De Ponte da Barca a Lisboa, e mais além!
É sabido que Vassalo Abreu passa muito do seu tempo a se dirigir a Sócrates e ao seu Governo. Ou pelo menos é aquilo que foi apregoado aquando da vitória das últimas eleições. A sua alegada “relação próxima” com o poder central e os seus representantes deixa adivinhar por isso “frenéticas” deslocações à capital do país de forma regular. Aliás, os montantes envolvidos em certas obras que estão a ser feitas e outras ainda prometidas deixa campo à especulação acerca da relação com esse poder central, que deve ser estreitíssima, a ponto de talvez se tomarem decisões em estados de menor sobriedade, pelo menos de pensamento.
E assim o barqueiro está a chegar à deixa pretendida: vinho, esse alterador de sobriedade! Rezam as crónicas recentes que José Sócrates e Vital Moreira foram a Melgaço, “obrigando” Vassalo Abreu a inverter o sentido das deslocações, de sul, para norte. Por lá andavam também sindicalistas, cuja relação com o PS se tinha incendiado há pouco tempo devido a agressões a Vital Moreira. O destino é cruel, e estava traçado para que Ponte da Barca após ser capa nacional com o ruir da ponte medieval, fosse desta vez capa devido ao seu presidente se deslocar a Melgaço para se tornar “guarda-costas” de Sócrates. Vital e Sócrates pareceu que nada viram. Mas Vassalo Abreu foi dos únicos presentes que diz ter visto um sindicalista, Adão Mendes, a atirar um copo de vinho para a comitiva socialista. E era de “branco” e tudo! O barqueiro até especula se não seria alvarinho, mas não se atreve a entrar em discussão no ramo dos vinhos! Foi a cultura de “tasca” que mais uma vez fez notícia nacional com o nome de Ponte da Barca…
Entretanto as notícias a nível regional estão ao nível do caminho de Granhão, em Paço Vedro de Magalhães, em que segundo declarações de Vassalo à imprensa, “é mais uma promessa eleitoral que está a ser cumprida” (o “orgulho” das obras, como o Bloco de Esquerda já disse). Está ao nível de uma aquisição pela câmara do terreno de um Parque de Merendas da Ecovia em Bravães, quando a câmara já tinha lá construído o parque há cerca de 2 anos. Está ao nível da aprovação do projecto de execução do Polidesportivo de Lavradas, com mais uns milhares, a juntar a milhões de euros, destinados à freguesia de um presidente de junta “guloso” nos reivindicações que faz, com um executivo “sedento” dos votos da direita.
Recentemente realizaram-se eventos em algumas freguesias do nosso concelho de importância mediática nos nossos jornais. São os casos da Exposição de Canários em Lavradas a 24 e 25 de Novembro e do Magusto de Sampriz a 25 de Novembro.
A peculariedade da Exposição de Canários de Lavradas foi o facto da iniciativa ter correspondido muito a um arraial minhoto e pouco a uma exposição ornitológica. Segundo as notícias houve tempo para um magusto e para animação e dança ao som de concertinas. A foto da “animação” da referida exposição demonstra isso mesmo. Resta saber se as concertinas foram acompanhadas pelos “cantares” dos canários presentes na exposição, para proporcionar tão animadas danças.
Em Sampriz houve magusto, onde estiveram presentes muitos habitantes da freguesia e ainda o presidente da câmara Vassalo Abreu, o vice – presidente José Pontes e o vereador Ricardo Armada. Ao que parece, o convívio foi um sucesso. E ninguém dirá o contrário. As horas de digestão que se seguiram poderão ter estado na origem de danças, desta vez não ao som do canto dos passarinhos, mas ao ritmo das cólicas e das flatulências. Nada que se aconteceu, não espanta ninguém, atendendo a uma ementa que contou com castanhas, sardinhas assadas, caldo verde, carne grelhada e vinho verde. Experimente: misture tudo e veja o que dá!
Todos à "castanhada" em Ginzo, Lavradas
No passado dia 28 de Outubro decorreu mais uma vez, como há 28 anos vem sendo, um grande magusto. Ao que parece, este é um convívio onde todos apreciam uma grande "castanhada", sardinha, broa de milho, caldo verde e vinho verde. A animação das rusgas reviveu-se neste magusto. Viva o São martinho e a boa castanha quentinha! "Haja fartura!" Estes podem parecer os slogans de um típico presidente de junta do concelho acerca dos eventos tradicionais, passando uma imagem de ligação à terra, e sobretudo às suas gentes, e ainda mais a um passado que hoje se admira muito, onde todos dizem que se "vivia mal" e se "passava fome", mas havia "arraial". Já agora, um reparo ao título publicitado para este evento: "Tradicional Magusto". Algo moderno para nomear uma tradição, muito inglesado, língua na qual se utiliza essa forma de por o adjectivo "tradicional" a anteceder o nome "magusto", quando "tradicionalmente" é ao contrário.
Mas pronto, o magusto já lá vai, e ainda há muitas castanhas por aí. Por isso goze-se o prazer da boa castanha enquanto a há! Para o ano esperamos todos por mais.