O recente artigo de Jorge Moimenta no "Notícias da Barca", intitulado "Por enquanto ainda somos portugueses!" vem falar-nos no polémico tema de uma aliança Ibérica, com fusão entre Portugal e Espanha, dadas as vantagens que teria a fusão com um país como a Espanha, com vista a retirar Portugal de um "buraco" cada vez mais sem fundo. Jorge Moimenta aborda ainda o potencial que Portugal não tirou das suas colónias, através de, para muitos, um atribulado processo de independência. Jorge Moimenta, que já neste blog tinha sido de certa forma elogiado por este blog por outros assuntos, aborda mais uma vez os seus temas com frontalidade. Apesar de tudo, ultimamente tem-se metido por assuntos onde pessoas com a mínima prudência não se metem para não se "sujarem": comentar as questões políticas internas do PSD após a eleição de Menezes para presidente. Comentar tudo o que meta Menezes e Santana e tentar tirar daí conclusões não é nada fácil! E para Jorge Moimenta, apesar da sua frontalidade, também não tem sido, talvez pelos leitores considerarem essa questão há muito como perdida.
Neste último artigo, Jorge Moimenta mete-se por um assunto talvez até mais difícil, mas muito mais sério. Vem abordar a polémica questão colonial portuguesa. Vem dizer que "o Reino Unido e a França deram a independência às suas colónias, mas através de acordos, ficaram a explorar as grandes riquezas lá existentes.". A ideia com que se fica a ler este artigo de opinião, tal como se fica da opinião de muitos outros portugueses, é que não chegou já a "exploração" no seu sentido mais negativo dos negros das colónias durante tantos anos pelos portugueses do ultramar, e ainda há muitos que ficam a "chorar" a perda das colónias como fonte de riqueza, e ninguém "chora" as barbaridades dos colonizadores sobre os colonizados nas épocas dos impérios coloniais das nações europeias. Não chegando isto, vem levantar as velhas questões nunca resolvidas na cabeça dos portugueses de "cores" políticas no tribulado processo de independência colonial. Vem dizer que " com a pressa de entregar aqueles territórios a dirigentes comunistas nem tempo ouve para preparar aqueles que os iriam dirigir." Primeiro, onde está "ouve" deveria estar "houve". Segundo, o que é dito até pode-se admitir como verdadeiro. Mas perde toda a razão por, como habitualmente, se atribuir a culpa à esquerda mais "esquerdista" pela maneira como as colónias foram entregues. A verdade que nunca é dita passa agora a ser dita: os portugueses tiveram e para sempre terão a mentalidade que não lhes permitiu largar as colónias, e mante-las em domínio até ao limite do limite das condições. Toda a gente se esquece que o orgulho colonialista português e o "bem bom" que essas terras e as suas gentes proporcionavam a muitos portugueses fizeram com que o domínio das colónias se prolonga-se até muito tarde, até uma guerra que se arrastou, enquanto que esses países europeus, como a França e outros, começaram os seus processos de independência colonial de forma mais "amigável" e "harmoniosa" a seguir à 2ª Guerra Mundial. Numa época histórica em que já pouco fazia sentido os impérios coloniais, Portugal era assim dos poucos que mantinha as suas colónias, e isso é que deu todos os problemas. Portugal já está habituado a ser o último em tudo, e mais uma vez na questão política do domínio colonial se manteve atrasado relativamente aos outros.
Análises isentas e justas deste assunto da história portuguesa só vão ser feitas quando houver o afastamento histórico suficiente relativamente à época do Estado Novo. Até lá ainda muitos continuarão com "fundamentalismos" políticos nas suas cabeças, e a "chorarem" a perda do "mamanso" africano. A liberdade é dos valores mais preciosos da vida humana, e os africanos obteram-na, apesar de todos os defeitos e problemas que hoje se encontram em muitos pontos deste continente. Ninguém fala das condições miseráveis de vida dos muitos africanos e de medidas para que se criem condições para que esses países se organizem e criem as bases para criação de nações equilibradas para que lá vivam melhor.
Cheirinho a autárquicas?
Mais uma vez, a fonte de assuntos concelhios para este blog vem do XXX Congresso Nacional do PSD (na anterior semana tinham sido destacados os já “crescidos” meninos da JSD barquense). E já agora, a fonte é o congresso XXX, do PSD, não porque seja algo de conteúdo de rodinha vermelha (O), mas apenas uma coincidência do número de congressos já realizados na história do partido da bolinha cor de laranja. Até se poderia fazer a piadinha da ressurreição de Menezes e Santana num congresso XXX não muito recomendado para consumo. Mas o que de facto é fonte de assunto é a ressurreição mediática de José Manuel Maia, pelo menos no que à imprensa regional diz respeito. Após ter sido apontado como um rosto emergente ainda quando o PSD estava no poder camarário, ter sido como que apagado pelas eleições autárquicas com o candidato do PSD Lino Freitas, eis que este rosto aparenta chegar-se novamente à “linha da frente”, sendo que neste congresso discursou como delegado barquense do PSD. Poderá ser este um dos nomes que se costuma especular por esta altura dos mandatos para as próximas eleições autárquicas? A julgar pela aparência nas fotos, está um homem mais maduro…, mas pelo discurso, dizendo que com Menezes no PSD, os portugueses vão ter “razões para acreditar”, parece que ainda tem muito para amadurecer… Logo veremos, não hajam pressas. E não se pense que este é o único, se realmente se estiver a “chegar à frente”. Já se notam movimentações para postos nas listas dos partidos também na esquerda barquense (basta andar-se um pouco mais atento), e muito mais ainda virá no tanto no PSD como no PS.
O espectáculo está agora a começar?!
Meninos jsd em grandes palcos
Foi em Torres Vedras que o presidente da JSD de Ponte da Barca, José Alfredo Oliveira, representou com brilhantismo a JSD distrital de Viana do Castelo no XXX Congresso Nacional do partido da dupla sensação Menezes - Santana. O presidente da JSD do nosso concelho viu aprovada (não vemos por onde é que poderia ser reprovada num congresso de militantes do PSD) a moção "Minhotos de Hoje, Portugueses de Amanhã!", que alerta para a falta de desenvolvimento sustentado na nossa região, assim como para os défices na Educação, Formação, Saúde e Turismo. Como não poderia de ser, este blog também destaca os destaques do nosso concelho para fora das suas fronteiras, e desta vez o privilégio foi para a JSD e seu presidente.
Apenas um conselho do barqueiro para a JSD barquense: sigam o vosso rumo e não interpretem como exemplos tudo aquilo que Menezes e Santana ainda vão fazer na liderança central do partido, pois maus tempos poderão vir para vocês.
Se permitem brincar com tamanhos, como fez o líder Menezes com a "estatura política" de Marques Mendes, ainda há tão poucos meses eram meninos, e agora já são jovens de "grande envergadura".