A Fórmula Cultura+Turismo
Se há alguma área em que Ponte da Barca poderia basear o seu progresso essa seria a do Turismo. A velha questão das zonas industriais parece estar definitivamente de parte, por um lado devido à já existência de tais actividades económicas nos concelhos vizinhos, que de certa forma "seca" qualquer potencial que Ponte da Barca poderia ter, e por outro lado porque a indústria é uma actividade económica que na realidade não experimenta força ou desenvolvimento suficiente quando instalada nestas zonas do Alto Minho, talvez devido à geografia, talvez devido à ausência de historial destas zonas como zonas de indústria forte, talvez devido a muitos outros factores que de facto não potenciam a indústria como actividade forte e enraizada nestas zonas. Aposte-se no turismo! O concelho possui tudo o que o que o faz o turista mover-se. O problema é a falta de estratégia, de ideias, quem sabe, das sucessivas gestões autárquicas que têm passado. É que para o turista e o ponto de interesse se encontrarem é necessário proporcionar-se meios desse caminho se fazer cumprir. Alguns desses meios são os eventos culturais, os museus e a história, a hotelaria e as actividades de turismo de Natureza.
Algo, de facto, tem sido feito. Exemplo são as Portas do Parque Nacional Peneda Gerês, o Roteiro da Hidroelectricidade, com centro em Paradamonte, e o Festival de Música Celta. Descoberta da Natureza, museu e roteiros para o conhecimento da História e realização de eventos culturais foram as formas utilizadas para trazer o turista ao seu local de interesse nos projectos/ eventos acima referidos. Apresente-se isto e muito mais, mas sob a forma de um Plano que seja de facto estratégico, que constitua de facto um projecto para o Turismo concelhio, e como actividade central, e poder-se-á iniciar uma boa parte desse progresso tão desejado. O que tem sido feito é na realidade muito pouquinho, mas esse pouquinho tem demonstrado, pelo menos aos mais atentos, que a fórmula do sucesso talvez não seja assim tão difícil de encontrar.
Porque também há elogios: sede do PNPG e Museu em Paradamonte
É mesmo verdade! O barqueiro está num dos seus dias "sim" e quer elogiar as recentes medidas, ou pelo menos intenções, da Câmara Municipal em tornar a Central Hidroeléctrica de Paradamonte num Museu dedicado à electricidade e ao ambiente e em querer que a sede do Parque Nacional Peneda-Gerês seja no concelho barquense. São medidas que a acontecerem merecem os elogios de todos. Por um lado um autêntico testemunho no tempo da história da produção da energia eléctrica em Portugal ganha nova vida, e dá a conhecer aos barquenses e aos turistas a história das centrais hidroeléctricas no nosso país, história da qual faz parte este testemunho patrimonial da nossa terra. Há já muito que haveria ter sida pensado e executado tal projecto.
Relativamente á sede do PNPG, é legítimo também que Ponte da Barca seja o município eleito, promovendo-se não só o Parque e todo o seu património natural e histórico, como também Ponte da Barca. Uma das razões fortes para esta proposta ser concretizada é na opinião do barqueiro o facto do nosso concelho ocupar uma posição central a nível geográfico na extensão do PNPG.
Continuemos com medidas bem estruturadas como estas, pois só assim se conseguem resultados positivos para o concelho e bons elogios como este, que são raros. Esperemos que o barqueiro não se venha a arrepender de tais elogios, pois são raros. Avancem estes projectos!