"Mais uma vergonha"
"A degradação da vida política em Ponte da Barca não pára de nos surpreender."
E foi assim que Cabral de Oliveira se apresentou à opinião pública local após o rebentamento da "bomba" que foi a conclusão das instâncias jurídicas de que o seu antigo executivo licenciou elicitamente uma edificação urbana, mais propriamente o Edifício Afonso III.
A frase entre aspas foi pelo próprio usada para introduzir um dos artigos de imprensa que recentemente escreveu... O problema é que a degradação política que ele quer apontar ao PS enquanto oposição é talvez mais evidente na própria Comissão Política que ele lidera do que no próprio executivo actual. Para além disso, qual a impressão que o leitor fica quando abre a página de jornal, vê a foto de Cabral de Oliveira e lê o título gordo "MAIS UMA VERGONHA", sabendo o que o tribunal decidiu ainda há pouco tempo? Pensa, naturalmente, que essa vergonha política é o próprio Cabral de Oliveira, desfazendo a ideia apenas quando vê quem é que assina esse artigo.
Como o barqueiro também pensa que não há muito mais a dissertar sobre esta situação (interpretação fácil à vista de todos), queria deixar apenas 2 notas sobre tudo isso:
Acabando por aqui, o barqueiro espera que o Natal de todos os leitores tenha tido a "bênção do Deus Menino", como o próprio Cabral de Oliveira desejou aos barquenses na sua mensagem enquanto presidente da Comissão Política do PSD de Ponte da Barca.
Neste Natal sirvam-se "poios"
Vejamos a carta de "poios" por ordem cronológica.
Comecemos pelos executivos do actual presidente da comissão política do PSD de Ponte da Barca, Cabral de Oliveira.
Saiu uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo, que certamente não passou despercebida aos olhos dos leitores da imprensa local. O tribunal deu razão a Paulo Pimenta, actual membro do executivo PS no poder. Este caso tem início na denúncia de ilegalidades por parte de membros do PS, à altura na oposição, em que Cabral de Oliveira e companhia licenciaram ilicitamente o empreendimento da Construbarca, Lda., o Edifício Afonso III.
Ao que parece terão havido favorecimentos à referida imprensa, ou, por palavras bonitas dos políticos do PS, "interlocutora privilegiada".
O quê?! Favorecimentos a empresas de construção na atribuição e licenciamento de obras?! Estamos todos espantados, não estamos... Estas são das tais coisas que o cidadão comum sabe há muito, mas os tribunais demoram, e muito, a perceber. Quem não conhecia a dupla Afonso & Cabral?
Mais engraçado, depois desta introdução, foi ouvir um membro da família Esteves dizer nas Quintas na Barca de 13 de Novembro (por coicidência uma família em tempos braço direito de Cabral) que "Fala-se muito em apoios, mas para as pequenas empresas não há apoios, é só jogos de lobbies.".
Os tempos passaram, e Cabral "luta" hoje novamente por um assento no poder do seu partido. Com que cara um exemplo de corrupção diz que quer novamente o poder? Com a cara que sempre teve, como é óbvio... E a justiça, dá este senhor como culpado, e não há castigo para quem faz asneiras?
Serviram-se neste esquema alguns "poios" de betão, como já sabíamos, e ficou provado... Só é pena estarmos habituados à justiça do "fizeste asneira, agora não fazes outra vez, pois não? Vai lá à tua vidinha, vai...".
Depois veio aquele, "poio", que o barqueiro se apercebeu primeiro que os políticos que lá estavam, pelos quais esses assuntos passam primeiro pelas mãos, como é óbvio. E assim neste executivo se continuam a espalhar "poios" de betão. Em que circunstâncias? Ninguém sabe, só os próprios involvidos saberão. O que o se sabe é que continuam a ser "poios", e bem grandes!
E agora veio mais um "poio", que de tão escarrado que é "fede" a todos os que atravessam a vila. E quem é ele!? Sá Taqueiro... Está a fazer sentido? Claro! É mesmo o "poio" à porta do pão quente da Doce Lima! Como é possível um "poio" numa zona histórica; um monstro que ainda se dá ao luxo de crescer em altura!?
É de facto fantástica a capacidade de discutir PDMs em bonitas conferências às Quintas à noite! E ainda mais fantástica é a capacidade que os políticos que têm passado pela Ponte da Barca até hoje cagarem/ deixarem cagar em todas as esquinas!!!
Um dias destes ainda há-de surgir uma oficina auto numa marquise... E como diz José de Pina, "depois não digam que não vos avisei!"
Políticos barquenses vão às aulas... mas não estudam!
Ir às aulas, até vão, já que segundo a imprensa "não havia cadeiras vazias". Mas quando é o momento de aplicar os conhecimentos, aí o "tombo" é brutal! Como é?! Não se estuda! Ou onde é que estão com a cabeça quando estão nas aulas?
A última "aula" que tiveram, neste ciclo de "aulas" designadas oficialmente por "Quintas na Barca", foi sobre "PDM e o Ordenamento do Território". E pronto... se o barqueiro se ficasse só por esta frase já certamente se aperceberiam porque é que "vão às aulas" mas "chumbam" nos derradeiros "testes".
Coisas bonitas forma ditas nesta espécie de seminário sobre o ordenamento do território. Não menos bonitas e conhecidas foram algumas das caras que intervieram nesta sessão após as explicações dadas por Engenheiros e Arquitectos convidados para a dar. Falou-se de terrenos urbanizáveis, de reservas agrícolas, zonas industriais ou empresariais e até no Parque Natural. Mais "gozo" dá ainda ouvir nomes a se pronunciarem sobre o assunto como João Esteves, José Manuel Amorim, Vassalo Abreu e Cabral de Oliveira, entre outros. Todos estes dados estão lançados... e daria "pano para mangas". Contudo o barqueiro não gostaria de se pronunciar muito acerca de Ordenamento de Território, até porque depois dos discursos proferidos pelas personalidades presentes o barqueiro até se sente ignorante. Além disso não se atreve sequer a por anos de experiência em causa na área da construção e urbanismo de figuras como Cabral de Oliveira e João Esteves... certamente que não é uma noite inteira de "Quintas na Barca" que se relatariam todas as suas experiências nessa área. Vassalo Abreu, esse ainda há pouco começou a acumular esse tipo de experiência, mas também qual não é o político que num mandato adquire os conhecimentos base destas áreas. E José Manuel Amorim, que fazia esse senhor a discursar nesta noite? Ninguém sabe muito bem, mas que sabe do assunto, lá isso pareceu que sim...
E o pior de tudo isto. O pior é quando se chega aos "exames". É quando se tem que por os conhecimentos de PDM e Ordenamento do Território em prática que surgem as calinadas das maiores. Têm sido anos e anos de calinadas , apesar de ninguém falhar estas "aulas". Veja-se a última grande calinada dada pelos políticos da terra: ao por os conhecimentos de urbanismo em prática raciocinaram mal, talvez erro de cálculos, e em vez de sair um edifício de um novo lar como mandam as regras dadas nestas "aulas", saiu afinal um "poio", e dos grandes!
Política urbana e rodoviária
Nos últimos tempos tem-se assistido a uma grande preocupação dos políticos locais com o urbanismo da nossa bela vila. Claro que essa preocupação só é benéfica para Ponte da Barca. Mas o barqueiro acrescenta mais algumas farpas a esta “festa urbana” protagonizada pelos políticos locais. Onde estavam essas preocupações quando o último dos muitos escarros urbanos barquenses começou a ser construído? Sim, esse mesmo, o “poio”, aquele que está lá empoleirado no postal turístico da vila, acima da igreja e junto ao campo de futebol, bem lá no alto. Onde estavam os políticos do PS que agora andam a assinar protocolos de ordenamento de território com Arcos de Valdevez? Onde estava a oposição que agora, talvez depois do “poio” ser neste blog denunciado, se preocupa tanto com o enquadramento urbano e destino dos terrenos junto à entrada nascente em construção? Este blog sabe onde estes protagonistas estavam: a trabalhar e a desempenhar as suas funções governativas do concelho. Agora se essas funções estavam a ser bem desempenhadas, isso já é outra questão. Esta “cegueira” para casos como o “poio”, dever-se-á a incompetência pura e simples? Dever-se-á ao protagonismo e importância “lobielesca” dos senhores que constroem tais “poios”? São só questões em forma de hipóteses, que escapam ao comum dos barquenses, como é o caso do barqueiro, e que querem simplesmente o melhor, e não o pior, para a terra. Que fique apenas a nota de que um simples “poio” de animal doméstico na via pública é punível com multas de cerca de 500€ em alguns concelhos. E isto vindo de um simples canito ou gatinho. Vindo de alguém que ainda por cima é humano, e tem consciência de onde é que está a “defecar”, deveria ser muito mais penalizado, uma vez que nem sancionado é.
Mas nem tudo é mau. Nesta onda “urbanística” dos políticos, foi recentemente assinado o protocolo de Ordenamento do Território entre Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. Independentemente de todos sabermos que Arcos de Valdevez vai bastante mais à frente em desenvolvimento, a construção integrada e conjunta de um centro urbano no Alto – Minho prova que os políticos destas terras têm alguma visão (aplica-se até a frase feita “só são burros quando querem”). Além disso as movimentações políticas recentes a nível rodoviário dentam também boa estratégia e visão, particularmente nas obras da entrada nascente, de acesso ao IC 28, e nos estudo que estão a decorrer para a melhoria das ligações via EN
Vergonhas urbanas em alguns metros
É na última edição de “O Povo da Barca” que são, de forma muito perspicaz, denunciadas 2 vergonhas do urbanismo da vila de Ponte da Barca, separadas por uma curta distância na mesma rua.
A primeira denúncia é o muro caído na entrada da vila do lado este, no sentido Lindoso – Ponte da Barca. Esses alguns metros de muro caído, que provocaram um estreitamento da berma da estrada, têm sido fechados por umas grades em plena estrada, sem sinalização adequada de aperto da via. O grave e tudo isto é que a berma mantém-se caída não há meses, mas quase a arrastar-se para anos, estando aparentemente invisível para as entidades responsáveis, como a Câmara Municipal.
A segunda denúncia, ainda melhor que a primeira, mas se calhar mais vulgar para a população, é mais um ex-libris do urbanismo dos muitos em Ponte da Barca. O prédio “redondo” que está a ser construído, ou melhor, acabado, na esquina, uns metros à frente da berma caída, que dá acesso à zona das piscinas municipais, está desalinhado daqueles que já estavam construídos naquela zona. Mais uma obra à boa maneira portuguesa!