“Putos” dão uma ajudinha aos maiores
Finalmente existe também uma juventude política em Ponte da Barca do partido socialista. A direcção da JS, que antes só existia na prática, passa agora também a existir do ponto de vista formal. Encabeçada pelo já conhecido José Pedro Amaral, que escrevia as “Notas Relevantes” semanalmente no “Notícias da Barca”, a direcção tomou posse no dia 14 de Março. Espera-se que os seus membros, ainda frescos nestas lides políticas, cumpram o seu papel, e que a promessa feita pelo líder, de promover uma maior participação e interesse dos jovens pela política local, se faça cumprir. Espera-se que o desaparecimento de José Amaral dos jornais locais, com os artigos de opinião, a partir do momento em que se constituiu a JS, não seja um presságio de que estes jovens se estejam a tornar nos muitos políticos que já temos: prometem e discursam, mas quando atingem a cadeira do poder logo essas “boas intenções” passam para segundo plano. Espera-se que a JS não seja apenas um meio de promoção e de propaganda do PS e dos “adultos” que dele fazem parte.
Época de c(h)eias...
Os "comes e bebes" têm um dos seus períodos áureos nesta época que agora acabou. É o Natal e os Reis que se juntam e que cativam toda a malta, inclusive os políticos, que não podem faltar. É um paradigma da política: os políticos, para de alguma forma "pescar" popularidade, da qual se "alimentam", mostram estar próximos das pessoas, de alguma forma dar-lhes alguma coisa, nem que seja apenas simpatia... mas de facto quem está a dar são as pessoas... e a receber são os políticos... comida! Ou seja, estão a receber duas vezes!...
Após esta complexa análise sociológica, falemos sobre estas c(h)eias, que deixam cheias as barrigas de quem delas usufrui. Tudo começou pelas ceias de Natal. José Pontes lá estava a representar a Câmara numa ceia do Rancho Folclórico de Entre Ambos-os-Rios, provavelmente só a título de exemplo.
O expoente máximo destes eventos dá-se na época de Reis. Mais uma vez realizou-se a Ceia de Lindoso. E quem lá estava mais uma vez? O deputado Jorge Fão, um habitué deste jantares. Quem não se lembra das anteriores edições destas ceias, inclusive neste blog?! Para além de cá vir todos os anos comer, parece fazer algo de útil: foi mais um dos que esteve envolvido (ou querem envolver) na obtenção da grande obra que é a Ponte de Lavradas. O presidente de câmara, Vassalo Abreu, lá estava, indo até à cozinha, talvez para dar apoio moral às cozinheiras, de quem o sucesso de evento mais dependia.
Aproveitando a época de "vacas gordas" gastronómicas, o deputado Jorge Fão esteve presente também na Ceia de Natal do PS. Mas não foi, nem de perto nem de longe a figura do convívio socialista. As maiores figuras presentes nesta sessão de abastecimento de "depósitos gastronómicos", como José Pontes disse numa mítica assembleia municipal, foram Vassalo Abreu, Adolfo Ferreira, o presidente da comissão política, e José Pedro Amaral, líder da ex-pseudo e agora real JS. Sob o lema "Nunca se fez tanto em tão pouco tempo!!!", falou-se da "novidades", como o anúncio de recandidatura por Vassalo Abreu, das obras que foram e estão a ser feitas por este executivo PS, tendo como termo de comparação o pouco trabalho feito pelo PSD ao longo de anos, e falou-se dos projectos, esses ainda mais que as obras em execução. José Pedro Amaral aproveitou mais uma vez para mandar umas farpas à oposição, sendo que desta vez, farpas em versão oficial, têm outro encanto.
Será que isto de fazer muito em pouco tempo de facto convenceu os presentes, e mais do que isso, todos os barquenses? Isso veremos nas autárquicas deste ano. Uma coisa é mais do que certa: o PS já começou a fazer pela vida, e este comício espelha exactamente isso!
Se por um lado muitos acham que as obras que estão a ser feitas são muitas e boas, existirão sempre outros que não são suficientes para merecer uma vitória. Por outro lado este executivo pode merecer do benefício de se pensar que apenas um mandato é pouco para se por os planos em prática. Por outro lado ainda, este executivo pode também beneficiar do fraquíssimo termo de comparação que tem, que são os anteriores executivos do PSD, que governaram durante bem mais tempo que o PS no concelho, e pode-se dizer que praticamente nada fizeram para desenvolver o concelho, quando se pensa em todos esses anos. Tendo um termo de comparação tão fraco, não será difícil demonstrar que pelo menos se fez mais que o PSD, tendo em conta o curto tempo do PS no poder! Numa outra perspectiva, o actual executivo PS já fez "borrada" que chegue para tão pouco tempo. O barqueiro vai apenas exemplificar: o urbanismo continua a mesma "bosta", em relação aos anteriores executivos, e os jogos de interesses basicamente dão seguimento à mesma escola, como é o caso da pseudo-aliança PS-PP, que permite (talvez) arrecadar mais votos, e mais do que isso, entregar a senhores como José Manuel Amorim e seus "amigos da Barca" poderes sobre futuras instituições sociais que estão a nascer em Ponte da Barca.
Como se pode ver, a ponderação de voto é complexa de se fazer, apesar de estes pontos serem apenas uns de entre muitos! Além disso o processo de campanha 2009 só ainda agora começou, apesar de não oficial, e pelo PS. Virão os outros partidos, e sobretudo o PSD, que apesar de ter exercido uma oposição de qualidade duvidosa durante estes anos, irá com certeza discutir até à última o "poleiro mais desejado". Ainda muito folclore está para vir!...
Afinal quem é que admira mais Manuel Parada?
O barqueiro não sabe se repararam numa hilariante troca de "mimos" entre aqueles que militam nos "escalões de formação" da política barquense. Para quem ainda, por acaso, não conhecer, eles são José Pedro Amaral do lado da "pseudo JS" e José Alfredo Oliveira, do lado da JSD concelhia. E diz-se "pseudo JS", porque sabe-se perfeitamente o que José Amaral defende - Vassalo Abreu - apesar da JS no concelho nem sequer existir, enquanto que em contraste José Oliveira lidera uma JSD que realmente existe, apesar de não se saber propriamente o que defendem. Desta vez o motivo da troca de ideias em praça pública, ou melhor, nos jornais concelhios, foi a homenagem feita ao falecido poeta da terra Manuel Parada, com a inauguração da praça com o seu nome.
Atentem nomeadamente à edição de 1 de Novembro do "Notícias da Barca". Comece-se então a análise de mais uma disputa à boa moda da Barca, começando-se pelo comunicado da JSD acerca desta homenagem, e depois recuando-se umas páginas no mesmo jornal para as "Notas" ditas de "Relevantes" de José Amaral. No comunicado da JSD a homenagem feita pela Câmara Municipal a Manuel Parada com a inauguração da praça com o seu nome é adjectivada da seguinte forma: "... profundo lamento em relação a tão pequena homenagem a tão ilustre personalidade do concelho (...)". Poucas palavras à frente voltam à carga: "... pelo que consideramos impróprio à lembrança e à obra deixada por tão ilustre pessoa, tão pequena e simples homenagem.". Mais à frente ainda relembram a proposta do PSD para que se construa uma futura biblioteca Municipal com o nome Manuel Parada (sendo, ainda para mais, o "regressado" Cabral de Oliveira um dos protagonistas do filme da viagem "sem regresso" da antiga biblioteca municipal). Recuando-se então umas páginas lemos José Amaral a lamentar o triste comunicado da JSD, opinião da qual, aliás, o barqueiro tem que admitir que partilha. Mas, como não poderia deixar de ser, lá se lançou a "prova" de admiração pelo homenageado: "Tive o privilégio de conhecer o homenageado, e sei como ele amava a nossa terra e as nossas gentes, sendo por isso, mais do que justa, uma merecida homenagem.".
O problema desta novela é que não é nova. Já desde a morte deste ilustre poeta que estas partes políticas têm passado para além dos limites do equilíbrio e moderação nas suas demonstrações de carinho e admiração por Manuel Parada. É uma novela que até começou pelos "séniores", e que, talvez próprio da idade, alastrou aos "juvenis" por observação - imitação.
É o problema destas gentes do concelho. O barqueiro, e com certeza alguns barquenses mais, também já demonstraram e reafirmaram a sua admiração pelo maior "poeta do povo" que a Barca já alguma vez teve. O problema é que todos querem "ficar bem", e quanto mais melhor, perante os "olhos" do povo (ou eleitorado). Daí que se chegue ao cúmulo de se querer provar perante os outros quem é que gosta mais do poeta! Ao barqueiro faz-lhe lembrar os "Gato Fedorento" a tentarem provar de quem o Sr. Tobias gostava mais... o problema é que o Sr. Tobias era um urso peluche, e, em analogia, quem nesta novela estão a fazer de urso é o admirável e já falecido Manuel Parada, juntamente com o resto do eleitorado.
Ping Pong político
Depois do aquecimento, no qual se formou uma "nova" comissão política, com o "ressuscitado" Cabral de Oliveira à cabeça, e se reelegeu outra, pois na equipa vencedora não se mexe, passamos finalmente à fase do "ping-pong". Esta é mais uma das fases típicas da política, em que se tenta, num jogo de "dá e leva", demonstrar qual das partes já fez mais borrada. No fim ganha a equipa que tem o maior "monte de merda" produzido ao longo dos seus tempos de actividade. Neste particular, diga-se, nem sempre é fácil contabilizar quem produziu o maior "monte". Talvez porque a dimensão do "monte" coloque muitas limitações a nível técnico, sendo difícil de medir com os instrumentos de medida disponíveis. Ou talvez porque as borradas que atiram uns aos outros sejam demasiadamente intensas a nível olfactivo, de forma que a medição de quem produziu maior "monte" se torne uma tarefa em que no fim ninguém aprecie muito "meter o nariz". Já lá dizia um sábio que os políticos se assemelhavam a bebés, quando decidiam desatar a fazer birras, e que por isso deveriam também usar fralda. Com uma única diferença: usar a respectiva fralda não no rabiosque mas na boca, o local de despejo do político.
Apesar da política ser uma das mais antigas actividades do Homem em sociedade, com se pode perceber por esta pequena reflexão actual e local, o grau de evolução e aprendizagem nessa actividade não tem sido proporcional à sua idade.
E toda estas reflexões vêm a propósito da já falada fase do "Ping-Pong", que se iniciou agora de forma mais intensa em Ponte da Barca.
De um lado o Presidente Vassalo Abreu a dizer "Nunca se fez tanto em tão pouco tempo". Do outro a mulher da casa laranja, Rosa Arezes, "(...) nunca se falou tanto em tão pouco tempo!". Temos assim o PS a dizer que já fez muito, mesmo antes de ainda concretizar ou iniciar grande muitos dos seus divulgados planos. E o PSD a dizer que o que se faz é falar de mais, esquecendo-se do que andam também eles a fazer. De um lado temos a comissão laranja a dizer que o "despesismo descontrolado aumenta despesas". Do outro temos Vassalo Abreu e José Pedro Amaral a dizer que as despesas em comparação com os executivos do PSD diminuiu, e mesmo "assumindo que a dívida à banca subiu", a dívida aos fornecedores diminuiu na mesma proporção. Atira-se um "poio" à cara, e em reposta atira-se um ainda maior. "Vocês têm dívidas!". "Mas vocês ainda tinham maior que nós!". Típico das birras de infância. De um lado temos ainda Abílio Silva a dizer "50% de desconto para justificara falta de bom senso e de sensibilidade social na aplicação de tarifas de água e saneamento". Do outro temos (páginas à frente no mesmo jornal!) um A.Dias a dizer que o "Futuro" prometido pelo atrás referido para Vila Nova de Muía não passaram de promessas, como os caminhos que não foram beneficiados. Refere serem "uma camada de mentirosos" e "só temos homem para fazer favores em troca de votos e para o cheque que vem no fim de cada mês". Atira-se o "poio" em forma de dever cívico de membro de assembleia de câmara, e logo a seguir leva já a resposta: "Ai é!? Então toma lá este que fizeste, que é para estares caladinho!". No maio de tudo isto ainda se tem tempo para as birras de um que muitos julgavam "desaparecido em combate", pelo menos dos "combates" mediáticos da imprensa local. Trata-se de Jaime Pancha, que na assembleia municipal atirou o "poio" do executivo do "lixo à porta", e qual o espanto de todos quando embirra com os "parcómetros". Daqui fica uma aviso: "Amigo, esse poio que você queria atirar já foi há uns tempos, esse já está fora de contexto... ou melhor, de validade! Acho que anda um bocado perdido...".
De forma a tentar sair limpa desta batalha de excremento, vem a comissão política do psd dar uma sugestão construtiva para o executivo: ceder terreno a Misericórdia para construírem equipamentos sociais, após o chumbo do financiamento pelo PARES. E o "Tó Parolo da Barca", de Marques Pereira, diria: "Doar terrenos?! Onde é que eles enfiam o dinheiro para andarem aí a pedir?".
Para conclusão fica o concelho do barqueiro a todos os protagonistas referidos e aos restantes por extensão: "Metam uma fralda!... na boca! Até por respeito aos que querem que vos dêem os votos."
P.S.: Chama-se a atenção para o leitor não fazer confusão entre os escarros de gestão que os referidos atiram uns aos outros, chamados de "poios", e o "poio" que cuja designação é atribuída por este blog ao bloco de betão que se está a construir por cima do panorâmica histórica e turística de Ponte da Barca. Até por que convenhámos, "poios" daquele tamanho não são fáceis de fazer, bem devem saber...
Como já foi analisado neste blog, o próximo ano de 2008 ficará na história de Ponte da Barca como o ano mais “fértil” de sempre. Isto porque a quantidade de obras que irá ver a luz do dia, segundo as previsões deste executivo, será enormíssima. Dessa forma, poderá ser um ano em que tudo se fará e pouco se deixará para fazer nos próximos (ver em http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/36639.html). Este rico programa da Câmara Municipal para o próximo ano já tem suscitado muitos entusiasmos, como seria de prever. A política é algo que desperta euforias colectivas, que têm o seu auge nas épocas de eleições. Apesar de estarmos sensivelmente a meio deste mandato, as euforias podem já ter começado! A vaga de manifestações públicas de políticos da esquerda e da direita, da nossa terra, surgiu de repente, quase como um tsunami. A maior das surpresas foi o regresso “das cinzas” de Cabral de Oliveira. Quem diria tal coisa, há tempos atrás? É mais uma prova de que na política de Ponte da Barca tudo é possível. Até de se ver uma previsão nos jornais do futuro promissor de Vassalo Abreu. José Pedro Amaral, nas recentes declarações nas suas “Notas Relevantes” no “Notícias da Barca”, refere relativamente ao presidente da nossa terra “(…) que se calhar um dia também fará falta ao Governo(…)”. Nem o professor “Bambo” e outros profissionais do futuro “bem pago” fariam tal previsão. Não é que se queira aqui dizer que Vassalo nunca virá a ter um alto posto político e que lá não chegará. Mas sejamos razoáveis ao ponto de perceber as dimensões e competências dos nossos políticos. Com certeza que gostaríamos de ter grandes políticos, mas não é isso que se passa. Além disso comparar o presidente de Melgaço, Rui Solheiro, a Vassalo Abreu, é algo actualmente desajustado.
Indo direitinho ao “ponto”, este jovem socialista José Pedro Amaral, tem dado a impressão ao barqueiro, errada ou não, de que uma coluna semanal num jornal concelhio é algo para o qual há alguma dificuldade de se encontrar assunto para dar opinião. Nos tempos em que surgia de vez em quando, lá ficava a ideia de que havia em Ponte da Barca mais um “menino” da política que poderia dar algo mais ao deserto político barquense. Mas os artigos semanais têm dado unicamente elogio gratuito ao PS que está no executivo. PS e PSD lá se vão gladiado à sua maneira de sempre, e a tradição dos seus discursos lá se vai mantendo infelizmente… Uma sugestão para haver assuntos que possam ser comentados e entreter de uma forma mais alegre e cativante o povo barquense: Santana Lopes a presidente!