Roubos em Ponte da Barca City
Segundo fontes de informação locais, "larápios levaram saco cheio de ouro da Ourivesaria Dias". O barquiero quer destacar que esta notícia surge na sequência de outros roubos, que se vão tornando cada vez mais frequentes nestas terras. Este último assalto, a uma ourivesaria, foi feito em plena hora de almoço. Os assaltantes actuaram com a cara destapada, e com um carro com matrícula falsa. Felizmente para estes assaltantes a gravação de imagens por videovigilância ainda cá parece não ter chegado.
A julgar pelas fotos dos jornais locais, muita gente esteve disponível para o típico rescaldo "à portuguesa", que normalmente se faz a seguir a um desastre, como nos "típicos" acidentes de viação. Com tal afluência de público, o barqueiro nem quer imaginar se o assalto tivesse ocorrido num Domingo ao fim da missa, ou no fim de um dia de trabalho. Provavelmente o estabelecimento afectado ficaria totalmente tapado pela multidão que estaria presente.
Não foi o primeiro nem provavelmente será o último assalto em Ponte da Barca. Convém referir que os casos de burla especialmente a idosos têm aumentado. Muitos são aqueles que se têm aproveitado de barquenses envelhecidos, atrasados e isolados nesta terrinha à beira Lima. Bastará ver a quantidade de pessoas que ainda invadem a vila em Quarta-feira de feira quinzenal, como se viessem todas essas quartas pela primeira vez à vilinha. Segundo o "Povo da Barca", têm sido esses os momentos certos para burlar estas pessoas que tanto apreciam o ambiente feirante, mesmo que muitas vezes tenham pouco dinheiro para gastar ou pouco para comprar.
Há contudo pontos de vista positivos que podem ser retirados daqui: quanto mais urbanizado for um meio mais criminalidade em princípio haverá para combater. Este concelho está assim a tornar-se Ponte da Barca City por uma ordem não convencional de acontecimentos. O crime está a surgir primeiro em relação ao crescimento económico e urbano da vila. Continuámos sem uma grande superfície comercial, que devido a lobbies (empresários com "panelas" de poder montadas) instalam-se no concelho vizinho de Arcos de Valdevez, com a desculpa de poder afectar o "promissor" Comércio Tradicional barquense, não existe uma zona industrial há muito ambicionada nos "esbeltos discursos" barcalhoenses, temos uma espécie de circular externa para o trânsito que a julgar pelas condições do piso poderá tornar-se uma pista todo-o-terreno ou um caminho florestal, já há um parque subterrâneo (para as moscas se protegerem do calor no Verão e os sapos hibernarem) e piscinas municipais (= "carroça à frente dos bois") e ainda se está à espera de uma zona desportiva e de ser inventado o "alcatrão" para pavimentar as estradas. Em conclusão, uma pequena parte já está construída e uma nova está aí a surgir em força: o crime. Faltam agora as outras partes referidas e ainda outras não lembradas para se construir uma verdadeira urbe. O quê?! Falta coragem e dinheiro para se fazer o resto? Já estámos habituados às dívidas crescentes e falta de verbas, e à falta de força para se quebrarem velhas e profundas raízes.