Sábado, 8 de Agosto de 2009
A Fórmula Cultura+Turismo

A Fórmula Cultura+Turismo

 

Se há alguma área em que Ponte da Barca poderia basear o seu progresso essa seria a do Turismo. A velha questão das zonas industriais parece estar definitivamente de parte, por um lado devido à já existência de tais actividades económicas nos concelhos vizinhos, que de certa forma "seca" qualquer potencial que Ponte da Barca poderia ter, e por outro lado porque a indústria é uma actividade económica que na realidade não experimenta força ou desenvolvimento suficiente quando instalada nestas zonas do Alto Minho, talvez devido à geografia, talvez devido à ausência de historial destas zonas como zonas de indústria forte, talvez devido a muitos outros factores que de facto não potenciam a indústria como actividade forte e enraizada nestas zonas. Aposte-se no turismo! O concelho possui tudo o que o que o faz o turista mover-se. O problema é a falta de estratégia, de ideias, quem sabe, das sucessivas gestões autárquicas que têm passado. É que para o turista e o ponto de interesse se encontrarem é necessário proporcionar-se meios desse caminho se fazer cumprir. Alguns desses meios são os eventos culturais, os museus e a história, a hotelaria e as actividades de turismo de Natureza.

Algo, de facto, tem sido feito. Exemplo são as Portas do Parque Nacional Peneda Gerês, o Roteiro da Hidroelectricidade, com centro em Paradamonte, e o Festival de Música Celta. Descoberta da Natureza, museu e roteiros para o conhecimento da História e realização de eventos culturais foram as formas utilizadas para trazer o turista ao seu local de interesse nos projectos/ eventos acima referidos. Apresente-se isto e muito mais, mas sob a forma de um Plano que seja de facto estratégico, que constitua de facto um projecto para o Turismo concelhio, e como actividade central, e poder-se-á iniciar uma boa parte desse progresso tão desejado. O que tem sido feito é na realidade muito pouquinho, mas esse pouquinho tem demonstrado, pelo menos aos mais atentos, que a fórmula do sucesso talvez não seja assim tão difícil de encontrar.

 

 

 


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Domingo, 24 de Maio de 2009
Mais um ano com os livros

Mais um ano com os livros

 

Mais um ano, mais uma Feira do Livro que já vai na 16ª edição. É nisto que o país se deve alicerçar: na cultura e formação dos seus cidadãos. A solução para a economia e a sua competitividade, para a corrupção, para a falta de qualidade de governação, para o civismo, para a liberdade plena, e para muito mais, reside na educação. Para além dos livros, esses sim o centro das atenções, decorrem outras actividades no âmbito da cultura: entrega de prémios a jovens em idade escolar participantes num Concurso de Leitura, Ateliers de Ciência e de Astronomia, e apresentação de obras, como sejam os livros “Dos oito aos oitenta”, de Helena Osório, “Magalhães e a 1ª Viagem à Volta da Terra”, de Teresa Saavedra, “A naturalidade de Fernão Magalhães revisitada”, de Amândio Barros, e “Igreja do Divino Salvador de Bravães”, de Eduardo Oliveira e Afonso Granja. Além disso, ainda há música e teatro. Do dia 16 ao 24 de Maio, muita cultura em Ponte da Barca. É na cultura e na formação que está o futuro, e eventos como estes contribuem para que a “catedral” do saber, o livro, seja promovido junto da população.

Devem até estar admirados da ausência da má língua nestas linhas, mas a verdade é que o barqueiro dá os elogios e os parabéns a todos os que permitem a realização deste evento importantíssimo, inclusive à câmara municipal. Continuem, e nunca se esqueçam da importância do livro!

O barqueiro não é ninguém para apelar, até porque sendo uma personagem fictícia, ou seja, não assume a cara de nenhum barquense, não tem moralidade para isso. No entanto, aqui se lança o desafio: porque não melhorar, e até fazer mais que uma vez por ano a Feira do Livro?

 

 

 


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Diácono de Lindoso ajoelha-se a Deus

Diácono de Lindoso ajoelha-se a Deus

 

Depois de outras ordenações de padres do nosso concelho, também aqui comentadas no blog, o barqueiro vem mais uma vez tocar no assunto da situação da Igreja Católica e da política, aliadas desde o nascimento de Portugal, oficial durante o Estado Novo e evidente, ainda que não oficial, no tempo em que vivemos.

O diácono Orlando Carreira, da freguesia de Lindoso, foi ordenado. Logo a população se juntou em torno de tal acontecimento. Em Portugal, a herança religiosa ainda é muito pesada, sendo disso prova os festins que nas freguesias mais do interior se organizam quando um padre é ordenado. O barqueiro não quer com isto dizer que as tradições devam acabar. É no entanto um hábito ou tradição desfasada do tempo actual. Durante a História portuguesa, o padre era o símbolo da população, da sua paróquia. Além das funções religiosas, era muito mais que isso. Era um conselheiro, era aquele que mais e melhor conhecia as pessoas da aldeia. Infelizmente, durante o Estado Novo, era também, pelo menos em alguns casos, o símbolo da opressão, da falta de independência e em última análise, o símbolo da ausência do sentido crítico e intelectual de cada cidadão, como aliás são os fundamentos da Igreja Católica. A razão é o maior inimigo da religião. A Igreja, e as religiões em geral, tal como as conhecemos, tenderão sempre a tornar os seus fiéis em massas acríticas de pessoas, com um dogma em comum. Reflexões à parte, porque o assunto já se está a desviar um pouco do tema inicial, no nosso concelho ainda existe um desfasamento temporal relativamente à influência da Igreja. O poder político lá esteve no convívio do referido padre de Lindoso, como não poderia deixar de ser. À vista das pessoas, os políticos da terra são os mais “santeiros”, ou, pelo menos, tentam mostrar isso. Lá estão eles aos Domingos a celebrar a missa. Infelizmente um requisito do ser político ainda passa muitas vezes por ser católico e invocar o nome de Deus em prol do partido x. Um país laico na sua essência, é algo que Portugal, apesar de 35 anos de democracia, ainda não “cheirou”.

 

 

P.S: É uma “maldade” aquilo que os padres têm que fazer na ordenação, não é?! “Rastejar” aos pés dos superiores…


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Terça-feira, 15 de Julho de 2008
Afinal de onde é Fernão de Magalhães?

Afinal de onde é Fernão de Magalhães?

 

Não. Não é o barqueiro o iluminado que sabe esta resposta, até porque quem realmente sabe da matéria, os historiadores, não reúnem um consenso. Apesar disso todos nós temos assistido ultimamente a um reavivar de memória, talvez uma pouco súbita, que deixou os barquenses a pensarem, no meio deste choque noticioso, que o grande Fernão de Magalhães é da Barca. No entanto, não se entenda este "súbito" como sinónimo de crítica. Este reavivar de memórias para o assunto é muito positivo, merecendo da parte deste blog uma palavra de incentivo para o executivo camarário e todos os intervenientes, para que continuem e ainda melhorem a divulgação de discussões e eventos culturais no concelho.

A cultura é uma área tradicionalmente desprezada no concelho (e até no país), à qual as pessoas ainda pouco aderem quando os raros eventos culturais vão surgindo. A fomentação da cultura deve ser algo começado já, para que venhamos a colher frutos daqui a anos, talvez dezenas, e não no espaço de um único mandato, como a classe política gostaria. E só mais um reparo: não confundam a música, a história, a literatura com o folclore gratuito. Ambos são formas de cultura. Só que a "gratuitidade" com esta última forma tem sido praticada no concelho tem-na tornado quase tóxica, enquanto que as primeiras formas têm sido praticamente ausentes. Sirva-se cultura em doses saudáveis e equilibradas, por favor!

Mas infelizmente, as intervenções do barqueiro nunca se limitaram à distribuição de "rebuçados" pelos que dirigem a vida pública e cívica do concelho. Apesar da positividade da reanimação da discussão histórica em torno de Fernão de Magalhães, o "tau-tau" desta vez vai para a forma como o assunto se divulgou. Os leitores mais atentos certamente que tiverem oportunidade de ler o artigo de A. Magalhães Sant'Ana no "O Povo da Barca". Foram aí apresentadas as linhas gerais daquilo que são os actuais factos provados acerca do nascimento de Fernão de Magalhães e das suas origens familiares. Cada vez mais certas parecem ser as raízes familiares deste navegador em Paço Vedro de Magalhães, no nosso concelho outrora chamado de Terras da Nóbrega. Pertencia à geração dos Magalhães de Ponte da Barca, apelido herdado do pai, e sua mãe, da família Sousa, era também desta terra. Teve 3 irmãos, um deles também ligado à viagens marítimas, e outro que lhe tratara de negócios em Ponte de Lima. Os actuais alicerces da torre de Magalhães constituem o testemunho no tempo das raízes dos Magalhães nestas terras. Apesar da hipótese de Sabrosa estar, segundo muitos estudiosos, a cair por terra, a hipótese de nascimento do navegador no Porto parece estar a ganhar consistência. Mantém-se ainda a hipótese de Ponte da Barca, defendida por alguns historiadores.

 

 

Trata-se por isso de um assunto longe de estar fechado. Apenas estará fechado dentro destas 3 hipóteses. Organizemos bem as nossas" ideias" nas prateleiras devidas, e não que não se caia na tentação de reivindicar essas origens para Ponte da Barca com base nas expectativas e nas ânsias dos barquenses, como se viu durante este período de discussão pública. Não se caia na tentação de dizer, como Manuel da Cruz Fernandes, que "À falta de comprovação histórica inequívoca, fiquemo-nos pela Barca, como berço de Magalhães, o navegador." Não inventemos. Temos sim é que conhecer com rigor científico a vida do primeiro navegador a dar a "volta ao mundo", por mar, e ao serviço de Castela.


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