Os políticos também podem amuar
Pois é... os políticos também têm a capacidade de amuar, apesar de muitas vezes parecer que são gente que nunca se chateia com nada. Apesar de serem casos não muito comuns, existem e têm sido registados. Desta vez aconteceu aqui, em Ponte da Barca, mais concretamente em Grovelas. O presidente da assembleia da junta de freguesia veio tornar público o seu pedido de demissão no último "Notícias da Barca". Isto tudo porque foi este membro de junta foi alvo de discriminação e abuso de poder pelo presidente da junta. E que forma de discriminação terá sido, perguntar-se-ão muitos?!... Foi um tipo raro de discriminação, mas ainda assim muito relevante: discriminação excursionista. Acha engraçado?! Não é para achar, depois da saber a segunda razão. Tratou-se de abuso de poder de manutenção de espaços fúnebres. Confuso?! É simples: o senhor que se demitiu apresentou queixa em praça pública dele e a sua esposa não poderem participar num passeio devido ao presidente de junta, assim como ser obrigado pelo mesmo presidente de "mandar nele e no Carlos" para limpar o cemitério. Em suma, o demissionário diz, no fim da declaração de demissão, tal e qual, que "Por isso não quero mais pertencer à Junta de Freguesia". E assim assistimos a mais um episódio de política barquense de alta qualidade, desta vez um amuo.
Não sabemos como o demissionário e o presidente de junta se têm encarado ou se encararam, mas podemos imaginar, com base num episódio semelhante ocorrido na política nacional:
Barca de inseguranças
Casos de incumprimento de regras de segurança sucedem-se
Os sucessivos casos de acidentes devidos a desprezo pela segurança têm abalado o concelho de Ponte da Barca. O primeiro caso é aquele que é muito bem referido no último "O Povo da Barca", da morte de um jovem na freguesia de Bravães, electrocutado durante as obras da casa da sua família, numa linha de média tensão que passava um pouco acima da referida obra. Como é referido nesse jornal, "Que possa, ao menos, aprender-se a lição: que quem licencia, legista (?), constrói, compreenda que o cumprimento exigente das regras de segurança marca, muitas vezes, a diferença entre a vida e a morte."
Esse bom senso que todos devem ter, de cumprir regras de segurança, têm sido um caso de reflexão no concelho, por tragédias que mais recentemente voltaram a acontecer. No dia 14 de Julho morreu um homem em Grovelas numa operação de carregamento de uma máquina giratória para um reboque. Mais uma vítima de acidentes no trabalho a lamentar. No dia 21 do mesmo mês um homem de 41 anos que visitava Ponte da Barca numa excursão de Vila Nova de Famalicão morreu afogado no rio Lima ao atravessar o rio a nado.
Mais recentemente, uma nova vítima, gravemente ferida novamente na freguesia de Bravães. Desta vez não se tratou de um acidente de trabalho propriamente dito. Foi na Festa de Nossa Senhora da Pegadinha, na qual, segundo o Diário de Notícias, a caixa de lançamento dos engenhos pirotécnicos (fogo de artifício) não estaria devidamente fixa ao chão, estando segura apenas por pedras! Após a primeira explosão a estrutura tombou e começou a disparar as "balonas" (engenhos pirotécnicos de explosão no ar) em direcção às pessoas. Uma menina de 8 anos irá precisar de um transplante de pele numa perna que foi perfurada. Um conselho deve ser dado: neste Verão há que montar correctamente os engenhos pirotécnicos, nunca se devendo fiar na protecção divina do santo da festa.
Tristes casos em Ponte da Barca, que deverão servir de lições a partir daqui.