Mais um ano com os livros
Mais um ano, mais uma Feira do Livro que já vai na 16ª edição. É nisto que o país se deve alicerçar: na cultura e formação dos seus cidadãos. A solução para a economia e a sua competitividade, para a corrupção, para a falta de qualidade de governação, para o civismo, para a liberdade plena, e para muito mais, reside na educação. Para além dos livros, esses sim o centro das atenções, decorrem outras actividades no âmbito da cultura: entrega de prémios a jovens em idade escolar participantes num Concurso de Leitura, Ateliers de Ciência e de Astronomia, e apresentação de obras, como sejam os livros “Dos oito aos oitenta”, de Helena Osório, “Magalhães e a 1ª Viagem à Volta da Terra”, de Teresa Saavedra, “A naturalidade de Fernão Magalhães revisitada”, de Amândio Barros, e “Igreja do Divino Salvador de Bravães”, de Eduardo Oliveira e Afonso Granja. Além disso, ainda há música e teatro. Do dia 16 ao 24 de Maio, muita cultura em Ponte da Barca. É na cultura e na formação que está o futuro, e eventos como estes contribuem para que a “catedral” do saber, o livro, seja promovido junto da população.
Devem até estar admirados da ausência da má língua nestas linhas, mas a verdade é que o barqueiro dá os elogios e os parabéns a todos os que permitem a realização deste evento importantíssimo, inclusive à câmara municipal. Continuem, e nunca se esqueçam da importância do livro!
O barqueiro não é ninguém para apelar, até porque sendo uma personagem fictícia, ou seja, não assume a cara de nenhum barquense, não tem moralidade para isso. No entanto, aqui se lança o desafio: porque não melhorar, e até fazer mais que uma vez por ano a Feira do Livro?
A Páscoa da Paixão de Cristo
Longe de querer "monopolizar" o conhecimento da Páscoa segundo as crenças cristãs, que festeja a ressurreição de Jesus, o barqueiro quer relembrar que se trata de uma data festejada antes sequer do nascimento de Jesus. Refira-se em concreto a Páscoa dos judeus, que festeja, e festejava ainda antes de Jesus Cristo, a libertação e fuga do povo judeu escravizado no Egipto. Lendas à parte (já que a consistência de tais acontecimentos está longe de ser sólida, baseando-se em escrituras com carência de algumas evidências historicamente fiáveis), na freguesia de Bravães realiza-se anualmente a recriação da lenda cristã da morte de Jesus Cristo na Cruz, pelos romanos.
Pela Associação Cultural e Desportiva "Os Canários" de Bravães, com encenação do escritor da terra, Jaime Ferreri, a representação contou com a participação de 37 actores e 25 figurantes, provenientes da própria freguesia. A representação estava prevista para o dia 9 de Abril, na referida freguesia, junto do Mosteiro. Por motivos meteorológicos não foi possível a representação da peça em Bravães. Apesar de tudo fica a nota de excelente receptividade à representação feita cerca de 1 semana antes em Ponte de Lima, vila propícia à presença em grande força do turismo, que infelizmente em Ponte da Barca se nota a falta.
Nota positiva para este evento cultural, que todos os anos põe o nome de Ponte da Barca nos roteiros turísticos.
Mas, como diria o "beato" Artur Alvarães, o barqueiro tem que dar a "Habitual Pincelada". Este ano a "Mui Dolorosa Paixão" contou com entrevistas a intervenientes nesta representação. Jaime Ferreri, figura habituada ao mediatismo concelhio, devida às suas qualidades como escritor, sustentado por correntes de poder político favoráveis (que por exemplo escritores como Sousa Meira não têm), deu entrevistas que incluíram jornais a nível nacional. Mais uma demonstração da importância do evento. Também actores deram os seus testemunhos, como Pedro Silva, que com sacrifício pessoal, segundo a entrevista dada ao "O Povo da Barca", já teve que representar mais que um papel. "Sacrifício pessoal" esse que segundo declarações suas terá sido atenuado pela participação no teatro de entidades ditas de "motivadoras" como a de Jaime Ferreri (como sabem os títulos de "Dr." e derivados caem neste blog), a associação atrás referida ou a junta de freguesia de Bravães. Enfim, por de trás de figuras mediáticas e de organizações passam-se sempre estranhos "jogos de bastidores" que assombram os passados e ameaçam os futuros... O barqueiro espera que não seja este o caso, para que este evento possa todos os anos pelo menos incluir o nome de Ponte da Barca nas actividades nacionais de interesse turístico.
Mês de cultura e desporto em Ponte da Barca
Este mês de Março foi próspero em boas iniciativas culturais e desportivas, coisa a que Ponte da Barca não tem estado “habituada”. Os elogios são merecidos para todos aqueles que tiveram influência directa para que estes eventos se realizassem em Ponte da Barca, contribuindo tanto para a fomentação da cultura e desporto, como sobretudo para uma promoção turística do nome de Ponte da Barca no país. Neste aspecto, aqui fica a razão dada àqueles que têm elogiado o facto das instituições, nomeadamente as políticas, de trazerem para o nosso concelho mais e melhores eventos.
Começámos no dia 2 de Março com o Torneio Nacional de Inverno de Masters, nas Piscinas Municipais, com 13 records nacionais a serem batidos por cá. No dia 9 de Março outro grande evento, com a 1ª Prova da Taça de Portugal de BTT, onde participaram 195 corredores. Marco Sousa e Magdalena Balana foram os vencedores de uma prova de 84 Km, que começou e terminou em Ponte da Barca e passou pelo Livramento, Senhora da Paz, Ermida, Lourido e Entre Ambos – os – Rios.
Entretanto, no campo da cultura, teve mais uma vez lugar a representação da “Mui Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”, a que a Associação “Os Canários” de Bravães já nos acostumou nas últimas épocas de Páscoa. Trata-se da representação teatral, junto ao Mosteiro de Bravães, dos últimos tempos de Jesus Cristo na terra, segundo a tradição católica. Tudo isto com dezenas de actores e figurantes amadores, com a encenação de Jaime Ferreri, oferecendo um belo espectáculo de luz e som, que decorreu no dia 20 de Março às 21:30.
Por tudo isto Ponte da Barca está de parabéns, ao contrário do que este blog costuma “apregoar”.