezembro que Lino Ventura, presidente da Junta de Lavradas, era "um homem feliz", como vem referido na imprensa local.

Vassalo prometeu obras para Lavradas, Lino Ventura não esqueceu, Vassalo andou durante este mandato "para trás e para a frente", atarefado para trazer cá à vila alguém que convencesse Lino Ventura que de facto ia ter uma ponte sobre o rio Lima em Lavradas. Passou a ser um homem "só" feliz, isto porque para ser "muito" feliz é preciso fossas sumideiras, umas estradas, um polidesportivo, e mais umas quantas coisas, como ainda não se esqueceu...

O concurso foi lançado, para uma ponte de 1Km de comprimento e 7 milhões de euros de custo. A conclusão está prevista para 2011, sendo a adjudicação feita até o 2º trimestre de 2009. Uma obra grandiosa?! Não deverá ter surpreendido um presidente que está tão acustumado a pedir, que nunca está acomodado com aquilo que tem, como se viu pelos pedidos que agora faz para além da ponte, esse supostamente já concretizado.

Que fique no entanto claro que o barqueiro não tem nada contra Lavradas! Só que investir 7 milhões de euros para tamanha obra rodoviária, para servir tamanha falta de população, ou algo que o justifique?! Lavradas  a poucos Km da vila, e talvez a 10 de Ponte de Lima... Toda a margem sul do rio Lima entre Ponte da Barca e Ponte de Lima com freguesias pequenas do ponto de vista populacional, sem nenhuma zona de considerável desenvolvimento industrial, como parace ser um dos "falsos argumentos". Quantas pessoas se serviriam da ponte para ir para o parque industrial na outra margem do rio? Até porque só serviriam praticamente para esse parque... E essa quantidade de pessoas justifica 7 milhões de euros? Não é que não sejam pessoas importantes... Só que parece que 7 milhões de euros é algo que não é necessário para mais nada senão acessos rodoviários! Algo tipicamente português: o investimento em estradas, muitas vezes pararalelas, e que têm que ir a tudo o que é sítio, nunca sendo suficientes... Não haverá algo mais prioritário em Portugal, e neste particular no nosso concelho, onde se possa investir 7 milhões de euros?!

 

 

À parte de tuda esta reflexão, o que interessa é que os "depósitos gastronómicos" do secretário de estado e de Daniel Campelo ficaram bem abastecidos no "sítio do costume": restaurante "O Moinho".

Será que Vassalo Abreu terá conseguido com esta manobra fazer de Lino Ventura o "Daniel Campelo" de Ponte da Barca? Daniel Campelo negociou o seu apoio a António Guterres em troca de umas quantas obras para o Alto-Minho, e Lino Ventura terá conseguido fazer o mesmo com Vassalo Abreu... "Terá", isto porque certezas é o que ainda não há! Por um lado Lino Ventura referiu ao JN que admite a hipótese de se candidatar como independente à Junta de Lavradas se a obra se concretizar. E disse "admite"! Por outro lado, o Governo anunciou recentemente o corte em algumas obras públicas para os próximos tempos, e tendo em conta a baixa importância desta obra no panorama nacional, não irá ficar tudo em "stand-by"? Por outro lado ainda, tendo em conta que a adjudicação da obra ficará, em princípio, feita até o 2º trimestre de 2009, terá Lino Ventura tempo para se certificar que a obra arrancará de facto, antes que decida que candidatura fazer à Junta de Lavradas? Vassalo e Lino lá se entenderão.

Ponte da Barca tem à volta de 12500 eleitores inscritos. Lavradas tem à volta de 950 desses inscritos. Poderá fazer toda a diferença, de facto, para a reeleição de Vassalo, tendo em conta que esta freguesia tem tido sempre mais que 50% de votos para o PSD... Começou a ÉPOCA DE CAÇA!


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talhado por o barqueiro às 23:07
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