Domingo, 9 de Dezembro de 2007
A casa mais indesejada de Vila Nova de Muía

A casa mais indesejada de Vila Nova de Muía

 

 

Foi noticiado na imprensa regional, por Manuel Cerqueira Alves, mais um dos belos assuntos de confrarias e “fabriqueiras” da nossa terra. Mas não confunda: não é o habitual comentador e “especialista” em eventos religiosos, Manuel Cerqueira Soares que escreve. Este também é Manuel Cerqueira, mas é Alves. Esclarecidas estas confusões, passemos ao assunto propriamente dito. Começa, no referido artigo noticioso, por nos ser contada a história de uma “casinha” na qual era em tempos do “antigamente” que “aos acompanhantes dos funerais se servia uma fatia de pão e um copo de vinho; e, aos homens que transportavam a urna, a mesma ementa mais o tradicional bacalhau frito.” Às gerações mais recentes, e às mais antigas que mais reflectem, poderá parecer caricato, mas acontecia mesmo! Hoje, esta casa, é, após restauro, e segundo palavras do escritor, “uma óptima Capela”. O problema é que, segundo as palavras do mesmo andam a “incutir na cabeça dos vilanovenses que a Capela mortuária era demasiado pequena e sem as mínimas condições.” E desta forma vive-se em Vila Nova de Muía a polémica de haver pessoas que não querem ir para a Capela mortuária, apesar da sua utilidade ser receber os mortos. É de facto hilariante, e o barqueiro está de pleno acordo com o autor do artigo. Tantas freguesias sem casa mortuária, e esta, que a tem, dá-se ao luxo de haver pessoas que não a querem usar. E é mesmo “darem-se ao luxo”, pois segundo palavras do próprio autor do artigo “a capela tem luxuosas casas de banho e tem trinta metros quadrados”. E acrescenta: “Será que quando as pessoas depositavam os seus familiares nas suas residências o faziam numa divisão com área superior a esta?”. Fica aqui o apelo ao povo desta freguesia para usarem uma Capela mortuária que muitas freguesias não têm, e ainda por cima espaçosa. Se não se convencem que é grande, vejam neste vídeo o que o grande espaço até permite fazer.

 

 



A morte é um assunto que ainda faz correr muita tinta nas discussões paroquianas. Desde os tempos em que se faziam manifestações complexas da complexidade da psicologia humana, como os “prantos” e as “comezainas” no funeral (com bacalhau!), até à actualidade como a do nosso concelho, em que se discutem as condições do lugar que recebe os “mortos”, e que ainda por cima não se têm eles próprios queixado das condições de recepção enquanto mortos (que é para eles que o lugar é destinado). Enfim, complexidades dos funerais do mundo religioso e interiorizado, nos quais há demasiadas preocupações com aparências, por vezes poucas com os mortos, e que no fim de contas muitos dos que comparecem aos funerais gostariam de acabar como antigamente: a petiscar e a conviver. Senão vejam o vídeo.


 


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Domingo, 4 de Novembro de 2007
proposta melhor apoio social

Proposta para um melhor apoio social no concelho

Para não dizerem que é "só deitar a baixo"

Depois de uma breve revisão pela actualidade barquense na imprensa regional, deparamo-nos com uma ilustre celebração: o Dia da Misericórdia. Como sempre, tudo o que envolve a instituição da Santa Casa da Misericórdia tem um toque de classe, perfeição e nobreza. É uma instituição, que ao contrário de todas as outras, usufrui de todas estas e ainda mais características exemplares, que lhe permitirão ser um caso de excepção no que toca às opiniões das várias figuras da política e sociedade em geral, estando imune a críticas ou apontamentos menos bons. Aliás, nas edições jornalísticas em que foi destacado o assunto do Dia da Misericórdia, algumas figuras políticas deram continuação ao tipo de ilustres e nobres comentários a que essa instituição já está habituada, dentro do nosso concelho. Mas, nos tempos que correm, já não se basta ser nobre para se ser imune aos problemas, e António Bouças reafirmou mais uma vez as dificuldades financeiras da Santa Casa de Ponte da Barca.

 

Por outro lado vemos, em “O Povo da Barca”, que existe um caso de sucesso no que ao aspecto financeiro diz respeito em Ponte da Barca: a Capela de S. Bartolomeu. Após o balanço deste ano, o “cofre” desta capela amealhou, após todas as despesas, um total de 8. 737 €. O saldo até é maior que o do ano passado, e atendendo a que as despesas têm sido poucas relativamente ao total amealhado, este dinheiro fica ali, no “cofre” de S. Bartolomeu, sem o santo saber o que lhe fazer.

A proposta deste blog é que se faça uma parceria entre a lucrativa capela de S. Bartolomeu e a Santa Casa de Ponte da Barca. E para quê? Para que o lucro anual da “capelinha” ajude a melhorar a situação da Santa Casa da Misericórdia… mas não para ajudar a melhorar as finanças da instituição, como estará a pensar. Como este blog não tem tradição de fazer bonitos discursos acerca da “nobre” instituição da Santa Casa, como todas as figuras do concelho gostam de fazer, o dinheiro da capelinha poderia sim ser doado como ajuda àquelas famílias que se têm queixado nos jornais, para que as suas carências sociais e de saúde pudessem ser atendidas pelos serviços desta “mui nobre” instituição. Pois é! É que os protestos que algumas famílias já fizeram nos jornais não deveriam fazer ninguém esquecer que, ao contrário do que as personalidades da Santa Casa dizem, o maior problema não são os “problemas financeiros” ou a “empregabilidade”. Os maiores problemas que a instituição deveria tentar combater eram a infeliz necessidade de cada uma dessas famílias e de cada um de nós ter que ter poder económico para se poder usufruir da prestação de cuidados de saúde e sociais dignos e de uma velhice com qualidade e bem estar. São realidades que deveriam ser preocupação inclusive a nível nacional. E quanto à capelinha de S. Bartolomeu, ela é o exemplo de que até um pequeno local de culto religioso consegue grandes lucros, e o espelho de que uma das maiores indústrias existentes é a Igreja Católica.

 


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