Um ex-habitante de Vila Nova de Muía que se tem assinado como N.C. na imprensa local, tem sido a o “guerreiro” de um dos lados desta “guerra santa” em pleno concelho de Ponte da Barca. O outro é José de Sousa de Vila Nova de Muía. E como em outras guerras da Humanidade, esta há-de ficar lembrada na História como uma guerra que atingiu o seu maior grau de “violência” quando N.C. veio para o jornal questionar o festeiro de São Miguel “O Anjo”, José de Sousa, acerca da gestão que fazia dos dinheiros, que se supõem ir para o “Anjo” e não para quem o guarda “em nome dele”. N.C. dirige-se ao povo de Vila Nova de Muía, tentando alertá-los para o destino que o dinheiro tinha nas mãos dos festeiros do referido “Anjo”: 5€ por cada missa e 50€ para pôr mortos em câmara ardente. Questiona a gestão através das contas que segundo ele nunca foram feitas e ainda, como dever cívico de cada um de nós, zela pela Fiscalidade e Impostos do país, ao alertar para o facto de sempre que há cobrança, tem que haver a emissão do respectivo “recibosinho”. Como N.C. se caracteriza por uma coragem fora do vulgar, gosta de enfrentar o “inimigo” de frente, tira-o do “esconderijo” com a conclusão do seu artigo que diz: “(…) como nada tem tido resposta pode ser que desta última pergunta tenha a resposta.”. E eis que José de Sousa sai da “toca”, e manda “bujardas” de toda a potência para se defender das acusações, e ainda ataca, dizendo que por não viver na dita freguesia não deve saber a realidade da actividade “festeira”, e ainda como bónus diz que “Se por acaso quiser mais algum esclarecimento estou às suas ordens e porque não gosto de ser cobarde. Assino com todas as letras.”.
Está mais uma vez provado que em tudo o que meta “santos” e “anjos” há “guerra” e “sangue”.
Barca: terra santa do minho
Depois de tantos episódios de "Mais um servo de Deus em Ponte da Barca" (se ainda não viu, veja a lista de anteriores artigos deste blog), a nossa imprensa, em final de mês de Outubro ainda nos brinda com artigos sobre os novos padres do concelho, assunto já mais que tratado durante o mês de Agosto e Setembro. Desta última (esperemos) vez, foi no "Notícias da Barca" por M.C. Soares, tocando mais uma vez no assunto da ordenação de Jorge Silva da freguesia de Bravães. Depois de "beijarem os pés" aos seus superiores durante a ordenação (ao que dá a entender pelas fotos divulgadas), o que mais serão capazes de fazer estes novos padres que são ordenados por estas terras? Muitos padres recém ordenados por esse país fora têm-se queixado de falta de condições dada pelos seus paroquianos! É verdade! Os padres estão cada vez mais exigentes, como é o caso do seguinte testemunho dado pelo padre Ezequiel, no vídeo que se segue:
No jornal "O Povo da Barca", Luís Arezes vem também tocar nos assuntos religiosos destas terras. Vem chamar a atenção para o esquecimento dos 100 anos da Santinha da Barca. No seu artigo são dadas muitas informações acerca desta santa barquense, que em 1906 é tornada "santinha" após ter sido descoberto que o seu corpo se encontrava "direitinho" após 12 anos de "residência" no seu jazigo. O seu corpo perdura até hoje, após ter sido posteriormente conservado com recurso a "cal e ácido". Seu verdadeiro nome, de pessoa comum da sociedade daquela época, era Utelinda do Nascimento Barbosa. Com certeza que esta "santinha" é um marco na história das crenças religiosas do nosso concelho. Mas o que é que era esta "santinha" na realidade? Era, no fundo, uma mulher que pelo facto de não ter apodrecido normalmente enterrada na terra após a sua morte se tornou santa segundo as crenças locais. Mas que é isto? "Banha da cobra"? E a quem a vendeu e a tornou lenda durante esses precoces anos do século XX, o povo também poderia insultar da forma como costuma fazer a impostores: "Os senhores são mas é uns grandes filhos de Deus, pá!"... "E santinhas na Barca também há muitas!".
O Verão é deles: santos
Aí está o furor de cada um dos sucessivos verões concelhios: os santos. Tudo começou este mês de Maio com a comemoração dos 90 anos de um acontecimento que é dos únicos a manter viva a esperança de muitos da existência divinal. Muitos barquenses também rumaram a Fátima, um dos locais mais visitados por muitos barquenses a seguir à vila em dias de feira. Aliás há que referir de apesar de ser o apoio moral e psicológico para muitas pessoas e seus problemas, Fátima trata-se, de um local pouco aconselhado, e nunca deve ser muito mostrado às crianças:
Para além da Igreja lucrar milhões de contos por ano com este santuário, existem ainda outros interesses económicos que se desenvolvem por arrasto, sempre prontos a esfolar o peregrino:
Como tudo isto não chega, agora há várias festas em capelas e igrejas concelhias em honra de Nossa Senhora de Fátima, durante este mês, e em honra dos restantes santos durante todo o Verão. E com isto em que é que batemos mais uma vez? Dinheiro!!! São peditórios dia sim dia não, para além de promessas pagas a dinheiro. E nestas matérias vemos das mais variadas artimanhas para pescar dinheiro. Ao que parece, já não chegava dividirem os pedintes em mulheres e homens, para obter o duplo do lucro, agora parace que querem alargar o peditório de cada festa a grupos como os homossexuais, laranjas e rosas, benfiquistas e portistas. E com isto multiplicam-se os lucros.
Mas depois de toda esta "beatice" barcalhoense", deparámo-nos com Ponte da Barca nas capas dos jornais nacionais, não pela sua devoção, bondade e fé, mas pelos vícios de muitos dos frequentadores das nossas tão vistosas missas. Está-se, naturalmente, a falar da notícia da semana: fecho de um bar de alterne em terras barquenses (o "Luz Vermelha"). Ao que parece esta tão afamada casa estava envolvida em práticas de lenocínio, ou seja, escravização das prostitutas, e tráfico de droga. E agora beato? Olha, e que tal pedir a Nossa Senhora melhores tempos para a prostituição em Ponte da Barca?
E saindo do pecado que a todos tenta, para entrar novemente no campo da fé, que tal orar um pouco antes da acabar de ler este artigo? Reze o Avé Maria com os Buraka Som Sistema:
Venham lá esses santos, venham lá essas lavradas, venham lá essas comesainas!!!
O barquense já está farto de um Inverno sem tradições!