Recentemente realizaram-se eventos em algumas freguesias do nosso concelho de importância mediática nos nossos jornais. São os casos da Exposição de Canários em Lavradas a 24 e 25 de Novembro e do Magusto de Sampriz a 25 de Novembro.
A peculariedade da Exposição de Canários de Lavradas foi o facto da iniciativa ter correspondido muito a um arraial minhoto e pouco a uma exposição ornitológica. Segundo as notícias houve tempo para um magusto e para animação e dança ao som de concertinas. A foto da “animação” da referida exposição demonstra isso mesmo. Resta saber se as concertinas foram acompanhadas pelos “cantares” dos canários presentes na exposição, para proporcionar tão animadas danças.
Em Sampriz houve magusto, onde estiveram presentes muitos habitantes da freguesia e ainda o presidente da câmara Vassalo Abreu, o vice – presidente José Pontes e o vereador Ricardo Armada. Ao que parece, o convívio foi um sucesso. E ninguém dirá o contrário. As horas de digestão que se seguiram poderão ter estado na origem de danças, desta vez não ao som do canto dos passarinhos, mas ao ritmo das cólicas e das flatulências. Nada que se aconteceu, não espanta ninguém, atendendo a uma ementa que contou com castanhas, sardinhas assadas, caldo verde, carne grelhada e vinho verde. Experimente: misture tudo e veja o que dá!
Sr. Jack Barreira, aqui em Portugal já estamos a entrar em Maio!
Depois dos caricatos episódios na imprensa local protagonizados pelos "Amigos da Barca" (para quem ainda não sabe são uma associação social local, podendo saber algo mais em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/5598.html), eis que a os nossos jornais voltam mais uma vez a não deixar ficar mal o peculiar sentido de humor que muitas vezes caracterizam o povo barquense à procura de relevância no que aos eventos tradicionais diz respeito. Ainda que esse humor seja talvez muitas vezes criado de forma inconsciente, a verdade é que ao natural as coisas parecem sair sempre melhor. Depois das últimas semanas de stand up comedy protagonizadas por Olinda Barbosa e a bancada do PS em resposta, saímos do campo politiqueiro (expressão que este blog já ensinou a pessoas como Sílvia Torres) e entramos no campo dos "cantares ao desafio" e "ranchos folclóricos". Para além da religião, estes são ainda alguns dos ópios do povo barquense, e até internacional. O barqueiro refere-se naturalmente à comunidade barquense nos States . É que ao que parece no passado dia 10 de Março o Rancho Folclórico Barcuense , em Newark - USA, festejou o seu aniversário, convidando artistas da terra dessa comunidade emigrante (Ponte da Barca e Arcos de Valdevez). Foram eles Maria Celeste e Carlos Ribeiro, representantes da melhor arte de falar (entenda-se, ao desafio) destas terras do Minho, e os tocadores de concertina José António e Óscar Gomes.
O que tem tudo isto de tão engraçado ao ponto de vir neste espaço de "má língua"? Para além do facto de representar toda a pureza do nosso concelho, não tem nada. Isto é o que pareceria a quem não olha-se para a data de publicação dos jornais com esta notícia (no Notícias da Barca em 21 de Abril) e a quem lê-se esta notícia enquanto o encontro tradicional ainda estivesse "fresquinho". Mas isso é obviamente impossível, e para quem tem estado atento à actualidade noticiosa, repara que esta notícia já é mais velha do que a "Salbé Rainha" (é assim que se diz? é que rezas não é cá com o barqueiro). E para além disso a notícia já tinha sido publicado mais resumidamente nos jornais logo a seguir ao acontecimento. Tal como no caso dos "Amigos da Barca", estes amigos parecem não quererem mais nada senão jornais. Depois de já noticiada e renoticiada surge Jack Barreira com esta notícia fora de tempo. Não se põe em causa a qualidade das actuações ao ponto de serem recordadas eternamente. Porém, caso ainda muitos não tenham reparado a os jornais pretendem noticiar a actualidade, e essa já tem muito mais que publicar para além daquilo que já é publicado (pelos vistos, a assembleia municipal parece brindar os barquenses com enormes repastos de assuntos que dariam para encher páginas de jornais, apesar de se poder resumir a 2 ou 3 palavras à vossa escolha). Como a nossa terra também vai ficando rica em escritores, poder-se-ia até aproveitar estas tradições dos barquenses e seus emigrantes para se escrever um livro. E, Sr. Jack Barreira, como a Internet é um meio de comunicação global, fique esclarecido que aqui por terras lusas já estamos a entrar em Maio. Não é um aviso de mau gosto, apenas uma informação para que não se equivoque com estas coisas dos fusos horários.