Sábado, 8 de Agosto de 2009
Dossier Autárquicas 2009

Dossier Autárquicas 2009

 

As épocas eleitorais estão à porta, como já todos se aperceberam pelas "abelhinhas loucas " que começam a pairar por aqui e por ali. Falando em particular das autárquicas, que mais directamente dizem respeito ao nosso concelho, é mais um dos momentos cruciais para o futuro de Ponte da Barca. O que é verdade é que em todos estes anos de democracia nenhum acto eleitoral quebrou a mediocridade pela qual a gestão autárquica se tem caracterizado, apesar do poder que o voto pode ter.

Por que será que o voto do cidadão barquense não tem esse poder de manifestar o descontentamento e a pretensão de um rumo diferente? Os políticos certamente escapariam à questão, dizendo algo como "o povo é soberano; a sua decisão deve ser respeitada". Não discordando desta "costela democrática" que todos se gabam de ter, o barqueiro arrisca-se a avançar uma hipótese para a falta de utilidade do voto. Infelizmente a resposta poderá estar neste blog, nas secções de comentários a artigos. Basta ler muitos dos últimos comentários, para ver algumas das tais "abelhinhas". São as "abelhinhas" que durante quase todo o mandato andam silenciosas e recolhidas às suas "colmeias", são até capazes de dizer "ámen" à velha máxima de que "são todos iguais, os políticos" na conversa de esquina, e só elas parecem realmente saber a receita para um concelho melhor e para o bem, e só o bem, de todos os barquenses. Só quando cheira a eleições e época de propaganda é que se começam a ver, por aqui e por ali, apoiando ferverosamente as medíocres forças políticas de "sempre". E é mais ou menos assim que se vai perpetuando a política que temos: a da espiral "poder-dinheiro-poder", como já disse o bastonário Marinho Pinto.

É basicamente esta a base do descontentamento político do barqueiro, e pelo qual tenta fazer crítica e opinião num blog. Sendo um blog, trata-se também de um espaço aberto a todos os que pela net navegam. Tudo é permitido, desde opiniões políticas, sociais, económicas, gastronómicas, elogios, críticas, até falar sobre a "apanha da nêspera". Como sabem, este não é blog partidário, por isso, no que toca a propaganda as "abelhinhas" vieram bater à porta errada. Mas como o barqueiro não gostaria de apagar material deixado pelos seus leitores, a partir de agora, todo o material "propagandístico" será reencaminhado para o post/ artigo "A Colmeia das Abelhinhas".

 

Arrumadas que estão as "abelhinhas", passemos à opinião do barqueiro acerca dos partidos candidatos.

 

Augusto Mariiii... ou Cabral de Oliveira?

 

A dúvida deveria ter sido desfeita no dia 20 de Junho, no jantar de apresentação oficial do candidato à presidência da Câmara pelo PSD. Parece que o candidato oficial, segundo aquilo que mais de 500 pessoas entenderam, de entre apoiantes e jornalistas, é mesmo Augusto Marinho. No cartaz de propaganda, quem realmente aparece é ele, ou o pelo menos o seu clone em Photoshop. O discurso parece assentar na mesma base que o  "mestre" Cabral tinha construído até aí, principalmente através dos seus artigos de "ressuscitação política" nos jornais locais. A "mordaça", o "despesismo", o "hipotecar do futuro" e a "bufaria" são basicamente os pilares em que assenta o discurso feito em relação ao partido opositor no poder. Com eles, e segundos eles próprios, tudo isso acabará, e o desenvolvimento do concelho arrancará. Só ainda não se sabe bem como. Esperemos pelo programa eleitoral que propõem para os barquenses, já que projectos concretos de governação infelizmente ainda não foram devidamente revelados. Uma coisa desde já se pode concluir em relação a estes "novos" pretendentes ao poder (se é que se pode chamar de "novos"!): são extremamente católicos, visto que o velho ensinamento do pároco "não olhes para o que eu faço, olha para o que eu digo" se lhes aplica na perfeição. Toda esta "velha malta", que se quer disfarçar de "nova", sabe apontar muitos dos defeitos do actual executivo, só que muitos desses defeitos foram também seus quando passaram pelo poder. Sim, porque parecendo que não, toda esta "malta" já esteve no poder e tem a sua quota parte de responsabilidade na mediocridade actual. Ou melhor, parece mesmo que passaram o testemunho dessa mediocridade ao actual executivo. Realismos à parte, falemos da febre partidária. Pelas imagens do Jantar de apresentação, os níveis "febris" estiveram altos, como acontece sempre que há comida, bebida, muita gente e bandeiras. E deverá ser para aumentar...

 

 

 

A "missão" Augusto Marinho ao poder está lançada. E parece assentar numa forte vertente tecnológica, com locais na net, como site oficial, blog e até twitter. Veremos se fará assim tanta diferença na realidade do nosso concelho. A julgar pelas fotos na web, o mais fotogénico parece ser o "velho" Cabral de Oliveira. E mais do que isso: a julgar pela actividade partidária, Cabral de Oliveira parece ser até o candidato à presidência. É que antes e depois da apresentação de Augusto Marinho só tem dado Cabral de Oliveira. É ele que é a voz do partido para as próximas eleições. É ele que "abafa" Augusto Marinho nesta propaganda partidária do PSD. É que com expressões como "Chorrilho das promessas" (in Notícias da Barca, 24 de Julho), Cabral de Oliveira "abafa" qualquer um! E para tornar Augusto Marinho cada vez mais um "beto" JSD, foi mais uma vez Cabral de Oliveira que fez notícia com o PSD local mais recentemente, ao anunciar a candidatura à Assembleia Municipal. E com a frieza, ou... como é que se diz..., "lata" própria de um político disse "Sou candidato em nome da seriedade, da transparência, do rigor...". Mais uma vez a velha máxima do pároco vem ao de cima: "Não olhes para o que eu faço (ou fiz), olha para o que eu digo". Pode-se dizer que disfarçar é coisa que o muito experiente Cabral de Oliveira ainda não domina na perfeição. Isto porque ao tentar disfarçar o facto de basicamente ser ele o PSD concelhio, tendo como presidente do plenário a "mulher d'armas" Rosa Arezes, ter dito em relação à sua candidatura à assembleia municipal "Resolvi (...) aceitar o convite que me foi formulado pela Comissão Política do Partido Social Democrata".

Entretanto mais uma figura do PSD foi definitivamente "seca" pelo PSD/ Cabral de Oliveira: Olinda Barbosa. Em geito de despedida da vereação da câmara escreveu para o jornal com o título: "Final de mandato. Onde paira a maioria PS?". Seria também caso para os preocupados com o PSD local perguntarem "E onde vais parar tu depois de terminar este mandato?".

Por último, outra coisa que o período pré-eleitoral trás é a emersão à praça pública de algumas figuras dos partidos. Desta última foi Francisco Fernandes, que no discurso na Assembleia Municipal, publicado no Notícias da Barca, disse "(...) este executivo contratualizou com uma entidade privada a elaboração de um plano estratégico, admitindo, assim, não ter (...), capacidade nem qualquer projecto para o desenvolvimento sustentado do Município.". Mais um belo recorte da política local, no qual um deputado da assembleia municipal critica um dos poucos exemplos de boa política do actual executivo, na base de qualquer boa gestão: realização de estudos, idealmente multi-disciplinares, para levantar as necessidades e prioridades de uma gestão, e ordenar medidas consoante as prioridades. Ainda para mais usando essa crítica como atestado de incompetência do executivo que a encomendou.  Apesar da gestão actual ser duvidosa, muito criticável e algo caótica, a crítica usando a execução de um Plano Estratégico é o fresco da gestão política feita em "cima do joelho" que até hoje tem sido praticada.

 

 

Um Executivo dos buracos e dos empreiteiros

 

Do executivo actualmente no poder muitas obras se estão nesta altura a ver, nomeadamente no campo do betão e do alcatrão. Aliás, apesar do barqueiro não possuir os dados exactos, este é aparentemente um dos mandatos em que mais se gastou em betão e alcatrão. Temos a nova Câmara Municipal, inaugurada antes de acabada, temos o novo posto de GNR, que atendendo às dimensões mais parece um posto de comando distrital, temos os centros escolares e lares de idosos, que vão começando a ser construídos, temos também as remodelações das entradas sul e este da vila. Os apoiantes deste executivo, ou como atrás se disse, as "abelhinhas", neste caso as do PS barquense, até poderiam estar aqui a acrescentar mais obras. Fiquemos apenas por estas que já são suficientes. Relativamente à Câmara Municipal muitos euros foram gastos, inclusivé em mobiliário. Já a qualidade de contrução (querendo o barqueiro armar-se em pequeno empreiteiro) deixa a desejar, a menos que a aparante "mobilidade" da pavimentação em pedra da câmara e do largo do Urca seja uma nova forma de construção. Os centros escolares, posto de GNR e lares, sim senhor, venham eles. Mete alguma impressão ver mais de 3 milhões de euros só para a construção de 2 destas infraestruturas, como foi noticiado há poucos meses. Talvez seja a costela do português provinciano dos nossos políticos, que sempre se lamentando da crise e da falta de dinheiro não põem de parte as suas "extravagâncias". Ou talvez seja a habitual necessidade de mostrar estradas e boas e grandes paredes de betão, para o "povo" se iludir na sua decisão eleitoral. Relativamente às entradas da vila, finalmente temos entradas decentes para uma vila, particularmente a este, que já está praticamente pronta. Independentemente das críticas que se possam apontar ao desenho do projecto em si, finalemente temos bons passeios e bom asfalto. Falta agora a entrada sul, que já anda em obras (finalmente a mítica rotunda de plástico acabou!). A entrada oeste também merecia uma intevenção futura do género.

Enfim, o frenezim pré-eleitoral do betão está ao rubro, com a execução de obras de forma algo caótica, fugindo aparentemente a qualquer tipo de planeamento estratégico. Milhões andam a ser gastos. A curto prazo veremos que resultados práticos trarão para o concelho. Como não podia deixar de ser, quem também anda muito ocupado neste período pré-eleitoral, para além dos políticos, são os empreiteiros. Basta ver as construções do boss Artur Freitas, para vermos quanto a câmara municipal conta com a ajuda deste "obreiro" do nosso concelho. Enfim, cada mandato, cada executivo tem o seu "obreiro", e este mandato é do referido. Referência ainda para um outro "obreiro", ou melhor, sociedade familiar de "obreiros" que tem saído quase do anonimato no mundo das empreitadas neste mandato autárquico. Apesar da qualidade das obras ser muito duvidosa (como o exemplo do largo do Urca, ou então o restauro da ponte medieval), são a eles que devemos muitas obras que vão sendo construídas. É este o poder que a política tem.

 

 

 

Mas o barqueiro não se esquece das "preocupações sociais" que pairam no ar. Veja-se a "malta" do CDS barquense, cujo partido não premiava o seu esforço e dedicação pelo concelho. Onde foi que arranjaram esse "premeio"?... no executivo PS. Cargos de vereação, presidência da Associação Amigos da Barca, que ninguém sabe muito bem para que serve, e ainda gerência e criação de "emprego" (chamem o que lhe quiserem) com a construção de novos lares previstos.

Quanto à posição do executivo no que diz respeito à criação ou não de indústria no concelho, ninguém sabe muito bem o que têm na mente, ou se têm alguma coisa. Aposta definitiva no turismo como actividade económica central do concelho ainda pouco foi visto (excepção para a promoção da vertente histórica na produção hidroelétrica, em Paradamonte, e o Festival de Música Celta). Falta estratégia nestas áreas. E a ponte de Lavradas? Um "presente" que Vassalo queria dar a Lino Ventura, sem olhar para o preço... o problema foi agora que olhou para o preço... Agora, ponte de Lavradas, talvez só se for de canas. O projecto da Zona Desportiva foi aparentemente abandonado. Com várias datas de início anunciadas, nenhuma delas foi verdadeira, e desta última decidiram-se por uma pequena remodelação do que existe. Caiu-se mais uma vez no erro de não seguir um plano, uma estratégia de execução das políticas e das obras. Agora que as eleições estão à porta, quer-se fazer todos os projectos impossíveis de fazer num mandato: começa-se a meter em obras tudo quanto é sítio, e pelo caminho outros projectos ficam pelo caminho. Quer-se mostrar que se fez mais betão que no mandato anterior. E assim o concelho tem navegado, navega, e há-de provavelmente continuar a nevegar, pelo menos nos próximos anos.

Entretanto, não só no PSD alguns "ressuscitaram". No PS foram logo 2 de uma só vez. O regresso de Miguel Pontes (quem não se lembra do caso Miguel Pontes - Isabel Pedro? http://nadasobreabarca.blogs.sapo.pt/36889.html) e o do José Amaral. Miguel Pontes publicou o seu discurso de Assembleia, onde fez não mais do que o balanço de 4 anos de governação PS. Acusou as vozes opositoras de "confundir arrogância com ambição". Basicamente as maiores forças políticas acusam-se do mesmo. Não é que estejam erradas. Não conseguem é avaliar-se a si próprias. Confiante na vitória diz que o próximo mandato haverá a "a mesma determinação e seguramente redobrada confiança". José Amaral, esse líder da recém JS, desaparecido da comunicação após a fundação oficial desse órgão de juventude partidária, vem no fundo fazer o mesmo e ainda mais, ou seja, propaganda ao presidente da câmara Vassalo Abreu: "4 anos de progresso" com  Vassalo Abreu, um homem com o qual "se fala na rua, que não mudou por ser presidente e que a todos trata por igual, sejam ricos, sejam pobres!". É de facto espantoso como o líder de uma Juventude partidária consegue reger-se pelos livros dos velhos políticos, os livros do populismo e do vazio de ideologias e convicções.

 

 

 

 

Assim vai a política em Ponte da Barca... Como sempre estão mais em jogo pessoas/ candidatos do que ideologias e estratégias, porque essas parecem ser basicamente as mesmas, e as mesmas de sempre(se é que existem!)...

 

Vai ser difícil escolher!...

 

 

 


 

 

NOTA de "O Barqueiro" a 9 de Agosto de 2009:

 

Após comentário deixado a este artigo, o barqueiro pretende esclarecer aos leitores aquilo que realmente quiz dizer com a análise (feita neste artigo) ao discurso do deputado Francisco Fernandes na Assembleia Municipal e publicado no "Notícias da Barca". O barqueiro pretendeu só, e apenas, criticar o facto de se usar o argumento de que a encomenda do Plano Estratégico a privados é uma prova da falta de capacidade e de projectos do executivo eleito. A má gestão deste executivo camarário poderá ter diversas causas e facetas. Mas a execução de um estudo/ plano supostamente para levantamento de prioridades e elaboração de estratégias não é em si prova da falta de capacidade. Poderia até ser prova de uma gestão metódica e ponderada, caso fosse esse o caso da nossa Câmara. O facto de um político usar este discurso/ argumentação demonstrará por isso falta de qualidade política, ou a prática da política de medidas em "cima de joelho", pois encomendar estudos não é sinal nem prova de ignorância de uma gestão, antes pelo contrário. Como saberão, é difícil haver diversidade de capacidades técnicas nos membros de um qualquer órgão de gestão para realização por si próprio de grandes estudos, muitas vezes multidisciplinares, daí que seja algo de ponderado encomendar estudos/ planos.

Desta forma, o barqueiro pretendeu apenas demonstrar a crítica de um político à má gestão da Câmara, caindo no erro de pegar por um dos poucos, se não quase único, aspectos positivos da gestão do mandato actual. Já a falta de capacidade, ou outro tipo de "areia na engrenagem", para pôr os medidas desse Plano Estratégico em prática é outro assunto, com os quais, esses sim, o barqueiro poderá ter considerável grau de concordância com o visado.

 

Espera-se que a compreensão dessa reflexão do barqueiro seja assim melhorada. As desculpas pela possível falta de clareza na elaboração dessa área do artigo..


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Domingo, 24 de Maio de 2009
Pontes da decadência

Pontes da decadência

 

 

Realizou-se, como foi notícia amplamente divulgada, o “III Encontro Nacional de Pontes” na nossa vila.

“Onde é que estava quando soube que ia haver por cá um encontro de Pontes?”

Esta é uma questão que poderia ser feita aos barquenses, e cuja resposta iria ser muitas das vezes: “O que é isso?”, “Encontro de Pontes?”. Pois bem, aqui vai o objectivo oficial deste encontro que vai na terceira edição: “troca de experiências, a construção e debate de novas estratégias com o intuito de continuamente puderem servir melhor e com mais qualidade as populações que representam” in “O Povo da Barca”. É algo muito vago, é certo. Talvez seja apenas uma reunião de políticos em tempo de crise de credibilidade, à custa do dinheiro público, diriam uns, ou talvez um encontro de intercâmbio cultural e de vivências entre terras tão diversas como aquelas que possuem como denominador comum a palavra “Ponte”, diriam outros. Enfim, haverá opiniões para todos os gostos.

Mas a do barqueiro será talvez muito particular, talvez pela sua ignorância (e vejam lá se não é “burrice”!). Ia o barqueiro passeando pela vila quando pela primeira vez se deparou com o anúncio deste evento. Ficou na retina e no pensamento “Encontro Nacional de Pontes em Ponte da Barca”. Não se lembrando das anteriores edições, despercebidas, noutras localidades, veio um sentimento de “graça” despertada pelas várias interpretações humorísticas desligadas do verdadeiro contexto. O problema deste executivo camarário com as pontes é mais que conhecido: uma ponte cai lentamente aos pedaços sem que ninguém trate da sua velhice deteriorada, e por outro lado um executivo sedento de votos quer dar uma ponte de milhões a um presidente de junta “guloso”, de um partido opositor. Ora imediatamente associando este “Síndrome Demencial de Pontes” do executivo a tal anúncio de um “Encontro de Pontes em Ponte da Barca”, o barqueiro disfrutou por breves, mas deliciosos momentos de bom humor. Claro! Que noutra localidade as “pontes” poderiam mais desejar vir e reunir-se que em Ponte da Barca?!

 

 

 

Passado o “Encontro de Pontes”, algo tocou bem lá no fundo da alma dos políticos que governam estas terras, no que diz respeito a esta temática de “pontes”. E não foi a vontade de dar descanso a uma velhinha ponte para que possa ser devidamente recuperada para as suas funções! Começaram a ser descarregadas pedras e terra no rio Lima junto à ponte, para que as máquinas possam ter acesso à protecção do pilar central desmoronada através da margem norte. Mas será que começaram realmente? Será que a empresa que por lá se viu tem nas mãos o restauro do nosso belo monumento? Como é que uma empresa inicia os trabalhos antes de um projecto ou plano de restauro ser concluído? Entristece ver uma ponte a cair e mal tratada ainda a fazer a função da travessia de automóveis. Entristece ver que de uma ponte só funcione quase “meia” ponte. Entristece o cenário de turistas que visitam a vila tirarem fotos a um monumento utilizado até aos nossos dias a ruir. Entristece ver que a incompetência dos políticos somada à das Estradas de Portugal obrigue a “tapar-se os olhos” àqueles que deveriam beneficiar do serviço público com pseudo – inícios de restauros marcados não se sabe para quando.

 

 

 

 


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Domingo, 29 de Março de 2009
Instabilidade meteorológica na zona ribeirinha

Instabilidade Meteorológica na zona ribeirinha

 

A ponte está desmoronar-se, o choupal foi cortado… O que virá a seguir? Seca-se o rio Lima?!

 

Após o tristemente caricato episódio do desmoronamento de uma parte da Ponte Medieval, soube-se que a ponte estava sinalizada há uns anos como necessitando de beneficiação. José Pontes, vice-presidente e vereador da protecção civil, veio dizer ao país, porque se tratou de um assunto dessa mesma dimensão, que a ponte iria estar fechada 3 a 4 semanas para a realização das devidas obras da parte desmoronada. O barqueiro avançou que as contas estavam provavelmente erradas, e hoje o resultado está à vista. O que está prometido, pela Estradas de Portugal, é que o projecto de reabilitação de toda a ponte esteja pronto até ao Verão, para que as obras arranquem antes do próximo Inverno. O que é que se há-de dizer? E o que pensar de políticos que, como José Pontes, dizem em plena Assembleia Municipal acerca da ponte que “Não tenho as melhores aptidões para o mergulho”? E isto já não é má-língua… É algo que faz parte de passar ou não a imagem de seriedade na política…

 

 

Ainda que ninguém queira “mergulhar” quando pela ponte passar, a imagem do mergulho devida a uma ponte em “ruínas” não deixa de ser a imagem que Ponte da Barca transparece, no que respeita ao seu nível de desenvolvimento, que não é mais do que estagnado. Infelizmente, a promessa de mudança trazida por uma viragem à esquerda, tendo em conta que a direita governou durante muitos anos, poderá não passar de uma miragem para os que nela acreditaram. E isto “poderá”, porque segundo o Plano Estratégico, recentemente divulgado no “Notícias da Barca”, a maioria dos projectos para o concelho não será concretizado neste mandato, pelo que o apelo ao voto está já a ser feito. Um plano como este é, em verdade, necessário. Mas é concretizável? Não seria melhor definir bem prioridades mais urgentes? Serão todos os projectos financeiramente possíveis e com retorno para o concelho? Parece que estamos condenados à pequenez, e a prova disso é o anúncio da construção de mais um mini-campo de futebol, para além do que já existe… entretanto, a zona desportiva tão almejada e mais necessária onde está?

Mas como nem tudo é mau, há que também saber elogiar… E o destaque do barqueiro vai para a requalificação das estradas EN 101 e 203. Já há muito necessária, a requalificação dessas vias permitirá finalmente ter boas vias de acesso no concelho, principalmente boas vias de entrada na vila. Espera-se assim que os buracos e o mau aspecto dessas vias, para quem vem de visita à nossa vila, por exemplo, acabem.

 

Regressando à zona ribeirinha da vila ponte está entretanto transitável, mas nas tristes figuras em que se encontra. Tem remediado, e os motoristas de veículos de mais de 2,2 m que o digam! Tem sido um divertimento tentar acertar nas placas colocadas sobre a via. Ponte da Barca teria que aprender a viver sem esta passagem sobre o rio Lima, mas parece que ninguém tem vontade de mudança, por mais pequena que seja.

 

Entretanto, talvez devido ao facto da zona ribeirinha ser uma zona de instabilidade meteorológica, já não chegava a queda de parte da ponte, e o choupal foi varrido por um fenómeno que o transformou num parque de troncos. Não é que seja uma expressão artística de um qualquer criador, é tudo por uma questão de “segurança”! Segundo o inevitável José Pontes, “Quando se trata da segurança dos cidadãos, não pode haver negligência”. Mais um dos elementos do tão apregoado “postal” turístico de Ponte da Barca que foi perdido: o choupal. Parece que a solução técnica passa pela plantação de “árvores de copa mais abrangente”, tudo patrocinado por mecenas. A ver vamos, nesta terra de fortes e devastadores “vendavais”.  

 

 

 


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Domingo, 16 de Novembro de 2008
Políticos vão às aulas... mas não estudam!

Políticos barquenses vão às aulas... mas não estudam!

 

Ir às aulas, até vão, já que segundo a imprensa "não havia cadeiras vazias". Mas quando é o momento de aplicar os conhecimentos, aí o "tombo" é brutal! Como é?! Não se estuda! Ou onde é que estão com a cabeça quando estão nas aulas?

 

 

 

A última "aula" que tiveram, neste ciclo de "aulas" designadas oficialmente por "Quintas na Barca", foi sobre "PDM e o Ordenamento do Território". E pronto... se o barqueiro se ficasse só por esta frase já certamente se aperceberiam porque é que "vão às aulas" mas "chumbam" nos derradeiros "testes".

Coisas bonitas forma ditas nesta espécie de seminário sobre o ordenamento do território. Não menos bonitas e conhecidas foram algumas das caras que intervieram nesta sessão após as explicações dadas por Engenheiros e Arquitectos convidados para a dar. Falou-se de terrenos urbanizáveis, de reservas agrícolas, zonas industriais ou empresariais e até no Parque Natural. Mais "gozo" dá ainda ouvir nomes a se pronunciarem sobre o assunto como João Esteves, José Manuel Amorim, Vassalo Abreu e Cabral de Oliveira, entre outros. Todos estes dados estão lançados... e daria "pano para mangas". Contudo o barqueiro não gostaria de se pronunciar muito acerca de Ordenamento de Território, até porque depois dos discursos proferidos pelas personalidades presentes o barqueiro até se sente ignorante. Além disso não se atreve sequer a por anos de experiência em causa na área da construção e urbanismo de figuras como Cabral de Oliveira e João Esteves... certamente que não é uma noite inteira de "Quintas na Barca" que se relatariam todas as suas experiências nessa área. Vassalo Abreu, esse ainda há pouco começou a acumular esse tipo de experiência, mas também qual não é o político que num mandato adquire os conhecimentos base destas áreas. E José Manuel Amorim, que fazia esse senhor a discursar nesta noite? Ninguém sabe muito bem, mas que sabe do assunto, lá isso pareceu que sim...

E o pior de tudo isto. O pior é quando se chega aos "exames". É quando se tem que por os conhecimentos de PDM e Ordenamento do Território em prática que surgem as calinadas das maiores. Têm sido anos e anos de calinadas , apesar de ninguém falhar estas "aulas". Veja-se a última grande calinada dada pelos políticos da terra: ao por os conhecimentos de urbanismo em prática raciocinaram mal, talvez erro de cálculos, e em vez de sair um edifício de um novo lar como mandam as regras dadas nestas "aulas", saiu afinal um "poio", e dos grandes!

 

 

 

 


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Domingo, 2 de Novembro de 2008
Uma oposição de bitaites

Um PSD de Bitaites, um PS de Obras...

 

Onde está a oposição política em Ponte da Barca? Onde anda esse anunciado "novo" PSD do velho Cabral de Oliveira? O barqueiro e uns mais barquenses já a viram... é certo. Mas o fulgor inicial com que a comissão política de Cabral de Oliveira se apresentou há já algum tempo que se esvaneceu...

Não é que esse fulgor não tenha sido surpreendente... Sobre isso este blog já se expressou o suficiente: esse fulgor não foi mais do que uma proposta anunciada como "inovadora" para o concelho, mas com muitas "caras velhas", que se baseou no ataque ao que este PS tem feito em comparação com os anteriores executivos do PSD. Foi aí que este PSD depressa acabou com o factor surpresa nos eleitores barquenses: criticar o PS tudo bem, mas comparar com um modelo de governação PSD que já tardiamente foi chumbado pelos barquenses?! Bem, ... entre o que até agora se conhece dos 2 partidos... "venha o Diabo e escolha!". Veremos como o actual executivo joga com o velho trunfo político "obras públicas em véspera de eleições"...

Acabado o anúncio de um "novo rumo" para a Barca, essa oposição tem limitado a sua actividade a "bitaites jornalísticos". A cada número dos jornais barquenses lá vem um artigo de crítica escrito por alguém do partido... O que se tem tornado numa monotonia que faz esquecer os barquenses que estamos à porta de ano de eleições, e de que, mais importante que isso, se existe, qual as alternativas políticas disponíveis para Ponte da Barca.

 

Há umas semanas atrás o "bitaite" acerca da manobra de campanha rosa da distribuição dos já "míticos" Magalhães pelas escolas...

 

Depois veio a visão de, lia-se no título do artigo, "(...) um deputado municipal sobre as obras na vila". Falava da destruição de empedrados medievais de seixos rolados, como em frente ao Palacete de Sto António do Buraquinho. Um atentado ao património histórico local, mas que o próprio partido que ele representa também já praticou nos seus executivos: quem não se lembra das obras onde se levantaram as pedras de um caminho romano junto à Rua Trás do Forno para colocar tampas de saneamento?! E assim se escreveu um artigo em que a humildade de identificação do autor presente no título foi substituída pela atitude típica de um "varão político" na assinatura do mesmo: "Augusto Cezar de Magalhães Sant'Ana (Prof. Doutor)".

 

Mais recentemente lá vinham outra vez: "Câmara manda GNR para longe". É certo que desta vez têm crítica construtiva ao terem a alternativa de fazer esse mesmo quartel no actual Quartel de Bombeiros, de modo que as forças de segurança ficassem no centro da vila...

 

É necessário mais do que "quase insultos", como já vimos quando reapareceu Cabral de Oliveira, e como certamente voltará a acontecer, e é necessário mais do que queixas daquilo que é feito pela câmara actual... E já agora também se passa sem as comparações com os anteriores executivos... é que só é útil para ver qual o mais "fraquinho"...

Quanto ao PS, não tem feito mais do que tradicionalmente e infelizmente compete a quem está no poder político: mostrar obras quando as eleições estão à porta... nem que sejam apenas máquinas a mexer!

Ponte da Barca necessita de "um novo rumo", como já foi dito por esta nova "velha" Comissão política laranja. Algum dos políticos da terra pode fazer o favor de demonstrar qual o novo rumo tão ambicionado?

 

 

 


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Domingo, 20 de Janeiro de 2008
O Porquê do Lisboa – Ponte da Barca 2009

O Porquê do Lisboa – Ponte da Barca 2009

Após a Era Lisboa – Dakar



A propósito da coluna do “Assim… Sim!” e do “Assim… Não!” do “O Povo da Barca”, que referia o estado de degradação da estrada nacional 203, o barqueiro não pode deixar de vir apelar às instituições e organizações deste Portugal e de França para que o próximo grande rali TT do mundo continue a ter partida em Lisboa nos próximos anos. Parece algo pouco possível, dado que a ameaça terrorista não se resolverá num ano. Mas na realidade é possível o “Lisboa – Ponte da Barca” já para o próximo ano. A proposta consiste em aproveitar estradas que estejam em condições para o TT desde Lisboa até ao nosso concelho, sendo as últimas etapas, a realizar no nosso concelho, as mais árduas e exigentes para os pilotos, onde o pódio se poderia decidir só na última etapa. A entrada no concelho poderia ser feita por essa mesma estrada 203, vindos de Ponte do Lima. Chegados à vila, aproveitar-se-ia ainda o magnífico pavimento da estrada a que ainda muitos não sabem explicar por que se chamará variante e dos acessos à zona escolar, com o perigo a espreitar de forma matreira num buraco (abismo) escondido pela água das chuvas. Caso a taxa de “remeximento” do pavimento das ruas da vila se mantenha daqui a um ano, pode-se ainda aproveitar os lameiros dentro da vila, de onde a população terá vista privilegiada para o rali directamente das janelas dos seus lares.  


 



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