O lado romântico de um executivo
A notícia rebentou nas capas dos jornais locais: Tony Carreira irá vir a Ponte da Barca no próximo São Bartolomeu! Está Garantido! O Presidente da Câmara conseguiu!
E eis que todos os problemas de um executivo próximo da época da avaliação pelo seu povo parecem desaparecer. “Ai as dívidas!!!”, “Ai a ponte que está a cair!”, “Ai os poios urbanísticos”, “E o choupal, ai o que lhe aconteceu!”. Mas depois desta notícia: “O quê?! Tony Carreira!? Não é possível?! Ai o meu Toniiiii que vem à Barca!!!”. E momentaneamente as fãs barquenses, de preferência de 40 anos para cima, esquecem tudo o resto (e quem sabe homens que carregam a falsa desculpa de ir atrás do Tony porque têm que transportar as suas companheiras). Proseguindo nesta sequência lógica, esses mesmos apreciadores do romantismo de Tony, passarão também a cimentar o seu apreço pelo não menos romântico Vassalo Abreu. E o barqueiro diz “não menos romântico”, porque Vassalo Abreu vem revelar uma faceta no mínimo, bonita, para um líder político. Mas será que toda esta reflexão feita até agora faz algum sentido?
Parece que este foi um dos piores momentos bloguísticos do barqueiro… Certo é também que um político a conquistar um espectáculo de um cantor de calça justa de cabedal para o seu povo não é propriamente um episódio que se possa dizer com nexo, e de vir exibir para a imprensa. Mas enfim, é esta a agitada vida de um executivo. Temos um presidente e um vice-presidente de Câmara que conhecem um cantor romântico através de um amigo, e vá-se lá saber porquê, esse amigo trabalha na restauração em Paris. Convida-se o cantor para vir, mais uma vez a um restaurante, à lampreiada, et voilá, um “ícone” da música nas Festas Concelhias, com direito a destaque nas capas de jornais 5 meses antes da cantoria. Não esquecer que tamanho “ícone” vem, segundo Vassalo Abreu, praticamente de graça! Isto sim, isto é política da boa… E a experiência gastronómica dos políticos a entrar em acção em benefício dos ouvidos dos barquenses (o barqueiro pede desculpa, mas não resistiu mais uma vez a trocadilhos entre boa gastronomia e executivo camarário). Por outro lado parece que Adolfo Ferreira, presidente da Associação de Festas, poderá dedicar-se quase a tempo inteiro à sua outra função, de presidente da Comissão Política do PS, durante este Verão, dado que o cartaz, com tão grande figura da música, está praticamente feito.
Em conclusão, o barqueiro gostaria de manifestar o seu agrado acerca da abertura dos políticos ao mundo do espectáculo, e da música em particular... E apela: Os barquenses querem ainda mais políticos a fazer capas de jornal com música!!! (já que a política se tem tornado algo muito gasto ultimamente…).
Um ex-habitante de Vila Nova de Muía que se tem assinado como N.C. na imprensa local, tem sido a o “guerreiro” de um dos lados desta “guerra santa” em pleno concelho de Ponte da Barca. O outro é José de Sousa de Vila Nova de Muía. E como em outras guerras da Humanidade, esta há-de ficar lembrada na História como uma guerra que atingiu o seu maior grau de “violência” quando N.C. veio para o jornal questionar o festeiro de São Miguel “O Anjo”, José de Sousa, acerca da gestão que fazia dos dinheiros, que se supõem ir para o “Anjo” e não para quem o guarda “em nome dele”. N.C. dirige-se ao povo de Vila Nova de Muía, tentando alertá-los para o destino que o dinheiro tinha nas mãos dos festeiros do referido “Anjo”: 5€ por cada missa e 50€ para pôr mortos em câmara ardente. Questiona a gestão através das contas que segundo ele nunca foram feitas e ainda, como dever cívico de cada um de nós, zela pela Fiscalidade e Impostos do país, ao alertar para o facto de sempre que há cobrança, tem que haver a emissão do respectivo “recibosinho”. Como N.C. se caracteriza por uma coragem fora do vulgar, gosta de enfrentar o “inimigo” de frente, tira-o do “esconderijo” com a conclusão do seu artigo que diz: “(…) como nada tem tido resposta pode ser que desta última pergunta tenha a resposta.”. E eis que José de Sousa sai da “toca”, e manda “bujardas” de toda a potência para se defender das acusações, e ainda ataca, dizendo que por não viver na dita freguesia não deve saber a realidade da actividade “festeira”, e ainda como bónus diz que “Se por acaso quiser mais algum esclarecimento estou às suas ordens e porque não gosto de ser cobarde. Assino com todas as letras.”.
Está mais uma vez provado que em tudo o que meta “santos” e “anjos” há “guerra” e “sangue”.
Barca de inseguranças
Casos de incumprimento de regras de segurança sucedem-se
Os sucessivos casos de acidentes devidos a desprezo pela segurança têm abalado o concelho de Ponte da Barca. O primeiro caso é aquele que é muito bem referido no último "O Povo da Barca", da morte de um jovem na freguesia de Bravães, electrocutado durante as obras da casa da sua família, numa linha de média tensão que passava um pouco acima da referida obra. Como é referido nesse jornal, "Que possa, ao menos, aprender-se a lição: que quem licencia, legista (?), constrói, compreenda que o cumprimento exigente das regras de segurança marca, muitas vezes, a diferença entre a vida e a morte."
Esse bom senso que todos devem ter, de cumprir regras de segurança, têm sido um caso de reflexão no concelho, por tragédias que mais recentemente voltaram a acontecer. No dia 14 de Julho morreu um homem em Grovelas numa operação de carregamento de uma máquina giratória para um reboque. Mais uma vítima de acidentes no trabalho a lamentar. No dia 21 do mesmo mês um homem de 41 anos que visitava Ponte da Barca numa excursão de Vila Nova de Famalicão morreu afogado no rio Lima ao atravessar o rio a nado.
Mais recentemente, uma nova vítima, gravemente ferida novamente na freguesia de Bravães. Desta vez não se tratou de um acidente de trabalho propriamente dito. Foi na Festa de Nossa Senhora da Pegadinha, na qual, segundo o Diário de Notícias, a caixa de lançamento dos engenhos pirotécnicos (fogo de artifício) não estaria devidamente fixa ao chão, estando segura apenas por pedras! Após a primeira explosão a estrutura tombou e começou a disparar as "balonas" (engenhos pirotécnicos de explosão no ar) em direcção às pessoas. Uma menina de 8 anos irá precisar de um transplante de pele numa perna que foi perfurada. Um conselho deve ser dado: neste Verão há que montar correctamente os engenhos pirotécnicos, nunca se devendo fiar na protecção divina do santo da festa.
Tristes casos em Ponte da Barca, que deverão servir de lições a partir daqui.