Mais um ano, mais um “barqueiro”
Desta vez o destaque do Rotary Club ao melhor aluno do passado ano lectivo da Escola Secundária coube a Marina de Sousa Gomes. Este blog, e o barqueiro, prestam também aqui a sua homenagem a esta brilhante aluna, como uma forma de reconhecimento de mérito (19,3 valores). Todos os anos assistimos à saída de excelentes alunos do nosso concelho para Universidades, com brilhantes classificações, sendo uma esperança de um melhor futuro para Ponte da Barca, pois quem “faz as terras” são as pessoas. Uma prova de que o melhor também por cá se consegue fazer.
Marina frequenta actualmente o curso de Medicina na Universidade do Minho, pelo que se espera que dentro de alguns anos Ponte da Barca tenha mais um profissional de saúde, que tendo em conta o percurso feito até agora, será com certeza uma excelente profissional.
Parabéns e boa sorte para o futuro!
Lindoso: um potencial ponto turístico
Que a freguesia de Lindoso era uma das mais belas de Portugal, muitos já sabiam: Natureza, com as belezas do PNPG, as tradições, como o “Pai Velho”, a história, desde há milénios até ao Castelo Medieval, e o progresso, com a maior central hidroeléctrica do país. Tudo isto num pequeno recanto do Alto-Minho junto à fronteira com Espanha. Define-se assim um caso único no país, e um dos grandes locais de potencial turístico não totalmente explorado.
Prova de tudo isso é o interesse de várias Universidades no estudo de todas estas características únicas. Num dos recentes jornais vem “O ciclo ritual e festivo de Lindoso e seu potencial para um turismo criativo a ser estudado por investigadores no estrangeiro”. Alguns dos exemplos são investigações do Mestrado de Turismo Cultural de Barcelona, um doutoramento da Universidade Autónoma de Madrid e a Universidade de West-of.England no Reino Unido.
Por tudo isto que as autoridades e instituições políticas passem de falar do “potencial” para a execução. Melhor hotelaria, desporto de aventura e roteiros, trilhos e passeios guiados e estruturados, são algumas ideias.
O Futuro é lá fora e cá dentro
No último "O Povo da Barca" é tema de capa a entrevista aos 3 jovens barquenses que estudam na República Checa, no 1º ano do curso de Medicina. São eles Ana Rita Lima e João Dias de 18 anos e Mário João Vianna Pereira de 21 anos. Todos revelam uma grande satisfação com esta experiência no estrangeiro, que certamente lhes trará muitas mais valias que o estrangeiro e a globalização podem dar. É um exemplo para todos os estudantes barquenses e até portugueses, na medida em que devido às altas médias exigidas em Portugal para o curso de Medicina, o estrangeiro é uma opção que se apresenta àqueles que desejam esse curso e essa carreira profissional e não o conseguem por cá. É sobretudo um investimento no futuro, que infelizmente ainda poucas famílias fazem em relação aos seus jovens. Mais uma vez o barqueiro diz que a formação é algo que deve estar na prioridade dos portugueses, e só assim se fará de Portugal o país competitivo que todos desejam, mas poucos o tentam.
Outros problemas, porém há a apontar. Entre eles o facto de ainda não haver certeza se a frequência deste curso nesse país terá equivalência, como já foi apontado na reportagem que a SIC já teve oportunidade de passar a propósito da realidade destas jovens portugueses no estrangeiro. Verdade é também que poucos terão possibilidades económicas para frequentar um curso no estrangeiro, particularmente na República Checa, onde as despesas se cifram em muitos milhares de euros por ano.
No "O Povo da Barca" é também referido que a "República Checa - como o futuro - , para quem quer muito atingir um objectivo, é já ali!". Não querendo desprezar o sucesso destes jovens nos seus estudos e todo o valor que o jornal atribui, o futuro poderá ser, com certeza, no estrangeiro, para quem não tem possibilidade de por cá prosseguir, como também está cá em Portugal. Não podemos esquecer o igual ou superior relevo na carreira académica dos jovens barquenses que estudam nas nossas universidades, ou que por exemplo conseguirão entrar este ano e nos próximos nas universidades nacionais com um nível escolar elevado que lhes permita continuar por cá, e muitas vezes com baixos poderes económicos das suas famílias. Por isso o barqueiro diz que o futuro de Ponte da Barca promete, tanto "lá por fora como cá dentro do país". Mas como o que o barqueiro não diz nada que se leve de forma séria, se calhar não era a ele que cabia estes esclarecimentos...