Domingo, 21 de Março de 2010
Maravilhas naturais, turismo... em Ponte da Barca?

Maravilhas naturais, turismo... em Ponte da Barca?

 

Uma excelente notícia, que só vem confirmar aquilo que por este blog e por outros mais barquenses tem sido pensado e dito: As Maravilhas Naturais do nosso concelho apresentadas revelam que os potenciais cultural e turístico em Ponte da Barca não faltam. O que até hoje tem acontecido é que não se sabe explorá-lo. O potencial existe. Uma aposta séria, focalizada, racional e organizada no turismo é que não existe.

Basta analisar e ver os 5 candidatos de Ponte da Barca às "7 Maravilhas Naturais de Portugal": Mata do Cabril (Serra Amarela), Azevinhais da Serra Amarela, a própria Serra Amarela, o Castelo do Livramento e Vale do Rio Froufe. Destes apenas os Azevinhais da Serra Amarela foram apurados para a penúltima fase do concurso, com 77 pré-finalistas. Actualmente o concurso encontra-se na última fase, com 21 finalistas, em que estão abertas as votações para que cada um possa escolher as suas 7 Maravilhas Naturais preferidas de Portugal. Apesar de Ponte da Barca não ter nesta fase de 21 finalistas nenhum representante específico, foi já uma grande prova do potencial dos nossos locais de interesse ter os Azevinhais na fase de pré-finalista, e como único representante pré-finalista da sua categoria no distrito. Foi devido a isso que vimos durante algumas semanas os painéis publicitários às entradas de Ponte da Barca divulgando os tais Azevinhais da Serra Amarela.

 

 

Nesta fase do concurso, que termina a Setembro deste ano, o concelho já não possui nenhum local específico do concelho em votação, possuindo apenas o PN Peneda-Gerês, que inclui no seu território vários concelhos, incluindo o nosso.

Resta fazer uma reflexão de como as autoridades do concelho, nomeadamente a Câmara Municipal, estão a explorar o potencial que mais uma vez foi demonstrado com estes locais de interesse que possuímos. Nesta altura, os painéis publicitários já estão em fase de extinção, e tudo está a cair em esquecimento. Afinal, foi apenas durante algumas semanas que uma boa parte, se não a maioria, ficou a conhecer que temos estas 5 Maravilhas, visto que por exemplo, o pré-finalista "Azevinhais da Serra Amarela", é um local magnífico, do ponto de vista de raridade e conservação natural, mas que passa ao lado das gentes do concelho, isto para não falar fora das suas fronteiras. A estas "Maravilhas Naturais" do concelho juntam-se as "Maravilhas Patrimoniais" e o facto de termos parte do Parque Nacional Peneda-Gerês no território concelhio. Juntando tudo isto temos tudo o que é preciso para fazer de Ponte da Barca uma zona do país predominantemente turística. Temos produto. Falta só saber como apresentar e servir a "ementa turística" que o nome Ponte da Barca pode ser. Mas falta só esse enorme SÓ...


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Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2009
O que significa "património"?

O que significa "património"?

 

"Património" significa "herança paterna", ou por outro lado, "propriedade". No contexto da História, será uma propriedade que é de todos nós, e que em sucessivas gerações é deixado de herança pelas anteriores. Desta forma é algo que nos une, pela sua história, por aquilo que significa, até pela sua beleza subjectiva, e que deveria antes que tudo, ser salvaguardado. Enfim, poder-se-ia aqui a continuar a tentar explicar, mas o barqueiro talvez não seja o mais indicado, e pensa que todas as pessoas sabem o que é o Património Histórico... O que muitas não sabem é o que ele representa, e infelizmente, no nosso país, esse desconhecimento parte logo desde aqueles que detêm o poder político.

Num contexto concelhio, Ponte Medieval, Ponte Romana do Rio Vade e Mosteiro e Torre de Vila Nova de Muía representam as maiores vergonhas daquilo que é o desprezo pelo património das entidades que detêm o poder. Todos eles são Monumentos Nacionais classificados pelo antigo IPAAR, ou actual IGESPAR.

O que se passou recentemente com a Ponte Medieval da vila foi a última grande prova do desprezo pelo património. Uma das imagens de marca da vila de Ponte da Barca para o resto do país, e para os turistas que nos visitam, ruiu. Felizmente não foi nada que pusesse em causa a solidez estrutural da ponte, ou seja, nada que a ponha em risco de vir abaixo. E se fosse? É que esta ponte encontrava-se sinalizada para necessidade de reparação desde 2002 após vistoria de centenas de pontes em Portugal realizadas pela Estradas de Portugal! Enfim, é este o pobre país que o português se vai habituando a ter. As instituições não funcionam, ou pelo menos têm um funcionamento anormalmente lento. Porquê esperar quase 7 anos para se anunciarem as obras de requalificação? A triste reposta é que foi preciso esperar que a ponte ruísse. No meio de tudo isto, o cidadão assiste na imprensa nacional a declarações do vereador da Protecção Civil, José Pontes, dizendo que a Estradas de Portugal foi lenta no processo de reabilitação da estrutura, e que as obras já estavam previstas para Março ou Abril. Façamos um esforço e acreditemos que tudo não passou de coincidência... Por outro lado a Estradas de Portugal diz que as obras de reabilitação irão começar antes do próximo Inverno, e que a reparação da parte que desabou se faria em 3 ou 4 semanas. Aliás a garantia da reparação começar de imediato e levar 3 ou 4 semanas foi de José Pontes. Infelizmente, os cálculos parecem estar errados... No fim de tudo isto, não seria sensato remodelar toda a ponte e fechá-la à circulação automóvel, como no vizinho concelho de Ponte de Lima?  Aproveitemos o que de mais rico temos para o turismo. E não é só o barqueiro que o diz: são dezenas de pessoas de todo o país que se manifestaram nos espaços de opinião online dos jornais nacionais. Afinal trata-se de algo com cerca de 500 anos...

 

 

E a Ponte Romana do Vade? Sim! O que é feito dela? É que caiu num esquecimento preocupante! O anterior executivo tratou do seu encerramento, fez uns remendos em cimento, imagine-se, e assim ficou ao abandono, sem a beneficiação que estava prevista. Quando o novo executivo estava de chagada, tudo se iria fazer, e ainda nada se fez... e ainda pior, caiu em total esquecimento!  A forma como se "enterra" vestígios únicos de há quase 2000 anos é assustadora.

E que dizer do conjunto do Mosteiro e Torre de Vila Nova de Muía? Ruína é o estado em que a Torre contigua ao Mosteiro se encontra, e já há muito! É que para além de manutenção necessária no Mosteiro, a Torre está a cair. A aparente descontracção dos responsáveis tem sido também ela assustadora e preocupante. Em recente entrevista ao "O Povo da Barca", o presidente de junta da freguesia, Abílio Silva, mostrou pelo menos estar atento. E as restantes partes? Nada se ouve e nada se tem ouvido. Deveria haver um esforço conjunto de presidente de junta, presidente de Câmara, o proprietário privado da Torre e do IGESPAR... isso nunca se viu. Os políticos mostram sofrer da habitual "cegueira", e o privado que detém a Torre Medieval tem mostrado sofrer de falta de bom censo. Afinal, o empresário da vila de apelido Lopes não deveria pensar melhor naquilo que tem nas mãos? É que de gente que "não ata nem desata" já estamos bem cheios, infelizmente. O barqueiro é da opinião de que os possuidores de património histórico façam o correcto uso deles, e se esse não é feito, então que impere sobretudo a consciência do privado e do poder político, para que a se ponha o superior interesse do património, que é do interesse de todos, em cima da mesa.

 

 

Para que actos como o de colocar condutas e tampas de saneamento em vias romanas, como em anterior executivo, sejam apenas uma triste história pertencente ao passado...

 


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Sábado, 23 de Junho de 2007
Boletins "escarrativos"

Boletins escarrativos "

Os "Boletins Informativos" distribuídos desde o início deste ano dando a conhecer as Freguesias de Vila Nova de  Muía , Entre Ambos-os-rios, Britelo e Bravães são o exemplo não só do que de melhor se faz nessas mesmas terras, como dos seus "escarros", não específicos de cada local, mas sim os "escarros" que só os barquenses conseguem fazer: algo que já faz parte da sua caricatura.

Voltando um pouco atrás, esse boletim, e segundo excerto do seu "editorial" "(...) surge no sentido de informar a população sobre eventos, cultura, economia, tradições, gastronomia, paisagem e outros que contribuam para a elevação do conhecimento e para a sua valorização pessoal."

 

Resumindo: Tretas!!! Não chegando ao ponto de tanto "deitar a baixo", verdade seja feita: algumas destas áreas foram destacadas, como sejam os "eventos" e "tradições".

Foram destacadas, e bem, os projectos da Associação Social e Cultural de Britelo , desenvolvendo interessantes actividades de acção social e desportivas para os mais jovens, o centro Social de Ambos-os-rios, no apoio a idosos, a prova de motocrosse Taça de Ouro "Terras da Nóbrega" em Vila Nova de Muía , a representação teatral em Bravães da Mui  Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo", o Voluntariado Jovem para as Florestas e Sapadores Florestais de Entre Ambos-os-rios, etc. Até aqui tudo muito bem. Já no que diz respeito às tradições, estas são extremamente valorizadas, como já é hábito nas nossas freguesias. Porquê não acabar com pelo menos metade delas, dedicando-lhes um mero papel de divulgação cultural e não de "borgas à moda antiga"? É que o problema é que estas "roubam" habitualmente lugares de destaque para o património natural e arquitectónico, que afinal é a maior potencialidade do nosso concelho e até do país.  Querem exemplos? Então vejam este "boletim", e vejam a importância atribuída ao património histórico, por exemplo. Vêm-se fotografias da "Anta de Chão de Cabanos " em Britelo , da Igreja de Bravães, da "Fonte Santa" também em Bravães, de uma ponte, nem se sabe se romana se medieval, em Entre Ambos-os-rios, etc.  E a história destes monumentos, estes sim, dos maiores valores destas freguesias? Alertam-se aqui os senhores José Domingos Fernandes, José Alberto Cerqueira e Inocêncio Araújo por serem os presidentes de junta das freguesias referidas e acerca das quais escreveram. Por favor, não sigam maus exemplos que vemos por este país fora, e valorizem os seus monumentos, que são das maiores pérolas das vossas freguesias, e às quais muitas dão-se ao luxo de não possuir. E querem saber que mais? Façam como o senhor Abílio José Silva, o presidente de Vila Nova de Muía , que neste aspecto merece os maiores elogios em dedicar uma página de referências históricas do grande símbolo patrimonial que é o Mosteiro de Santa Maria de Vila Nova de Muía . De referir também a torre medieval da aldeia, pertencente à estrutura do mosteiro, cujo triste estado em que se encontra se deve a um proprietário com pouco sentido do que é possuir um património arquitectónico histórico.

 

 

 

Mas, eis que no fim do contas todo este bonito e muito estático "Boletim" de divulgação destas freguesias, exibe uma das maiores "fachadas" aos leitores: os sites das Juntas de Freguesia, cujo facto de estarem integrados num programa de modernização administrativa têm feito apenas com que estejam inacessíveis aos cibernautas há pelo menos alguns meses, depois de alguns deles já terem estado activos e actualizados. Será o típico desleixo barquense, em que algo só dura enquanto é novidade?


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