Reunião(ões) da(s) Jarra(s)
E depois das eleições e da noite dos festejos, onde a palavra "trabalho" é algo que nem lembra, restam as tomadas de posse e a distribuição dos cargos, pelouros ou "poleiros", consoante o contexto de análise. E é nessas cerimónias que pela primeira vez a classe política vencedora do sufrágio tem que pensar em "trabalho" (se é que realmente pensa). Deixou-se para trás os dias de discursos de vitória fervorosos e de silenciamento dos perdedores pela língua afiada da "boysada" à espera da "esmola" dos eleitos. Iniciam-se os 4 anos de mandato dos eleitos na Autárquicas de forma calma e serena, talvez à espera dos dias mais politicamente activos dos últimos 2 anos de mandato, período esse em que os políticos conhecem as caras de quem vão ter que disputar as próximas eleições.
É essa a Mecânica da política local, a não ser que o barqueiro esteja completamente errado. Demonstrações de humildade opinativa à parte, e eleitos que estão os políticos, seguiram-se as Reuniões de Tomada de Posse. Tendo em conta os muitos pelouros para apenas 4 pessoas, o "Método da Jarra" seria o ideal. Resta saber se foi o escolhido pelos vereadores presentes...
Outro aspecto que se apraz dizer acerca do mundo das Tomadas de Posse, é que no caso da autarquia barquense em particular, tínhamos 7 cabeças de políticos, 16 pelouros e em hipótese uma jarra com os papeizinhos para o sorteio dos ditos pelouros. Mas as injustiças, como em tudo na vida, também existem na distribuição dos pelouros: Vassalo Abreu, com direito a tirar 6 papeizinhos, é de todos os vereadores aquele que se pode chamar um "mouro de trabalho". Não é que não esteja habituado a ter tantos pelouros, ele até agradece ser a "star" da Vereação. Logo a seguir surge o habitué que é José Pontes, com 4 pelouros. A seguir surgem Aida Boalhosa e Ricardo Armada com direito a tirar da "jarra" 3 pelouros. Neste particular, Ricardo Armada tem que acumular a sua profissão com o esses 3 pelouros, enquanto que Aida Boalhosa, a tempo inteiro, tem o mesmo número de pelouros... o que é compreensível, tendo em conta ser nova nestas andanças, e sobretudo ter o pelouro do Turismo, que Vassalo diz que é grande aposta, e ainda mais o atarefadíssimo pelouro dos Recursos Humanos, tendo em conta o recente mapa de pessoal que prevê mais de 100 novos funcionários (isto fora os pedidos de emprego que caem e cairão no "centro de emprego" que a Câmara se tornou). Quem ficou a ver os papeizinhos a saírem da jarra foram os 3 vereadores da oposição, que como habitualmente não ocupam nenhum pelouro, até porque na espécie política, os elementos dominantes da "manada" ficam com os melhores recursos do seu grupo. Não é que os "não dominates" não tenham já bons recursos, como lá pela zona de Condes da Folgosa... assim Augusto Marinho e Cia vão ter que mostrar alguma coisinha, se querem um dia dominar a "manada".
Muitas piadas poderiam ser feitas acerca da Tomada de Posse da Câmara Municipal... Mas assim se tomou Posse, e se distribuíram "pelouros"!...
“Novo Rumo” com as mesmas “galinhas”?
Estamos a cerca de ano e meio das próximas eleições autárquicas e as movimentações do costume já começam a ser vistas. Como em anteriores anos, as “galinhas” estão a ficar agitadas, pois as suas cabecinhas começam a se direccionar num só sentido: o “poleiro”. Do lado das do poder assistimos nos últimos tempos à criação de uma coluna de jornal onde o “frango” José Amaral faz as suas positivas análises, e mais recentemente o “galo” do “poleiro”, Vassalo Abreu, aumentou os seus níveis de popularidade política ao ser entrevistado na televisão, no Porto Canal. Actualmente aguarda-se a reunião da “capoeira” rosa nos dias 11 e 12 de Abril.
Relativamente à “capoeira” laranja, que é o que nos trás por cá, têm-se vivido tempos de abanão, com os artigos de opinião da ressurreição do “galo” Cabral de Oliveira (qual galo de Barcelos ressuscitado da panela), e tempos também de remodelação, com a formação da nova Comissão política. E é aqui que reside o cerne da questão: se o actual executivo, ou, “capoeira” rosa não tem ficado atrás dos anteriores em termos de monotonia, estagnação e “mais do mesmo”, em que Ponte da Barca já se habituou a viver, a nova “capoeira” laranja que quer ganhar o mesmo “poleiro” não trará novidade adicional com basicamente os mesmos “galináceos” que já nos habituaram e que já provaram o que de diferente podem fazer (= 0). Alguns deles são Cabral de Oliveira (ex- presidente da Câmara que largou o poder “fugindo” não se sabe bem do quê), José Manuel Maia Fernandes (ex-presidente de junta de Vila Nova de Muía e nome “forte” dos últimos anos do PSD), Armindo Silva (ex-presidente da Câmara, substituto de Cabral de Oliveira), Carla Barbosa (ex-vereadora da cultura de Cabral de Oliveira) ou ainda a sempre “controversa” Rosa Arezes. O “slogan” escolhido foi “Um Novo Rumo p’rá Barca”. Cabral de Oliveira passa assim a ser o novo presidente da “nova” Comissão Política laranja, não fechando em definitivo a porta à candidatura para o “poleiro”, segundo declarações à Agência Lusa. Este blog, com estas opiniões desprovidas de qualquer crédito, só deixa a questão: “Novo rumo” com as mesmas “galinhas”?
P. S. 2: Vejam Rosa Arezes, que no “Notícias da Barca” de 16 de Fevereiro quês convencer os barquenses de que os “laranjas” “puseram ovos”, e passa-se a citar, “anos a fio”.