Sábado, 26 de Dezembro de 2009
Menino Jesus vs Pai Natal

Menino Jesus vs Pai Natal

 

O Pai Natal há muito que não recebia tanta "luta" por parte do Menino Jesus. Recentemente temos visto a tentativa de invasão das fachadas das habitações pelos denominados "estandartes" com o Menino Jesus. Na imprensa temos tido a oportunidade de ver ou ler membros da Igreja alertando a população para os verdadeiros valores de Natal que se estão a perder, o que de facto é verdade... não fosse o facto de também puxarem a "brasa à sua sardinha" quando acusam, de certa forma, o Pai Natal de tirar protagonismo simbólico e histórico ao Menino Jesus. É que o Pai Natal hoje é muito mais rentável à actividade económica do Natal, disso ninguém tem dúvidas... mas também é o Pai Natal que enche de sonhos, fantasia e alegria as crianças, e até os adultos quando se lembram desses tempos de menino. A opinião do barqueiro é que cada uma das personagens tem o seu "canto", não precisam que andem às turras por cada um deles: o Menino Jesus está no presépio, e por isso o seu valor histórico, pois é por causa desse facto misto de histórico com religioso que existe o Natal; o Pai Natal permite às crianças sonhar com um homem que cultiva o carinho e a paz, presenteando as crianças quando na noite de Natal desce pelas chaminés.

E já agora ficam aqui um pouco das verdadeiras bases históricas da festividade do Natal e do Pai Natal.

 

 

 

 

 

Depois de um parágrafo tão comovente, ficam as imagens de como as coisas, apesar de correrem bem ao Pai Natal, não correram assim tão bem ao clero. O resultado foi um cardeal com fractura e um Papa talvez esmurrado: a demonstrar como a osteoporose é um problema nas idades destes profissionais.

 

 

 

 


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Sábado, 8 de Agosto de 2009
A "Nata" Barquense

A "Nata" Barquense

 

Estava o barqueiro lendo um dos "Notícias da Barca" do mês de Julho, quando se deparou com mais um excelente artigo da autoria do já conhecido sociólogo Pedro Costa. É claro que esta é só a opinião do barqueiro, mas nunca é demais expressar neste blog a sua grande admiração por aquilo que escreve. "Nata" de Ponte da Barca, olhem para esta forma de escrever e de opinar, expor e analisar diversos temas da sociedade!

O artigo de Pedro Costa que levou o barqueiro a escrever este seu artigo tinha como título "Sobre a humildade e honra". Nele estava o seguinte início de parágrafo, e o barqueiro deu-se aqui à liberdade de o expor, para a "nata" barquense pensar nele:

 

"O uso da palavra Doutor serve, cada vez mais, para (re) direccionar o poder nas relações sociais. Como douto é aquele que , aparentemente, sabe do que fala ou trata, nas relações a palavra doutor implode o sentido e subjuga o "não-douto" ao douto."

 

De facto não se poderia melhor retratar aquilo que hoje se passa na sociedade, em que todo o possuidor de um curso superior, e alguns deles com formação não se sabe bem em quê, vive na ânsia de mostrar ao próximo o seu título de "doutor", na ânsia de assim ser tratado nas relações sociais, mesmo naquelas externas ao exercício das suas actividades enquanto formado em determinada área. É uma "febre", talvez devida ao facto do nosso país, e em particular o nosso concelho, não estar historicamente "habituado" a estudar e a formar os seus cidadãos. A isto junte-se a necessidade de afirmação e estatuto, e a "febre" poderá em parte estar explicada.

 

"Andamos constantemente embrulhados numa típica disputa de "galos" para demonstrar qual de nós tem mais força, inteligência ou mais poder."

 

O barqueiro apeteceu-lhe pegar nestas palavras de Pedro Costa e aplicá-las especificamente à "Nata" que circula em Ponte da Barca. Nessa "nata" incluem-se aqueles que constantemente impõe o seu título de doutor e/ ou o seu estatuto, e estão também muitos senhores que não possuem formação superior, mas que são portadores de uma qualquer "graça" que lhes permite tentar convencer os outros que são portadores da verdade ou do poder. O barqueiro não vai com certeza revelar nomes. Apenas pode dar pistas, apesar de muitos não precisarem delas. Ao barqueiro apeteceu-lhe falar do clube Rotary de Ponte da Barca. Foram os escolhidos apenas por recentemente serem notícia, pelo seu novo presidente. Devido a isto avivou-lhe a memória. Mas não se ralem, pois muitos dos membros desta "nata" podem até não pertencer a este clube. São aqui referidos apenas a título de exemplo. O Rotary tem como propósito da sua existência causas nobres, em que os seus membros, com a suposta estabilidade social e económica que possuem, desenvolvem actividades no campo da solidariedade social, ou noutras áreas, como a premiação do mérito de alguém. Basicamente será assim que o barqueiro e o comum cidadão o poderá definir. No nosso concelho em particular, é neste clube que se podem encontrar alguns do melhores exemplares do que é pertencer à "nata". Encontramos gente ligada à política, que basicamente a usam para o que o comum político português pretende; encontramos gente que é ou já foi portador de um cargo profissional que lhe deu o estatuto de ser o portador da verdade e do poder perante o povo; encontramos uma estirpe de empresários designada de lobbies (para quem não sabe, aqueles empresários que não se sabe onde termina a sua acitividade económica e onde começa o seu envolvimento na política); encontramos a religião Católica à mistura, como não pode faltar numa boa receita à portuguesa; e encontramos ainda muitos à procura de afirmação, não se sabe bem em quê, que o que sabem com toda a certeza é que querem pertencer, perante os olhos dos barquenses,  à "Nata". Não intrepretem mal o barqueiro: o Rotary club não é tudo isto, o que é tudo isto são membros do tal clube, que não quer dizer que sejam todos (apesar de serem, no final de contas, bastantes).

Fora deste clube existem muitos mais. Existem os lobbies clássicos, empresários que vêm (ou quase) desde os tempo da "velha senhora", que têm uma grande quota de responsabilidade da actual situação de fraco progresso do concelho de Ponte da Barca; Existem velhos detentores ou ex-detentores de cargos públicos, do tempo em que no Portugal recondito ser detentor de tal cargo implicava automaticamente, mais do que respeito, o medo do cidadão comum, qual práticas inquiritórias; Exite "malta" que almeja entrar directamente na "nata" pela maior porta, a da política (a má política, diga-se).

Fique-se por aqui, até porque já cansa...

É bom saber que ainda existem barquenses, como o exemplo de Pedro Costa, que reflectem sobre o caminho que a sociedade real segue.

 


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Domingo, 24 de Maio de 2009
Diácono de Lindoso ajoelha-se a Deus

Diácono de Lindoso ajoelha-se a Deus

 

Depois de outras ordenações de padres do nosso concelho, também aqui comentadas no blog, o barqueiro vem mais uma vez tocar no assunto da situação da Igreja Católica e da política, aliadas desde o nascimento de Portugal, oficial durante o Estado Novo e evidente, ainda que não oficial, no tempo em que vivemos.

O diácono Orlando Carreira, da freguesia de Lindoso, foi ordenado. Logo a população se juntou em torno de tal acontecimento. Em Portugal, a herança religiosa ainda é muito pesada, sendo disso prova os festins que nas freguesias mais do interior se organizam quando um padre é ordenado. O barqueiro não quer com isto dizer que as tradições devam acabar. É no entanto um hábito ou tradição desfasada do tempo actual. Durante a História portuguesa, o padre era o símbolo da população, da sua paróquia. Além das funções religiosas, era muito mais que isso. Era um conselheiro, era aquele que mais e melhor conhecia as pessoas da aldeia. Infelizmente, durante o Estado Novo, era também, pelo menos em alguns casos, o símbolo da opressão, da falta de independência e em última análise, o símbolo da ausência do sentido crítico e intelectual de cada cidadão, como aliás são os fundamentos da Igreja Católica. A razão é o maior inimigo da religião. A Igreja, e as religiões em geral, tal como as conhecemos, tenderão sempre a tornar os seus fiéis em massas acríticas de pessoas, com um dogma em comum. Reflexões à parte, porque o assunto já se está a desviar um pouco do tema inicial, no nosso concelho ainda existe um desfasamento temporal relativamente à influência da Igreja. O poder político lá esteve no convívio do referido padre de Lindoso, como não poderia deixar de ser. À vista das pessoas, os políticos da terra são os mais “santeiros”, ou, pelo menos, tentam mostrar isso. Lá estão eles aos Domingos a celebrar a missa. Infelizmente um requisito do ser político ainda passa muitas vezes por ser católico e invocar o nome de Deus em prol do partido x. Um país laico na sua essência, é algo que Portugal, apesar de 35 anos de democracia, ainda não “cheirou”.

 

 

P.S: É uma “maldade” aquilo que os padres têm que fazer na ordenação, não é?! “Rastejar” aos pés dos superiores…


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Domingo, 2 de Novembro de 2008
Capital do homenageanso por 2 dias

Capital do Homenageanso por 2 dias

 

Foi nisso que Ponte da Barca se tornou nos dias 23 e 24 de Outubro. Não que se queira gozar com o momento, ou algo do género. Até fica bem "a quem passa", mas não é de cá, ver tanta homenagem por habitante:

 

"Quem Passa":  Tanta homenagem! Terra de Progresso?

"O Cá da terra": Não, nada disso! O que isto é mesmo é terra de homenagens!

 

Fora de brincadeiras... Em terra de homenagens o progresso não ser proporcional, pode ter várias explicações: entre as quais... várias. Olhe-se 2 casos distintos, que por si só constituem 2 explicações diferentes para o mesmo facto: homenagem do juíz conselheiro Sebastião da Costa Pereira e medalha para o restaurante "O Moinho".

 

No primeiro caso, o Juíz Sebastião da Costa Pereira foi homenageado por uma vasta e riquíssima carreira na área da justiça e fora dela: nomeação de juíz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Presidente da Secção Criminal do Supremo Tribunal, sócio fundador da Associação Portuguesa  de Estudos Parlamentares, entre outros marcos de carreira. Do currículo e suas qualidades enquanto pessoa e profissional, ninguém duvida, portanto. Junte-se ainda o facto de ser natural do Porto. Se falarmos de uma homenagem pelo Rotary Club de Ponte da Barca a este senhor, a perspectiva de análise da dita homenagem muda. Isso torna-se ainda mais evidente com as justificações dadas nos jornais, antes da homenagem, onde o Rotary justificou a homenagem: "(...) está profundamente ligado a Ponte da Barca, através da Casa das Ínsuas e da casa da Torre de Pousada, na freguesia de S.Tomé do Vade." A seguir o estatuto de um homenageado definido pelo fundador do Rotary: "Recorde-se que, ao fundar o Movimento Rotário, em 1905, o pensamento de Paul Harris era dar um contributo para servir a Comunidade através da sua profissão." Segue-se mais um parágrafo de fundamentação para a homenagem: "Os fundamentos do Rotary Internacional estão, de facto, impregnados de importância dos Serviços Profissionais...".

E assim, de um alto cargo da justiça se fez um homenageado de serviços à comunidade através da profissão, comunidade essa que se julga ser Ponte da Barca, porque este Rotary Club é de cá, mas esse homenageado é ligado à terra através de duas casas património histórico... Recita complicada de uma grande homenagem, uma homenagem gourmet, talvez...

 

No segundo caso, nas habituais comemorações do "Dia do Município", muitos foram os medalhados: pelos "anos de serviço", pelo "mérito municipal social", pelo "mérito municipal cultural", pelo "mérito municipal desportivo" e pelo "mérito municipal económico". Uma breve referência para o "mérito municipal social", onde dois representantes da Igreja, dois "Revs. Padres", levaram a medalha... Mais uma vez a Igreja é elogiada na sua vertente social... talvez esse serviço social seja o "apoio espiritual" prestado às suas "ovelhas brancas", porque às "pretas"... Bom, mas destaque para essa sim, a melhor homenagem de todas, a de "mérito municipal económico". Essa foi merecidamente para o restaurante "o moinho", com certeza um exemplo na área da restauração a nível concelhio e até regional. De referir que essa homenagem poderia ter também sido perfeitamente na categoria dos "anos de serviço" à Câmara... ou melhor, aos estômagos dos políticos da Câmara Municipal, os quais têm sido repletos no tal restaurante ao longo destes últimos mandatos às horas de refeição...

 


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Quarta-feira, 6 de Agosto de 2008
Abílio Silva, Manuel Alves e Artur Alvarães: 3 almas do reino de Deus

Abílio Silva, Manuel Alves e Artur Alvarães: 3 almas do reino de Deus

 

O que há de comum entre estas 3 ovelhas do rebanho cristão? À primeira vista poderá até não haver muito, e o barqueiro até admite que sejam personalidades bastante diferentes. Mas há algo que os une: a fé católica apostólica romana. Algo que só quem sente sebe compreender, e que o barqueiro respeita, até porque vivemos num estado de liberdade religiosa. Quem não está a respeitar os crentes católicos, crentes de outras confissões ou não crentes são estas 3 almas evangelizadoras.

Comecemos por Abílio Silva, o presidente de Junta de Vila Nova de Muía. Sobre as crenças deste político pouco sabemos, e aquilo que sabemos por outras “bocas”, dando-se o benefício da dúvida e pedindo-se as desculpas se nada disto for verdade. Verdade é que o catequista da mesma freguesia, Manuel Alves, veio agradecer publicamente o apoio do presidente às actividades e passeios realizados pelos jovens crentes praticantes da freguesia. Até aqui nada de mais. Algo a mais foi a forma como se processou essa aliança, segundo o catequista. Leu-se nos jornais “Com Abílio Silva na presidência, Vila Nova de Muía terá a garantia de uma freguesia moderna, progressista e cada vez mais cristã.” Que Abílio Silva seja muito bom presidente de junta e que pessoalmente seja muito bom cristão, isso até poderá ser verdade, não estando aqui em análise. O que mais uma vez aqui se passa é a mistura de Igreja com política, que já estamos habituados a ver em inaugurações e Bênçãos de Carrinhas. Tudo isto se torna reprovável num estado laico como o de Portugal após o 25 de Abril. Sendo assim, Manuel Alves, não pessoalmente, mas na posição de catequista, representando a Igreja Católica, veio afirmar publicamente uma posição política, e o papel dessa mesma política na promoção dessa fé católica. Poder político e Igreja Católica sempre tiveram uma relação recíproca de apoio oficial… antes do 25 de Abril de ’74. Num país de liberdade religiosa, laico, vai sendo tempo de acabar com estes jogos. Que pessoalmente se seja crente é uma coisa. Questões de fé quando envergando outros papéis é outra coisa.

 

 

Falta de respeito pelas crenças no plano pessoal é algo ainda mais grave, e de quem Artur Alvarães é símbolo. Nas últimas edições do “Notícias da Barca” esse seu fanatismo católico tem colidido com as liberdades individuais dos outros. Chama “intelectuais da treta” a quem se “armar em sabichões” por pôr em causa as questões católicas, como a Ressurreição. “Racionalismo barato, esse, mesmo de carregar pela boca!”, é o que ele tem dito. Raspa o fascismo salazarista ao dizer “Valha-nos esta fé do povo da enxada e da côdea…”. A troca da paz em Portugal e da tal “côdea” pela ignorância profunda já lá vai!

Num dos seus últimos artigos caracteriza o agnóstico como aquele que indo a um exame apanha um chumbo, e justifica-se dizendo: “Em vez de meter no bolso a “ferradura de cavalo, meti a que tinha mais à mão, que era a de burro!”. Conclui escrevendo “Ad Nauseam!”. E o barqueiro conclui dizendo: náuseas foi o ele sentiu quando leu o artigo.

 

 


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Domingo, 25 de Maio de 2008
Olhos mais abertos para Fátima

Olhos mais abertos para Fátima

 

Depois de mais um período de peregrinações ao Santuário do Mundo, com os festejos de 13 de Maio, este blog pretende apenas fazer algumas considerações em jeito de rescaldo. As conclusões ficam para os leitores...

Em primeiro lugar é de referir o esforço dos peregrinos. Quilómetros a fio, desgastando-se fisicamente em busca de um conforto psicológico. Propõe-se uma análise numa outra perspectiva. Aquilo que os fiéis têm que pagar para andar a pé. Para se esfolarem, e ir cumprir a sua promessa ao santuário, onde gastam uma boas "mocas" dos pobres orçamentos familiares em troca de favores divinos, têm que pagar, como se não basta-se, o percurso que fazem. Só este ano foram mais de 1 milhão de euros pagos pelos grupos organizados, de modo a garantirem apoio logístico na marcação de refeições e dormidas, assistência médica, transporte de bagagem e oferta de alguns alimentos.

Em segundo lugar há que referir que a maioria das pessoas que se deslocam têm baixo nível de vida proporcionado por baixos rendimentos. "Ah! A gasolina está cara!" "Não se pode comprar nada!". No santuário de Fátima pode-se comprar tudo, isto porque apesar do dinheiro ser pouco, há sempre de sobra para comprar promessas. Troca-se, por exemplo, notas gordas de 50€  por um favor à Virgem. E quando se diz este valor, pode-se dizer bastante mais, como reportagens televisivas testemunharam... Talvez seja do hábito: o português está habituado ao jogo de favores, e porque não pedir também a uma entidade superior, ainda por cima divina?

Em terceiro lugar há que referir o destino destas maquias. Numa reportagem muito bem conseguida pela SIC, à boca das caixas de esmolas, a maioria dos peregrinos, quando questionados sobre o destino do dinheiro, dizia que não sabia. Quando questionados sobre se gostavam de saber, haviam aqueles que diziam que não lhes importava saber. Alguma coisa anda de errado com estas cabecinhas... As receitas do dia 13 de Maio, dizem alguns, foram para o Darfur. É um bom exemplo da Igreja. Não se percebe muito bem de que forma essa ajuda chegará àquelas pessoas, ainda por cima sabendo das dificuldades de actuação humanitária no terreno naquela região.

Em quarto lugar, se o dinheiro for investido no Darfur, será das maiores ajudas que poderiam ter, uma vez que Fátima é uma autêntica mina de dinheiro. Em donativos recebem quantias como 8,7 milhões € em 2001, 9,9 milhões em 2002, 8,7 milhões em 2003. Os lucros andaram sempre próximos desses mesmos valores, e só em 2004, o pior ano, atingiram 726 mil €, devido à construção da nova igreja. Percebe-se porque D. Saraiva Martins disse que "se o capital é da actividade religiosa não deve ser sujeito a tributação fiscal", após a ameaça fiscal que poderá vir da nova Concordata.

Em quinto e último lugar, refira-se as tristes palavras que António Marto, bispo de Leiria-Fátima, disse, e que infelizmente não mereceram os assobios dos presentes, o que também já por si revela alguma gravidade da actual consciência crítica dos peregrinos. Referia a "não negociabilidade" do casamento entre homem e mulher, ou seja, descriminação das outras opções sexuais, proferiu um discurso de aproximação ao Islão, e ao mesmo tempo discriminou os que nenhuma religião têm, ao considerar preocupante a sua crescente representação, conjuntamente com os "consumistas" (até pareceu considerá-los "farinha do mesmo saco").

Um concelho: Olhos mais abertos precisam-se! Até porque a religião, neste mundo dos vivos, quem a faz são seres humanos, e não as figuras divinas, e por isso há que desconfiar e não tornar verdades indiscutíveis tudo o que lhes sai da boca!

 

 


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