Políticos barquenses vão às aulas... mas não estudam!
Ir às aulas, até vão, já que segundo a imprensa "não havia cadeiras vazias". Mas quando é o momento de aplicar os conhecimentos, aí o "tombo" é brutal! Como é?! Não se estuda! Ou onde é que estão com a cabeça quando estão nas aulas?
A última "aula" que tiveram, neste ciclo de "aulas" designadas oficialmente por "Quintas na Barca", foi sobre "PDM e o Ordenamento do Território". E pronto... se o barqueiro se ficasse só por esta frase já certamente se aperceberiam porque é que "vão às aulas" mas "chumbam" nos derradeiros "testes".
Coisas bonitas forma ditas nesta espécie de seminário sobre o ordenamento do território. Não menos bonitas e conhecidas foram algumas das caras que intervieram nesta sessão após as explicações dadas por Engenheiros e Arquitectos convidados para a dar. Falou-se de terrenos urbanizáveis, de reservas agrícolas, zonas industriais ou empresariais e até no Parque Natural. Mais "gozo" dá ainda ouvir nomes a se pronunciarem sobre o assunto como João Esteves, José Manuel Amorim, Vassalo Abreu e Cabral de Oliveira, entre outros. Todos estes dados estão lançados... e daria "pano para mangas". Contudo o barqueiro não gostaria de se pronunciar muito acerca de Ordenamento de Território, até porque depois dos discursos proferidos pelas personalidades presentes o barqueiro até se sente ignorante. Além disso não se atreve sequer a por anos de experiência em causa na área da construção e urbanismo de figuras como Cabral de Oliveira e João Esteves... certamente que não é uma noite inteira de "Quintas na Barca" que se relatariam todas as suas experiências nessa área. Vassalo Abreu, esse ainda há pouco começou a acumular esse tipo de experiência, mas também qual não é o político que num mandato adquire os conhecimentos base destas áreas. E José Manuel Amorim, que fazia esse senhor a discursar nesta noite? Ninguém sabe muito bem, mas que sabe do assunto, lá isso pareceu que sim...
E o pior de tudo isto. O pior é quando se chega aos "exames". É quando se tem que por os conhecimentos de PDM e Ordenamento do Território em prática que surgem as calinadas das maiores. Têm sido anos e anos de calinadas , apesar de ninguém falhar estas "aulas". Veja-se a última grande calinada dada pelos políticos da terra: ao por os conhecimentos de urbanismo em prática raciocinaram mal, talvez erro de cálculos, e em vez de sair um edifício de um novo lar como mandam as regras dadas nestas "aulas", saiu afinal um "poio", e dos grandes!
Foi no dia 26 de Novembro que o executivo de Ponte da Barca se reuniu. Até aqui, nada de anormal. A aprovação do Regulamento de Venda do Direito de Propriedade dos Lotes do Loteamento do Parque Empresarial de S. João/ Salvador é o assunto desta semana. Neste aspecto, aí sim, consegue-se vislumbrar a enorme visão dos políticos da nossa terra. Um Parque Empresarial, ou Zona Industrial, como se queira chamar, em S. João e Salvador é um “sonho” prometido desde os tempos do anterior executivo, e por este executivo actual continuado. Aliás, é algo no qual os dois maiores partidos da terra, o PS e a oposição PSD, têm estado em sintonia. O PS inclui na sua lista de obras previstas e o PSD não quer fazer esquecer esse projecto, como nos dá conta um artigo dos últimos meses de Olinda Barbosa. Parques Industriais ou investimentos económicos do tipo é algo que não “medra” em Ponte da Barca. Talvez por isso os políticos da terra têm tido a ideia fixa de instalar um parque industrial em S. João e Salvador para ver se esses terrenos férteis retirados da “zona urbana” de Ponte da Barca conseguem finalmente fazer pegar, nem que seja um “pezinho” de uma “zonasita industrial”. Grande visão, de facto, a dos políticos barquenses. As zonas industriais costumam ser zonas onde só auto-estradas ou outras grandes vias de comunicação, e onde só há poluição e coisas assim. Enfim, coisas do progresso humano, coisas de uma economia que exige grandes lucros empresariais, e para isso progresso e modernização. Sem desprezo ou inferiorização das referidas freguesias, Salvador e S. João são freguesias que “olham” para o Parque Nacional Peneda-Gerês, em pleno cenário rural e natural de Ponte da Barca. Em resumo… só apetece dizer uma coisa aproveitando palavras simples do povo, que é mais sábio do que muitos: “Parque Empresarial nessas paragens nas circunstâncias conhecidas, só para meter rebanhos”. E de facto, se esse Parque Empresarial for dedicado às actividades económicas do pastoreio e da pecuária, aí sim, o barqueiro pede desculpa pela graçola. Nesse caso é bem visto e bem aproveitada a exploração dessas actividades no cenário conhecido… Mas expliquem-se melhor!... Só para não se andar “às aranhas”.