Domingo, 16 de Novembro de 2008
Quem admira mais Manuel Parada?

Afinal quem é que admira mais Manuel Parada?

 

O barqueiro não sabe se repararam numa hilariante troca de "mimos" entre aqueles que militam nos "escalões de formação" da política barquense. Para quem ainda, por acaso, não conhecer, eles são José Pedro Amaral do lado da "pseudo JS" e José Alfredo Oliveira, do lado da JSD concelhia. E diz-se "pseudo JS", porque sabe-se perfeitamente o que José Amaral defende - Vassalo Abreu - apesar da JS no concelho nem sequer existir, enquanto que em contraste José Oliveira lidera uma JSD que realmente existe, apesar de não se saber propriamente o que defendem. Desta vez o motivo da troca de ideias em praça pública, ou melhor, nos jornais concelhios, foi a homenagem feita ao falecido poeta da terra Manuel Parada, com a inauguração da praça com o seu nome.

 

 

Atentem nomeadamente à edição de 1 de Novembro do "Notícias da Barca". Comece-se então a análise de mais uma disputa à boa moda da Barca, começando-se pelo comunicado da JSD acerca desta homenagem, e depois recuando-se umas páginas no mesmo jornal para as "Notas" ditas de "Relevantes" de José Amaral. No comunicado da JSD a homenagem feita pela Câmara Municipal a Manuel Parada com a inauguração da praça com o seu nome é adjectivada da seguinte forma: "... profundo lamento em relação a tão pequena homenagem a tão ilustre personalidade do concelho (...)". Poucas palavras à frente voltam à carga: "... pelo que consideramos impróprio à lembrança e à obra deixada por tão ilustre pessoa, tão pequena e simples homenagem.". Mais à frente ainda relembram a proposta do PSD para que se construa uma futura biblioteca Municipal com o nome Manuel Parada (sendo, ainda para mais, o "regressado" Cabral de Oliveira um dos protagonistas do filme da viagem "sem regresso" da antiga biblioteca municipal). Recuando-se então umas páginas lemos José Amaral a lamentar o triste comunicado da JSD, opinião da qual, aliás, o barqueiro tem que admitir que partilha. Mas, como não poderia deixar de ser, lá se lançou a "prova" de admiração pelo homenageado: "Tive o privilégio de conhecer o homenageado, e sei como ele amava a nossa terra e as nossas gentes, sendo por isso, mais do que justa, uma merecida homenagem.".

O problema desta novela é que não é nova. Já desde a morte deste ilustre poeta que estas partes políticas têm passado para além dos limites do equilíbrio e moderação nas suas demonstrações de carinho e admiração por Manuel Parada. É uma novela que até começou pelos "séniores", e que, talvez próprio da idade, alastrou aos "juvenis" por observação - imitação.

É o problema destas gentes do concelho. O barqueiro, e com certeza alguns barquenses mais,  também já demonstraram e reafirmaram a sua admiração pelo maior "poeta do povo" que a Barca já alguma vez teve. O problema é que todos querem "ficar bem", e quanto mais melhor, perante os "olhos" do povo (ou eleitorado). Daí que se chegue ao cúmulo de se querer provar perante os outros quem é que gosta mais do poeta! Ao barqueiro faz-lhe lembrar os "Gato Fedorento" a tentarem provar de quem o Sr. Tobias gostava mais... o problema é que o Sr. Tobias era um urso peluche, e, em analogia, quem nesta novela estão a fazer de urso é o admirável e já falecido Manuel Parada, juntamente com o resto do eleitorado.

 

 

 

 

 

 

 


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Domingo, 2 de Novembro de 2008
Capital do homenageanso por 2 dias

Capital do Homenageanso por 2 dias

 

Foi nisso que Ponte da Barca se tornou nos dias 23 e 24 de Outubro. Não que se queira gozar com o momento, ou algo do género. Até fica bem "a quem passa", mas não é de cá, ver tanta homenagem por habitante:

 

"Quem Passa":  Tanta homenagem! Terra de Progresso?

"O Cá da terra": Não, nada disso! O que isto é mesmo é terra de homenagens!

 

Fora de brincadeiras... Em terra de homenagens o progresso não ser proporcional, pode ter várias explicações: entre as quais... várias. Olhe-se 2 casos distintos, que por si só constituem 2 explicações diferentes para o mesmo facto: homenagem do juíz conselheiro Sebastião da Costa Pereira e medalha para o restaurante "O Moinho".

 

No primeiro caso, o Juíz Sebastião da Costa Pereira foi homenageado por uma vasta e riquíssima carreira na área da justiça e fora dela: nomeação de juíz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Presidente da Secção Criminal do Supremo Tribunal, sócio fundador da Associação Portuguesa  de Estudos Parlamentares, entre outros marcos de carreira. Do currículo e suas qualidades enquanto pessoa e profissional, ninguém duvida, portanto. Junte-se ainda o facto de ser natural do Porto. Se falarmos de uma homenagem pelo Rotary Club de Ponte da Barca a este senhor, a perspectiva de análise da dita homenagem muda. Isso torna-se ainda mais evidente com as justificações dadas nos jornais, antes da homenagem, onde o Rotary justificou a homenagem: "(...) está profundamente ligado a Ponte da Barca, através da Casa das Ínsuas e da casa da Torre de Pousada, na freguesia de S.Tomé do Vade." A seguir o estatuto de um homenageado definido pelo fundador do Rotary: "Recorde-se que, ao fundar o Movimento Rotário, em 1905, o pensamento de Paul Harris era dar um contributo para servir a Comunidade através da sua profissão." Segue-se mais um parágrafo de fundamentação para a homenagem: "Os fundamentos do Rotary Internacional estão, de facto, impregnados de importância dos Serviços Profissionais...".

E assim, de um alto cargo da justiça se fez um homenageado de serviços à comunidade através da profissão, comunidade essa que se julga ser Ponte da Barca, porque este Rotary Club é de cá, mas esse homenageado é ligado à terra através de duas casas património histórico... Recita complicada de uma grande homenagem, uma homenagem gourmet, talvez...

 

No segundo caso, nas habituais comemorações do "Dia do Município", muitos foram os medalhados: pelos "anos de serviço", pelo "mérito municipal social", pelo "mérito municipal cultural", pelo "mérito municipal desportivo" e pelo "mérito municipal económico". Uma breve referência para o "mérito municipal social", onde dois representantes da Igreja, dois "Revs. Padres", levaram a medalha... Mais uma vez a Igreja é elogiada na sua vertente social... talvez esse serviço social seja o "apoio espiritual" prestado às suas "ovelhas brancas", porque às "pretas"... Bom, mas destaque para essa sim, a melhor homenagem de todas, a de "mérito municipal económico". Essa foi merecidamente para o restaurante "o moinho", com certeza um exemplo na área da restauração a nível concelhio e até regional. De referir que essa homenagem poderia ter também sido perfeitamente na categoria dos "anos de serviço" à Câmara... ou melhor, aos estômagos dos políticos da Câmara Municipal, os quais têm sido repletos no tal restaurante ao longo destes últimos mandatos às horas de refeição...

 


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