Ping Pong político
Depois do aquecimento, no qual se formou uma "nova" comissão política, com o "ressuscitado" Cabral de Oliveira à cabeça, e se reelegeu outra, pois na equipa vencedora não se mexe, passamos finalmente à fase do "ping-pong". Esta é mais uma das fases típicas da política, em que se tenta, num jogo de "dá e leva", demonstrar qual das partes já fez mais borrada. No fim ganha a equipa que tem o maior "monte de merda" produzido ao longo dos seus tempos de actividade. Neste particular, diga-se, nem sempre é fácil contabilizar quem produziu o maior "monte". Talvez porque a dimensão do "monte" coloque muitas limitações a nível técnico, sendo difícil de medir com os instrumentos de medida disponíveis. Ou talvez porque as borradas que atiram uns aos outros sejam demasiadamente intensas a nível olfactivo, de forma que a medição de quem produziu maior "monte" se torne uma tarefa em que no fim ninguém aprecie muito "meter o nariz". Já lá dizia um sábio que os políticos se assemelhavam a bebés, quando decidiam desatar a fazer birras, e que por isso deveriam também usar fralda. Com uma única diferença: usar a respectiva fralda não no rabiosque mas na boca, o local de despejo do político.
Apesar da política ser uma das mais antigas actividades do Homem em sociedade, com se pode perceber por esta pequena reflexão actual e local, o grau de evolução e aprendizagem nessa actividade não tem sido proporcional à sua idade.
E toda estas reflexões vêm a propósito da já falada fase do "Ping-Pong", que se iniciou agora de forma mais intensa em Ponte da Barca.
De um lado o Presidente Vassalo Abreu a dizer "Nunca se fez tanto em tão pouco tempo". Do outro a mulher da casa laranja, Rosa Arezes, "(...) nunca se falou tanto em tão pouco tempo!". Temos assim o PS a dizer que já fez muito, mesmo antes de ainda concretizar ou iniciar grande muitos dos seus divulgados planos. E o PSD a dizer que o que se faz é falar de mais, esquecendo-se do que andam também eles a fazer. De um lado temos a comissão laranja a dizer que o "despesismo descontrolado aumenta despesas". Do outro temos Vassalo Abreu e José Pedro Amaral a dizer que as despesas em comparação com os executivos do PSD diminuiu, e mesmo "assumindo que a dívida à banca subiu", a dívida aos fornecedores diminuiu na mesma proporção. Atira-se um "poio" à cara, e em reposta atira-se um ainda maior. "Vocês têm dívidas!". "Mas vocês ainda tinham maior que nós!". Típico das birras de infância. De um lado temos ainda Abílio Silva a dizer "50% de desconto para justificara falta de bom senso e de sensibilidade social na aplicação de tarifas de água e saneamento". Do outro temos (páginas à frente no mesmo jornal!) um A.Dias a dizer que o "Futuro" prometido pelo atrás referido para Vila Nova de Muía não passaram de promessas, como os caminhos que não foram beneficiados. Refere serem "uma camada de mentirosos" e "só temos homem para fazer favores em troca de votos e para o cheque que vem no fim de cada mês". Atira-se o "poio" em forma de dever cívico de membro de assembleia de câmara, e logo a seguir leva já a resposta: "Ai é!? Então toma lá este que fizeste, que é para estares caladinho!". No maio de tudo isto ainda se tem tempo para as birras de um que muitos julgavam "desaparecido em combate", pelo menos dos "combates" mediáticos da imprensa local. Trata-se de Jaime Pancha, que na assembleia municipal atirou o "poio" do executivo do "lixo à porta", e qual o espanto de todos quando embirra com os "parcómetros". Daqui fica uma aviso: "Amigo, esse poio que você queria atirar já foi há uns tempos, esse já está fora de contexto... ou melhor, de validade! Acho que anda um bocado perdido...".
De forma a tentar sair limpa desta batalha de excremento, vem a comissão política do psd dar uma sugestão construtiva para o executivo: ceder terreno a Misericórdia para construírem equipamentos sociais, após o chumbo do financiamento pelo PARES. E o "Tó Parolo da Barca", de Marques Pereira, diria: "Doar terrenos?! Onde é que eles enfiam o dinheiro para andarem aí a pedir?".
Para conclusão fica o concelho do barqueiro a todos os protagonistas referidos e aos restantes por extensão: "Metam uma fralda!... na boca! Até por respeito aos que querem que vos dêem os votos."
P.S.: Chama-se a atenção para o leitor não fazer confusão entre os escarros de gestão que os referidos atiram uns aos outros, chamados de "poios", e o "poio" que cuja designação é atribuída por este blog ao bloco de betão que se está a construir por cima do panorâmica histórica e turística de Ponte da Barca. Até por que convenhámos, "poios" daquele tamanho não são fáceis de fazer, bem devem saber...